Publicada em 19/09/2013 15:29:28
Foto: Bruno Ricci
Localizado na Avenida Paralela, o Parque possui uma
área de 581 mil metros quadrados
O secretário de Ciência, Tecnologia e
Inovação (Secti), Paulo Câmera, apresentou nesta quinta-feira (19/9) um balanço
do primeiro ano de atuação do Parque Tecnológico da Bahia. O projeto, que
deverá ganhar ampliação no próximo ano com a implantação da Escola de
Iniciação Científica e Parque Ambiental, terá, até dezembro, 39 empresas,
ampliando o espaço de convergência e integração científica e estimulando a
cooperação entre poder público, comunidade acadêmica e setor empresarial, com
foco no desenvolvimento de produtos e processos que tenham impactos regionais
positivos.
Neste
período de funcionamento, o Parque Tecnológico da Bahia reuniu no mesmo
ambiente os principais agentes dinamizadores voltados à geração de ideias e
soluções criativas. No Tecnocentro, primeiro prédio do Parque Tecnológico, 450
profissionais já estão empregados nas 26 empresas que atuam no desenvolvimento
de projetos de pesquisa em áreas diversas como hardwares e softwares,
aplicativos para mobile, entre outros.
“O Parque
Tecnológico da Bahia vem cumprindo seu papel de dinamizar o sistema de inovação
estadual, agregando unidades avançadas das instituições de pesquisa e empresas
de base tecnológica que trabalham com pesquisa aplicada e desenvolvimento de
excelência. Estamos efetivamente construindo a ambiência científica na
Bahia” ratifica o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado,
Paulo Câmera. Ele ainda faz um balanço positivo do primeiro ano de
funcionamento do local. “O espaço propicia a geração de empregos de alto valor
agregado, além da criação de produtos e serviços inovadores, fomento a pesquisa
científica, utilização das novas tecnologias e a retenção dos nossos talentos
no estado”, afirma o secretário.
Ampliação do Parque
A próxima etapa de obras do Parque Tecnológico da
Bahia contempla a implantação do Complexo de Equipamentos Dinamizadores,
composto de infraestrutura laboratorial de ponta, Escola de Iniciação
Científica, Espaço Interativo/Museu Mundo da Ciência e Parque Ambiental.
Com área
aproximada de 26 mil metros quadrados, o Complexo de Equipamentos Dinamizadores
abrigará em seus laboratórios a mais completa infraestrutura de Pesquisa
Aplicada da Bahia nas áreas de Biotecnologia, Nanotecnologia, Energias Limpas,
Calibração de equipamentos, entre outros, tendo como foco a pesquisa em
inovação, em um ambiente dotado de mecanismos eficientes de transferência de
resultados para a indústria, iniciativas que garantem um grande
potencial de emprego de alto valor agregado.
Os
Laboratórios Compartilhados permitirão a cooperação científica entre
instituições e pesquisadores e oferecerão suporte à pesquisa e ao
desenvolvimento (P&D) em áreas como Bioprospecção de produtos naturais da
Biodiversidade; Desenvolvimento e produção de biofármacos; Desenvolvimento de
kits para diagnósticos; Desenvolvimento de vacinas, terapia gênica e terapia
celular; Desenvolvimento de soro regionalizado para acidentes por animais
peçonhentos, atendendo às diretrizes da Política de Desenvolvimento da Biotecnologia
(PDB) do País. Todos os laboratórios propostos pelas Instituições de Ciência,
Tecnologia e Inovação, estão aptos a atender as normas técnicas do ISO 90 RLP e
da RDC 17 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa.
Nos
laboratórios, serão desenvolvidos projetos de pesquisa baseados nas vocações
científicas do Estado, utilizando o potencial das riquezas da biodiversidade da
Bahia, bem como das atividades econômicas regionais. Os laboratórios
especializados e laboratórios compartilhados estão em processo de licitação
para aquisição dos equipamentos científicos.
As principais instituições de pesquisa do país já
formalizaram a intenção e encaminharam projetos de pesquisa aplicada para
desenvolvimento nos laboratórios do Parque. Serão 13 plataformas nas quais
estão incluídas 30 linhas de pesquisa que integram parceiros públicos e
privados que atuarão em conjunto compartilhando equipamentos
e laboratórios. O objetivo comum é fortalecer principalmente a rede de pesquisa
das áreas de Biotecnologia e Saúde. Os Laboratórios Especializados estarão
dedicados a: Saúde, Energias Limpas e Nanotecnologia.
Entre as
instituições de Ciência, Tecnologia e Inovação que já encaminharam seus
projetos figuram a Universidade Federal da Bahia (Ufba), Universidade Estadual
de Feira de Santana (Uefs), Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc),
Universidade Estadual da Bahia (Uneb), Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia da Bahia (Ifba), Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesc),
Universidade Federal do Recôncavo Baiano (Ufrb), Escola Bahiana de Medicina,
Petrobras, Coelba, Biocen do Brasil e Senai/ Cimatec, CETENE, UNICAMP, FioCruz.
Localizado
na Avenida Paralela, o Parque possui uma área de 581 mil metros quadrados e
está dividido em 83 lotes, sendo 22 públicos e 61 privados. O primeiro prédio
do Parque Tecnológico da Bahia foi construído baseado nos princípios da construção
sustentável e concebido para ser uma referência arquitetônica, urbanística e
ambiental, a partir de um projeto com cuidadoso tratamento paisagístico que
preserva a cobertura da Mata Atlântica e o seu relevo.
O sistema
viário do Parque é feito com piso intertravado, que permite uma maior
permeabilidade e mais aderência em relação ao asfalto, com menor quantidade de
resíduos, além de aumentar a absorção de águas das chuvas no solo. Já a rede de
energia elétrica é equipada com postes de madeira de reflorestamento.
Tecnocentro
Implantado em uma área total de aproximadamente
25.900 m², o Tecnocentro, voltado para a área de Tecnologia da Informação e
Comunicação (TIC), é o primeiro espaço edificado do Parque Tecnológico da
Bahia. Este edifício principal é composto de quatro pavimentos dispostos em
duas alas, com salas de uso administrativo, acesso direto
e visão das áreas de circulação através de paredes em vidro temperado, além de
facilidades, como piso elevado que permite mobilidade e conectividade com
energia e dados. Além de dois níveis de garagem e um piso técnico.
Possui
auditório para aproximadamente 100 pessoas, dois espaços comerciais e áreas de
convivência de aproximadamente 450 m². O projeto foi elaborado dentro dos
conceitos de sustentabilidade, com sistema a vácuo para os vasos sanitários do
edifício principal; reuso de água de chuva e de águas cinzas, assim como a
utilização de placas solares para aquecimento de água para o restaurante e o
vestiário; sistema de iluminação externa, com postes autônomos, contendo placas
fotovoltaicas; e o sistema de climatização utiliza gás ecológico.
Áity Incubadora de Empresas
A Incubadora de Empresas Áity instalada no
Tecnocentro tem como objetivo transformar ideias inovadoras em negócios de
sucesso. Ela apoia empreendimentos de base tecnológica que gerem, adaptem ou
apliquem intensivamente conhecimentos científicos e tecnológicos avançados e
inovadores em seus produtos ou serviços.
A
instalação de um empreendimento na incubadora do Parque Tecnológico da Bahia
gera inúmeros benefícios para o desenvolvimento de um projeto ou pesquisa. A
começar pelo ambiente, totalmente voltado para a sinergia inovadora, através do
rápido acesso à base de conhecimentos científicos e tecnológicos e também da
relação empresa-universidade, além de programas de
apoio financeiro ao longo de todo o seu ciclo de desenvolvimento.

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