Série: Mulheres que fizeram e fazem História
Dietrich fez escola
de artes cénicas e participou de filmes mudos até
1930. Em 1921, casou-se com um ajudante de diretor chamado Rudolf Sieber, e
teve uma única filha, Maria, nascida em 1924.
Estreou no teatro aos
vinte e três anos de idade, fazendo cinco anos de carreira apagada até ser
descoberta pelo diretor austríaco Josef von Sternberg, que a convidou para protagonizar o filme Der Blaue Engel (1930),
lançado no Brasil como O
Anjo Azul, e baseado no romance de Heinrich Mann, Professor
Unrat. Foi o primeiro dos sete filmes nos quais Marlene Dietrich e o
diretor Josef von Sternberg trabalharam juntos. Os demais foram Marrocos (1930), Desonrada (1931), O Expresso de Shangai (1932), A Vênus Loira (1932), A Imperatriz Galante (1934) e Mulher Satânica (1935). Depois
de trabalhar com von Sternberg, ela foi para Hollywood, onde
trabalhou em filmes mais profundos e mais marcantes.
Foi convidada
por Hitler para
protagonizar filmes pró-nazistas, mas ela recusou o convite e se tornou cidadã
estadunidense, o que Hitler tomou como um desrespeito para a pátria alemã, e
chamou Dietrich de traidora.
Durante a Segunda Guerra Mundial, Marlene foi ao
encontro das tropas
aliadas, onde cantava para divertir e aliviar a dor dos soldados. Condecorada
com medalha após a guerra, Marlene descobriu um dom que poderia explorar:
sua voz. Assim ela
começou a cantar além de atuar. A partir de 1951, começa a se apresentar em
espetáculos em Las Vegas, no Sahara
Hotel.
Marlene Dietrich cantando para os soldados, em 1944
Em 1961, Marlene
protagonizou um filme que quebraria barreiras e chocaria o mundo com um assunto
que ainda assustava. O filme era Julgamento em Nuremberg, que tratava
do holocausto, do nazismo, e do
tumultuado julgamento que condenou os grandes líderes nazistas.
Em turnês mundiais,
ela visitou inúmeros países, porém voltou para sua pátria, a Alemanha, apenas
em 1962, e sua volta não agradou a todos, pois os nazistas remanescentes
chamaram-na de traidora em pleno aeroporto. Marlene
tinha em Berlim uma
de suas melhores amigas, a também talentosa cantora e atriz Hildegard Knef.
Em 1978, Marlene
protagonizou seu último filme, Apenas um Gigolô, onde
contracenou com David
Bowie. Porém, nesse meio tempo, ela fez várias participações em rádio e
programas de televisão.
Finalmente, escondeu-se em seu apartamento em Paris, onde morreu aos noventa
anos de idade, de causas naturais. Porém, existem comentários de que Marlene se
matou com calmantes, pois não
suportava o fato de envelhecer. Outros dizem que ela tinha Mal de Alzheimer e,
por isso, se matou, mas não existe nada que comprove esses comentários.
Em 2001, foi
realizado um filme biográfico sobre
a diva, dirigido pelo seu neto e com comentários de várias pessoas que
conviveram com Dietrich, como sua filha Maria Riva, seu sobrinho, Hildegard
Knef, Burt Bacharach, o filho de von Sternberg, entre outros.
Maria Riva escreveu
um livro sobre sua mãe, no qual a declarava uma pessoa fria e autoritária.
Encontra-se
sepultada em Berlin-Schöneberg (Friedhof Schöneberg III), Friedenau, Berlim na Alemanha.
Dietrich é citada
na música Vogue de Madonna, na frase "Greta Garbo e
(Marilyn) Monroe. Dietrich e DiMaggio. Marlon Brando, Jimmy Dean. Na capa de
uma revista" pois foi considerada uma das mulheres que mais representou a
moda alemã.
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