Por adultério, teve os
cabelos cortados
Branca
da Borgonha (c.1296 - Pontoise, 29 de Abril de 1326) foi rainha
consorte de França e Navarra durante breves meses, através do seu
casamento com Carlos IV de França, sucedendo à sua irmãJoana II
da Borgonha.
Depois
da invasão da Flandres em 1305, o rei Filipe IV de França concedeu Béthune, a primeira cidade a render-se, a Matilde, condessa de Artois e viúva de Otão IV, conde palatino da Borgonha. Para garantir a fidelidade desta, foi organizado o casamento das suas
duas filhas, Joana e Branca, com os príncipes Filipe e Carlos,
respectivamente, filhos do rei francês. O matrimônio de Carlos com Branca
ocorreu em Corbeil, a 20 de Maio de 1308, e deste nasceram:
Castelo onde ficou presa a Rainha Branca da
Borgonha
Fortaleza medieval de Château-Gaillard, na Normandia,
local deaprisionamento das princesascondenadas por adultério no escândalo
da Torre de Nesle
·
Filipe
de la Marche (antes de 5 de Janeiro de 1314 - antes de 24 de Março de 1322)
·
Joana
de la Marche (1315 - 17 de Maio de 1321)
Em
Abril de 1314,
no último ano do reinado do seu sogro Filipe o Belo, durante uma visita da sua cunhada Isabel de
França foi acusada de adultério com
Gautério de Aunay, juntamente com a cunhada Margarida da Borgonha (com Filipe de Aunay), esposa do príncipe Luís de França, no chamado caso da
Torre de Nesle. Julgados econdenados por crime de
lesa-majestade, a 19 de Abril os
irmãos Aunay foram supliciados e executados em
praça pública em Pontoise.
As
duas princesas tiveram os seus cabelos rapados, um humilhante desfiguramento e
marca física do seu crime de
adultério. Vestidas de preto,
foram conduzidas em uma carruagem coberta de panos negros a Château-Gaillard, em Les Andelys.
Ocupando um quarto aberto aos ventos no topo da torre, Margarida foi encontrada
morta a 30 de Abril de
1315. Branca ficou aprisionada durante sete anos numa cave da fortaleza.
Depois
da morte dos dois irmãos de Carlos IV, sem deixarem um herdeiro varão, segundo
a lei sálica este
subiu ao trono da França a 3 de Janeiro de 1322. Tendo solicitado a separação da esposa ainda
prisioneira, a 19 de Maio o papa João XXII anulou
o matrimônio por
razões de consanguinidade.
Branca
obteve então autorização para abandonar a sua prisão e tomar o hábito de religiosa. Passou o resto dos seus dias na abadia de Maubuisson, fundada por outra rainha da França, Branca de Castela, perto de Pontoise, onde morreu a 29 de Abril de 1326.

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