História
O Cristo
Redentor é um monumento retratando Jesus Cristo,
localizado no bairro do Alto da Boa Vista , na
cidade do Rio de Janeiro, no estado doRio de Janeiro, no Brasil. Situa-se
no topo do morro do Corcovado, a 709
metros acima do
nível do mar. Foi inaugurado às 19h15min do dia 12 de outubro de 1931 dia
de Nossa Senhora Aparecida, depois de
cerca de cinco anos de obras. Um símbolo do cristianismo2 , o
monumento tornou-se um dos ícones mais conhecidos internacionalmente do Brasil.
Dos seus 38 metros, oito estão no pedestal e trinta na estátua, a qual é a
segunda maior escultura de Cristo no mundo, atrás apenas da Estátua de Cristo Rei, na Polônia.
Em uma pesquisa
realizada pela revista América Economia, no ano de 2011, o Cristo Redentor foi
considerado por 23,5% dos entrevistados como o maior símbolo da América Latina. A
pesquisa foi feita pela internet e reuniu a opinião
de 1 734 executivos de todos os países da região.
História
A construção de um
monumento religioso no local foi sugerida pela primeira vez em 1859,
pelo padre lazarista Pedro Maria Boss, à Princesa Isabel. No
entanto, apenas retomou-se efetivamente a ideia em 1921, quando se
iniciavam os preparativos para as comemorações do centenário da Independência.
A estrada de rodagem que
não dá acesso ao local onde hoje se situa o Cristo Redentor foi construída em
1824. Já a estrada de
ferro teve o primeiro trecho (Cosme Velho-Paineiras)
inaugurado em 1884. No ano seguinte, 1885, o segundo trecho foi concluído,
completando a ligação com o cume. A ferrovia, que tem 3 800 metros de extensão,
foi a primeira a ser eletrificada no Brasil, em 1906.
A construção do Cristo Redentor, ainda, é considerada um dos grandes capítulos
da engenharia civil brasileira. Foi erguida em concreto armado e
revestida de um mosaico de triângulos de pedra-sabão originária
da região de Carandaí, no estado
brasileiro de Minas Gerais.
O morro
do Corcovado antes da construção do Cristo Redentor
Pedra Fundamental
A pedra fundamental
do monumento foi lançada em 4 de abril de 1922, mas as
obras somente foram iniciadas em 1926. Dentre as
pessoas que colaboraram para a realização, podem ser citados o engenheiro Heitor da Silva Costa (autor do projeto escolhido em 1923), o
artista plástico Carlos Oswald (autor
do desenho final do monumento) e o escultor francês de
origem polonesa Paul Landowski (executor
dos braços e do rosto da escultura).
Ainda hoje, algumas
pessoas dizem que o monumento foi um presente da França para o Brasil7 ,
quando, na verdade, a obra foi erigida a partir de doações de fiéis de
arquidioceses e paróquias por todo o país, com o projeto de autoria e chefia do
engenheiro Heitor da Silva Costa. Da França, vieram, apenas uma réplica de quatro
metros feita de pequenos moldes, assim como modelos das mãos feitos pelo
colaborador Landowski. Todos estes fatos foram atestados com rigor no programa
televisivo Detetives da História produzido
por The History Channel.
Reação adversa à construção
Em 23 de março de 1923,
seguidores da Igreja Batista declararam, em nota publicada em O Jornal Batista,
órgão oficial da Convenção Batista Brasileira, seu desgosto
quanto à construção do Cristo Redentor. A nota afirmava que a construção
"será, a um tempo, um atestado eloquente de idolatria da Igreja de
Roma".
Entretanto, a
Igreja Católica sempre se manteve firme em sua posição, argumentando jamais ter
adotado a idolatria em sua doutrina, esclarecendo continuamente que as imagens
de santos em suas igrejas são vistas por seus fiéis como exemplos de fé a serem
seguidos.
Inauguração
Na cerimônia de
inauguração, no dia 12 de outubro de 1931, a
iluminação do monumento foi acionada a partir da cidade de Roma, de onde o
cientista italiano Guglielmo Marconi emitiu
um sinal elétrico que foi retransmitido para uma antena situada no bairro
carioca de Jacarepaguá, via uma
estação receptora localizada em Dorchester, Inglaterra, tudo a
convite de Assis Chateaubriand. O sistema de iluminação original foi substituído
duas vezes: em 1932 e 2000
O monumento
do Cristo Redentor em 2006
Tombado
definitivamente pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em
2009, o Monumento ao Cristo Redentor passou por obras de recuperação em 1980,
quando da visita do Papa João Paulo II. Em 1990, sofreu ampla restauração através de um
convênio entre a Mitra Arquiepiscopal do Rio de
Janeiro, a Rede Globo, a Shell do Brasil, o Instituto Brasileiro do Meio
Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, o Instituto do Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional e a
prefeitura do Rio de Janeiro.
Em 2003, foi
inaugurado um sistema de escadas rolantes, passarelas e elevadores para
facilitar o acesso à plataforma de onde se eleva o monumento. A restauração de
2010, realizada pela Vale em
parceria com a arquidiocese do Rio de Janeiro,
concentrou-se na estátua. Além da recuperação da estrutura interna, foi
restaurado o mosaico de pedra-sabão que reveste a estátua, com a retirada da
pátina biológica (camada de fungos e outros microrganismos) e a recomposição de
danos devido a pequenas rachaduras. Também foram consertados os para-raios
localizados na cabeça e nos braços da estátua. O desgaste do monumento é
causado pelas condições climáticas extremas a que ele está submetido, como
rajadas de ventos e fortes chuvas, de modo que obras de manutenção devem ser
realizadas periodicamente.
No dia 7 de julho de 2007, em uma
festa realizada em Portugal, o Cristo
Redentor foi incluído entre as novas sete maravilhas do mundo moderno. A
decisão, após um concurso informal, foi baseada em votos populares (internet e
telefone), votação que ultrapassou a casa dos cem milhões de votos.
Todavia, o concurso
não possui o apoio da Organização das Nações Unidas
para a Educação, a Ciência e a Cultura, que apontou a
falta de critérios científicos para a escolha das maravilhas.
Acesso
O Cristo Redentor
pode ser acessado por carros autorizados, ou pela linha férrea do Cosme Velho (Trem
do Corcovado). Até pouco tempo atrás, para se chegar ao mirante da estátua
precisava-se caminhar muito, o que se tornou uma barreira para deficientes
físicos. A partir do ano de 2002, a Prefeitura do Rio de Janeiro instalou três
elevadores panorâmicos e quatro escadas rolantes como parte do projeto de
renovação do Cristo.
Pela rodovia, o
início é no Cosme
Velho, seguindo em direção as Paineiras (área fechada ao trânsito, nos fins
de semana) até o estacionamento. A partir daí, segue-se até o monumento,
através de van credenciada.
A partir de 2013
foi criado pelo Prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, um sistema de Vans
credenciadas a partir do Largo do Machado, que efetua a ligação direta até o
topo do Corcovado, com valores que variam entre os períodos de baixa e alta
temporada.
Atualmente (Set
2013) a área no entorno do Hotel das Paineiras encontra-se em obras o que torna
o estacionamento de veículos particulares reduzido, não sendo esta uma boa
opção aos finais de semana e feriados.
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