SANT’AGNESE
Um ossuário famoso.
As catacumbas de Santa Inês e a basílica que se encontra fora do sítio, foram consagradas a uma das mártires mais famosa da época das persecuções romanas. Elas datam do século III da nossa era e a rede de galerias é tão complexa que a visita é dividida em quatro setores distintos. O primeiro corresponde à entrada e segue sendo a parte mais antiga, o segundo, porém, nunca pôde ser datado com precisão. O terceiro setor, que também pode ser visitado, encontra-se perto da Basílica Santa Inês (Sant'Agnese), já o quarto setor se estende até o mausoléu de Santa Constança (Santa Costanza).
SANT’AGENESE
Viveu em Roma,
onde foi martirizada em 317.
Nobre, descendia da poderosa família Cláudia e desde pequena foi educada pelos pais na fé cristã.
Cresceu virtuosa e decidiu consagrar sua pureza a Deus, resistindo às
investidas dos jovens mais ricos da nobreza romana, desejosos de seu amor.
Tinha 13 anos quando foi cobiçada, por sua
extraordinária beleza, riqueza e virtude, pelo jovem Fúlvio, filho do Prefeito
de Roma, Semprônio. Como o rejeitou, Inês foi levada a julgamento e
obrigada a manter o fogo sagrado aceso de um templo dedicado à Vesta,
deusa romana do lar e do fogo, o que recusou-se a fazer, dizendo: "Se
recusei seu filho, que é um homem vivo, como pode pensar que eu aceite prestar
honras a uma estátua que nada significa para mim? Meu esposo não é desta
terra" (Jesus Cristo). "Sou jovem, é verdade, mas a fé não se mede
pelos anos e sim pelos sentimentos. Deus mede a alma, não a idade. Quanto aos
deuses, podem até ficar furiosos, que eu não os temo. Meu Deus é amor."
Por isso foi condenada a ser exposta nua num prostíbulo no Circo Agnolo (hoje praça
Navona, onde se ergue a Basílica de Santa Inês in Agone). Diz a história que,
introduzida no local da desonra, uma luz celestial a protegeu e ninguém ousou
aproximar-se dela. Seus cabelos cresceram maravilhosamente cobrindo seu corpo.
Ao ser defendida por um anjo guardião, um dos seus lascivos pretendentes caiu
morto, mas a santa, apiedada, orou a Deus e o ressuscitou. Temeroso, o Prefeito
Simprônio passou o caso ao seu cruel substituto, Aspásio. Após novo
interrogatório, a menina foi condenada a morrer queimada. As chamas também não
a tocaram, voltando-se contra seus algozes e matando muitos deles. Foi por fim
decapitada, a mando do vice-prefeito de Roma, Aspásio.
Seus pais sepultaram seu corpo num terreno próximo
da Via
Nomentana, onde a princesa Constantina,
filha do imperador Constantino mandou erguer a majestosa basílica de Santa Inês Fora dos Muros,
palco de grandes milagres por intermédio da santa virgem.
A história conta que oito dias depois da morte,
apareceu em grande glória aos pais que rezavam em seu túmulo, segurando um
cordeirinho branco e cercada de muitas virgens e anjos e anunciou-lhes sua
grande felicidade no céu.
O culto
Também conhecida como Santa Inês de Roma ou Santa
Agnes, a sua festa canônica realiza-se a 21
de Janeiro. Centenas de igrejas são nomeadas em sua honra. A
mais célebre está em Roma, SANT’AGNESE fuori le mura,
acima mencionada. Exames forenses realizados no crânio da jovem que se
encontrava no tesouro de relíquias do "Sancta Sanctorum" da Basílica
de Latrão recentemente comprovam que se trata realmente de uma menina de 13
anos. Hoje, a cabeça de Santa Inês se encontra na Igreja de Santa Inês em Agonia (SANT’AGNESE in Agone), localizada na Praça
Navona, em Roma1 .
Nos quadros é representada frequentemente com um
cordeiro junto a si, até porque o seu nome provém do latim "agnus" (cordeiro) e um lírio, símbolo da
pureza.
Nenhum comentário:
Postar um comentário