Gárgula (neogótica)
da Catedral de Notre-Dame em Paris.
O estilo
gótico designa uma fase da história da arte ocidental,
identificável por características muito
próprias de contexto social, político ereligioso em conjugação com valores estéticos e filosóficos e que surge como resposta à austeridade
do estilo românico.
Este
movimento cultural e artístico desenvolve-se durante a Idade Média,
no contexto do Renascimento
do Século XII e prolonga-se até ao
advento do Renascimento em Florença,
quando a inspiração clássica quebra a linguagem artística até então difundida.
Os
primeiros passos são dados a meados do século XII em França no campo da arquitetura (mais
especificamente na construção de catedrais) e, acabando por abranger outras disciplinas
estéticas, estende-se pela Europa até ao início do século XVI,
já não apresentando então uma uniformidade geográfica.
A
arquitetura, em comunhão com a religião, vai formar o eixo de maior relevo
deste movimento e vai cunhar profundamente todo o desenvolvimento estético.
O Termo
Quando
a nova estética se expande além das fronteiras francesas, a sua origem vai ser
a base para a sua designação, art français, francigenum
opus (trabalho francês) ou opus modernum (trabalho
moderno). Mas vai ser só quando o Renascimento toma o lugar da linguagem
anterior que os novos valores vão entrar em conflito com os ideais góticos e o
termo actual nasce. Na Itália do século XVI , e sob a fascinação pela glória e
cânones da antiguidade clássica, o termo gótico vai ser referido pela primeira vez
por Giorgio Vasari, considerado o fundador da história da arte. Aos olhos deste autor e dos seus contemporâneos, a arte da Idade
Média, especialmente no campo da arquitectura, é o oposto da perfeição, é o
obscuro e o negativo, relacionando-a neste ponto com os godos, povo que semeou a destruição na Roma Antiga em 410. Vasari cria assim o termo gótico com
fortes conotações pejorativas, designando um estilo somente digno de bárbaros evândalos, mas que nada tem a ver com os antigos povos
germânicos (visigodos e ostrogodos).
Somente
alguns séculos mais tarde, durante o romantismo nas primeiras décadas do século XIX,
vai ser valorizada a filosofia estética do gótico. A arte volta-se novamente
para o passado, mas agora para o período misterioso e desconhecido da Idade
Média. Goethe,
também fascinado pela imponência das grandes catedrais góticas na Alemanha, vai acabar por ajudar ao impulso desta
redescoberta da originalidade do período gótico, exprimindo as emoções que lhe
são despertas ao admirar os gigantes edifícios de pedra.
Neste
momento nasce o neogótico que
define e expande o gosto pela utilização de elementos decorativos góticos e que
reconhece pela primeira vez as diferenças artísticas que separam o estilo
românico do gótico.
A filosofia da luz e a Abadia de Saint-Denis
O
colorido e a exaltação da luz narosácea de Sainte-Chapelle, Paris.
Vista da Catedral de Colónia, Alemanha.
Escultura
Esculturas do portal da Catedral de Magdeburgo, As Três Virgens.
Iluminura da Bíblia
Morgan, c. 1240, Expulsão dos Israelitas de Ai.
Fresco de Giotto, A
Lamentação, c. 1305, Cappella degli Scrovegni, Pádua.
Mosteiro da Batalha (séc XIV-XV).
Sé do
Funchal (século XV-XVI).
Neogótico
Fachada da Abadia de Westminster, em Inglaterra,
com as torres neogóticas do século XVIII.
Neogótico no Brasil
Catedral
da Sé de São Paulo (séc
XX).
Fonte: WIKIPÉDIA
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