quarta-feira, 23 de outubro de 2013

ESTILO GÓTICO

Gárgula (neogótica) da Catedral de Notre-Dame em Paris.

estilo gótico designa uma fase da história da arte ocidental, identificável por características muito
próprias de contexto socialpolítico ereligioso em conjugação com valores estéticos e filosóficos e que surge como resposta à austeridade do estilo românico.
Este movimento cultural e artístico desenvolve-se durante a Idade Média, no contexto do Renascimento do Século XII e prolonga-se até ao advento do Renascimento em Florença, quando a inspiração clássica quebra a linguagem artística até então difundida.
Os primeiros passos são dados a meados do século XII em França no campo da arquitetura (mais especificamente na construção de catedrais) e, acabando por abranger outras disciplinas estéticas, estende-se pela Europa até ao início do século XVI, já não apresentando então uma uniformidade geográfica.
A arquitetura, em comunhão com a religião, vai formar o eixo de maior relevo deste movimento e vai cunhar profundamente todo o desenvolvimento estético.
O Termo
Quando a nova estética se expande além das fronteiras francesas, a sua origem vai ser a base para a sua designação, art françaisfrancigenum opus (trabalho francês) ou opus modernum (trabalho moderno). Mas vai ser só quando o Renascimento toma o lugar da linguagem anterior que os novos valores vão entrar em conflito com os ideais góticos e o termo actual nasce. Na Itália do século XVI , e sob a fascinação pela glória e cânones da antiguidade clássica, o termo gótico vai ser referido pela primeira vez por Giorgio Vasari, considerado o fundador da história da arte. Aos olhos deste autor e dos seus contemporâneos, a arte da Idade Média, especialmente no campo da arquitectura, é o oposto da perfeição, é o obscuro e o negativo, relacionando-a neste ponto com os godos, povo que semeou a destruição na Roma Antiga em 410. Vasari cria assim o termo gótico com fortes conotações pejorativas, designando um estilo somente digno de bárbaros evândalos, mas que nada tem a ver com os antigos povos germânicos (visigodos e ostrogodos).
Somente alguns séculos mais tarde, durante o romantismo nas primeiras décadas do século XIX, vai ser valorizada a filosofia estética do gótico. A arte volta-se novamente para o passado, mas agora para o período misterioso e desconhecido da Idade Média. Goethe, também fascinado pela imponência das grandes catedrais góticas na Alemanha, vai acabar por ajudar ao impulso desta redescoberta da originalidade do período gótico, exprimindo as emoções que lhe são despertas ao admirar os gigantes edifícios de pedra.
Neste momento nasce o neogótico que define e expande o gosto pela utilização de elementos decorativos góticos e que reconhece pela primeira vez as diferenças artísticas que separam o estilo românico do gótico.


A filosofia da luz e a Abadia de Saint-Denis

O colorido e a exaltação da luz narosácea de Sainte-ChapelleParis.


Escultura

Esculturas do portal da Catedral de MagdeburgoAs Três Virgens.

Iluminura da Bíblia Morgan, c. 1240, Expulsão dos Israelitas de Ai.

Fresco de GiottoA Lamentação, c. 1305, Cappella degli ScrovegniPádua.


Mosteiro da Batalha (séc XIV-XV).


Sé do Funchal (século XV-XVI).

Neogótico

Fachada da Abadia de Westminster, em Inglaterra, com as torres neogóticas do século XVIII.
Neogótico no Brasil
Catedral da Sé de São Paulo (séc XX).


Fonte: WIKIPÉDIA

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