Por Mutuca
Francisco Rodrigues Filho nasceu no dia 5 de abril de 1928, no Rio de Janeiro. Depois de breve passagem
Suas românticas apresentações e expressiva linha interpretativa, cada vez mais lhe abriam as portas. Daí o convide de Anselmo Domingos para assinar seu primeiro contrato profissional, na Rádio Tamoio. Em menos de seis meses, recebe proposta para transferir-se para a Rádio Globo. Sua estreia no disco dá-se quando, no disco Star 105, para o carnaval de 1949, grava os sambas Aumentaram Todo Mundo e Eu Não Sei. Meses depois, os sambas-canções Abandono e Distância.
Seu primeiro grande sucesso saiu em 1950, na etiqueta Victor, com a marcha Meu Brotinho (Luiz Gonzaga/ Humberto Teixeira), que obteve grande sucesso, e o samba Me Deixa Em Paz, da mesma dupla.
Da explosão desse enorme sucesso, o convite para atuar na Rádio Tupi e no filme Carnaval No Fogo, da Atlântida. Rapidamente, faz-se conhecido em todo o Brasil. O jovem galã não dava conta da popularidade.
Assina, em seguida, com altivez de vencedor, contrato com a Rádio Nacional. A consagração é definitiva. Colecionou títulos e troféus, dignos de um artista de respeito internacional: O Melhor Cantor, O Cantor Mais Querido do Brasil, O Rei do Rádio. Durante alguns anos, foi o artista que mais correspondência recebeu na emissora. Liderou paradas de sucesso, quer no gênero romântico, quer no carnaval. Recebeu do presidente Getúlio Vargas um abraço: És o brotinho das meninas do nosso Brasil! El Broto foi seu slogan mais conhecido.
Gravou todos os gêneros: valsa, tangos, sambas, carnaval.
Com porte de galã, atuou em algumas chanchadas da época, como Aviso aos Navegantes (Watson Macedo). Em 1953, foi contratado pela Rádio Nacional chegando a rivalizar com grande ídolo popular Francisco Alves entre os preferidos de seus ouvintes. Vieram mais filmes, como Carnaval Atlântida (José Carlos Burle), Garotas e Samba (Carlos Manga) e outros. O Cantor Enamorado do Brasil receberia ainda outro título que o marcaria definitivamente: El Broto, referência a seu grande sucesso Alô Brotinho. Em fins dos anos 50, rivalizaria com o cantor Cauby Peixoto a preferência das garotas chamadas "macacas de auditório". Foi o primeiro ídolo jovem da linhagem dos Carlos que se seguiriam. O hit Hello Mary Lou, de Ricky Nelson fez muito sucesso no Brasil na versão de Francisco Carlos, Alô Marilu (1961) RCA Victor, em 78 rotações. Em 1962 ainda chegou a excursionar pela Europa com a V Caravana da UBC, mas pouco depois abandonou a carreira, trocando-a por sua profissão de origem: a de pintor.
Francisco
Carlos e Cauby Peixoto
Francisco Carlos desde a infância exerceu outra atividade, a pintura. Cursou a Escola Nacional de Belas Artes e foi aluno do renomado Oswaldo Teixeira. Não tardou em se tornar conhecido como pintor e recebeu vários prêmios. Seus quadros foram expostos nos mais importantes salões do Brasil e do exterior, principalmente Paris, onde residiu por algum tempo. El Broto faleceu no dia 19 de março de 2003.
Texto histórico muito bom... Parabéns pelo blog Luiz Carlos Facó!
ResponderExcluirGostaria de saber mais sobre ele. Sendo um dos meus primeiros ídolos. Se ele deixou herdeiros
ResponderExcluirOlá!!! Sabe como consigo encontrar a música “seremos felizes”, uma valsa do Francisco Carlos (El Broto)? A Letra é aquela... “a vida é linda assim, seremos felizes depois, você viverá para mim e o mundo será de nós dois... cantando e dançando, dançando e beijando, assim ficamos nós dois, seremos felizes depois...Obrigado! Se puder me retornar por e-mail ficaria muito feliz mitchel.feres@gmail.com
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