Chouriço
doce
Chouriço
doce, ou simplesmente chouriço,
é um doce típico das regiões sertanejas do Ceará, Piauí, Paraíba e do Rio Grande do Norte, preparado à base de sangue de porco, farinha de mandioca, rapadura e
temperos que podem ser gergelim, castanha de caju, leite de coco, erva-doce,
cravo, canela, gengibre, pimenta-do-reino entre outros.
Tapioca
Tapioca do Alto da Sé em Olinda, Pernambuco, Brasil.
A tapioca, também conhecida como beiju, é o nome de uma iguaria tipicamente brasileira, originária
do Norte do país, de origem indígena, feita com a fécula extraída da mandioca, também conhecida como goma da tapioca, tapioca, goma seca, polvilho ou polvilho doce. Esta, ao ser espalhada em
uma chapa ou frigideira aquecida, coagula-se e vira um tipo de panqueca ou crêpe seco, em forma de meia-lua (ou disco, como em algumas regiões). O recheio
varia, mas o mais tradicional é feito com coco e queijo
coalho.
É comum também encontrar as variedades
conhecidas como Beiju de Lenço, Beiju de Massa e outras, feitas em fornos das
casas de farinha das comunidades rurais em determinadas épocas do ano; assim
como outras variações.
O nome tapioca é derivado da palavra tipi'óka
«coágulo», o nome para este amido em Tupi; e pode referir-se tanto ao produto obtido
da fécula quanto ao prato em si feito a partir dele.
Preparo
da tapioca
Numa vasilha de tamanho médio borrifa-se um
pouco de água sobre a goma da tapioca e o sal, mexe-se a mistura com a ponta dos dedos.
Lentamente, adiciona-se mais água, esfarelando a mistura entre as mãos até que
essa mistura fique sem aderência as mãos. Essa mistura passa por um refinamento
em peneira.
Em frigideira antiaderente aquecida em fogo
brando, espalha-se uma porção e com as costas de uma colher cobre-se o fundo da frigideira de modo
uniforme e recheia-se (tradicionalmente com coco ralado e raspas de queijo coalho, mas
possibilitando uma infinidade de novos recheios), assando de dois a quatro
minutos - ou até que a mistura fique com suas bordas soltas da frigideira. Em
seguida, dobra-se a tapioca, passando um pouco de manteiga em ambos os lados e
assando por mais um minuto.
História
A mandioca, produzida sob o sistema da
agricultura de subsistência, era a base da alimentação do Brasil até a invasão
e colonização do território pelos portugueses.
Pouco após os primeiros anos do
descobrimento, os colonizadores portugueses na capitania
hereditária de Pernambuco descobriram que a tapioca servia como bom substituto para o pão. Na cidade deOlinda se consumia intensamente o beiju, a farinha e
a tapioca (goma) extraídos da mandioca, desde o século XVI com a criação
portuguesa da Casa de Farinha em Itamaracá (Pernambuco).
A tapioca logo se espalhou pelos demais povos
indígenas, como os cariris no Ceará e os jês, na Amazônia oriental. Ainda, se transformou posteriormente na base da
alimentação dos escravos no Brasil. Tudo isso serviu para transformar a
tapioca, hoje, num dos mais tradicionais símbolos da culinária por quase todo o
nordeste.
Os indígenas
brasileiros faziam vários tipos de beiju: o beiju simples é um bolo de massa fresca, úmida,
passado pela urupema (peneira de fibras vegetais) para formar grumos, que
devido ao calor ficam ligados; o beiju-ticanga, feito de massa de mandioca mole e seca ao sol; o beijuaço, redondo, feito como o beiju-ticanga, mas
seco no forno; o caribé, que é o beijuaço posto de molho e reduzido novamente à massa que, quando água é
acrescentada, forma um tipo de mingau; o beijucica feito de massa de mandioca, em grumos bem finos; o beiju de tapioca, da massa umedecida, saindo da urupema em
pequeninos grumos que quando pronto, é enrolado; o curadá, um beiju grande, feito de tapioca (goma) umedecida, em grumos maiores, levando castanha crua, depois sendo
enrolado.
A partir
da tapioca eram feitas também algumas bebidas
alcoólicas como o pajuaru, o tarubá, o tepiocuy e a tikira. Na fabricação do tarubá, os beijus umedecidos são colocados sobre folhas de curumi (Ravenala
guaianensis), e estas sobre uma camada de folhas de bananeira estendida sobre um jirau (grade de varas).
Após serem polvilhados, os beijus são recobertos com as folhas de curumi e
deixados por três dias, quando começa a escorrer um líquido viscoso, semelhante
ao melaço. A massa é dissolvida em água, passada pela
peneira e o líquido é deixado repousando. Após o descanso a bebida fica pronta.
Mungunzá (ritual)
Mungunzá, mugunzá, ou mucunzá como é chamado pelo povo do santo é o nome da comida
ritual votiva, pertinente aos orixás oxalá, oxaguian, oxalufan e o ikise lembarenganga, tanto no candomblé baiano.
A etimologia do nome dada pelo dicionário
Aurélio é de mucunzá, do quimbundo mu’kunza, ‘milho cozido’ de origem africana.
O mungunzá é um prato doce feito com grãos de
milho (geralmente branco) cozidos em água ou leite ou leite de coco. Algumas variantes do preparo incluem uma
pequena quantidade de "água de flor de laranjeira".
O prato é geralmente servido com bastante
caldo, porém em rituais para os orixás ele é servido de forma bem compactada
como o chamado ebô.
No centro-sul do Brasil o prato é chamado de
canjica e preparado principalmente para as comemorações de Festa Junina.
Canjica
A canjica é um doce típico da culinária nordestina brasileira. Embora seja
consumida o ano inteiro, o pico de demanda por essa sobremesa ocorre no período
das festas juninas e julinas.
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