terça-feira, 29 de outubro de 2013

PROJETO TAMAR

Tartarugas marinhas

História

Eram os últimos anos da década de 70. Até então, não havia registro de qualquer trabalho de conservação marinha no Brasil. Mas as tartarugas já integravam a lista das espécies em risco de extinção. Estavam desaparecendo rapidamente por causa da captura incidental em atividades de pesca, da matança das fêmeas e da coleta dos ovos na praia.
No sul do Brasil, um grupo de estudantes cursava os últimos anos da Faculdade de Oceanografia da Universidade Federal de Rio Grande e organizava expedições a praias desertas e distantes, de preferência aonde ninguém houvesse chegado antes. O importante era desbravar, descobrir, pesquisar, conhecer o litoral do Brasil e as ilhas oceânicas. Ao mesmo tempo, o grupo fazia pesquisa dirigida, com o apoio do Museu Oceanográfico de Rio Grande.

Nos dias e noites em que ficaram no Atol das Rocas, ao amanhecer, encontravam rastros e muita areia remexida na praia, mas não se davam conta de que a mudança no cenário era produzida pelas tartarugas que subiam à praia para desovar, durante a madrugada. Em uma dessas noites, os pescadores que acompanhavam os estudantes mataram onze tartarugas de uma só vez. A imagem foi chocante para os que viram a cena, devidamente fotografada.
As expedições acabaram servindo de alerta para a necessidade urgente de proteção do ecossistema marinho. Foi assim que a Faculdade de Oceanografia, onde ainda não se falava em conservação, acabou formando uma geração pioneira de ambientalistas no país, pois todos passaram a se dedicar profissionalmente à conservação marinha.




Tartaruga Lora ou Kemps Ridley

A equipe do Tamar chegou à Praia do Forte – uma das três primeiras bases instaladas no país, ao lado de Pirambu/SE e Comboios/ES - em 1982, durante a última etapa do levantamento que identificou as praias brasileiras onde havia ocorrência de tartarugas marinhas. Sede nacional do Projeto, é um dos principais destinos turísticos do Estado. Fica a 70 quilômetros de Salvador, no município de Mata de São João. Na temporada de desova, entre setembro e março, a base monitora 30km de praias, entre as barras dos rios Jacuípe e Imbassaí, protegendo anualmente mais de 1.600 desovas e 100 mil filhotes. Toda a extensão da Praia do Forte (14 quilômetros) é considerada Área de Estudo Integral (AEI).




Caixa Postal 2219 - CEP 41950-970 - Caixa Postal 2219 - CEP 41950-970 - Rio Vermelho - Salvador-BA - Tel (71)3676-1045 - Fax (71)3676-1067 - E-mail protamar@tamar.org.br
Mata de São João - BA



Nenhum comentário:

Postar um comentário