Tartarugas marinhas
História
Eram os últimos anos da década de 70. Até então,
não havia registro de qualquer trabalho de conservação marinha no Brasil. Mas
as tartarugas já integravam a lista das espécies em risco de extinção. Estavam desaparecendo
rapidamente por causa da captura incidental em atividades de pesca, da
matança das fêmeas e da coleta dos ovos na praia.
No sul do Brasil, um grupo de estudantes cursava os
últimos anos da Faculdade de Oceanografia da Universidade Federal de Rio Grande
e organizava expedições a praias desertas e distantes, de preferência aonde
ninguém houvesse chegado antes. O importante era desbravar, descobrir,
pesquisar, conhecer o litoral do Brasil e as ilhas oceânicas. Ao mesmo tempo, o
grupo fazia pesquisa dirigida, com o apoio do Museu Oceanográfico de Rio
Grande.
Nos dias e noites em que ficaram no Atol das Rocas,
ao amanhecer, encontravam rastros e muita areia remexida na praia, mas não se
davam conta de que a mudança no cenário era produzida pelas tartarugas que
subiam à praia para desovar, durante a madrugada. Em uma dessas noites, os
pescadores que acompanhavam os estudantes mataram onze tartarugas de uma só
vez. A imagem foi chocante para os que viram a cena, devidamente fotografada.
As expedições acabaram servindo de alerta para a necessidade urgente de
proteção do ecossistema marinho. Foi assim que a Faculdade de Oceanografia,
onde ainda não se falava em conservação, acabou formando uma geração pioneira
de ambientalistas no país, pois todos passaram a se dedicar profissionalmente à
conservação marinha.
Tartaruga Lora ou Kemps Ridley
A equipe do Tamar chegou à Praia do
Forte – uma das três primeiras bases instaladas no país, ao lado de Pirambu/SE
e Comboios/ES - em 1982, durante a última etapa do levantamento que identificou
as praias brasileiras onde havia ocorrência de tartarugas marinhas. Sede
nacional do Projeto, é um dos principais destinos turísticos do Estado. Fica a
70 quilômetros de Salvador, no município de Mata de São João. Na temporada de
desova, entre setembro e março, a base monitora 30km de praias, entre as barras
dos rios Jacuípe e Imbassaí, protegendo anualmente mais de 1.600 desovas e 100
mil filhotes. Toda a extensão da Praia do Forte (14 quilômetros) é considerada
Área de Estudo Integral (AEI).
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