sábado, 9 de novembro de 2013

KIM PHILBY

O espião do século passado




Reprodução
Capa da autobiografia de Kim Philby, considerado o espião do século

Os mais idealistas podem ser também os mais cruéis espiões. Harold Adrian Russel Philby é a prova disso. Britânico nascido na Índia em 1912, ele tonou-se comunista enquanto estudava no Trinity College, em Cambridge, nos anos 1930. Era uma época em que a União Soviética recrutava ocidentais simpatizantes do
comunismo para ações de espionagem. Foi quando Philby e quatro de seus colegas universitários viraram espiões soviéticos, formando um grupo que ficou conhecido como "Os Cinco de Cambridge". Ao mesmo tempo, ele iniciou uma promissora carreira nos serviços secretos britânicos. Kim Philby, como gostava de ser chamado, foi durante quase três décadas um agente duplo, camaleônico, que por conta de sua crença nos ideais comunistas trabalhava muito mais a favor de Moscou, passando informações que minaram os planos de desestabilização dos governos comunistas planejados no Ocidente durante a Guerra Fria. Prestes a ser descoberto, ele desertou em 1963, fugindo para a Rússia onde virou "consultor" da KGB, serviço secreto soviético. Uma versão conta que o camarada Philby era visto com desconfiança pelos soviéticos que acreditavam que ele, na verdade, era um agente triplo: trabalhava para os ingleses, fingindo trabalhar para os soviéticos para de fato espionar para os ingleses. Outra versão diz que ele virou importante figura na KGB por ter revelado a identidade de vários espiões britânicos em solo soviético que acabaram assassinados. Ele morreu em 1988, em decorrência de problemas causados pelo alcoolismo. 

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