O espião do século passado
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Reprodução Capa da autobiografia de Kim Philby, considerado o espião do século |
Os mais idealistas
podem ser também os mais cruéis espiões. Harold Adrian Russel Philby é a prova
disso. Britânico nascido na Índia em 1912, ele tonou-se comunista enquanto
estudava no Trinity College, em Cambridge, nos anos 1930. Era uma época em que
a União Soviética recrutava ocidentais simpatizantes do
comunismo para ações de
espionagem. Foi quando Philby e quatro de seus colegas universitários viraram
espiões soviéticos, formando um grupo que ficou conhecido como "Os Cinco
de Cambridge". Ao mesmo tempo, ele iniciou uma promissora carreira nos
serviços secretos britânicos. Kim Philby, como gostava de ser chamado, foi
durante quase três décadas um agente duplo, camaleônico, que por conta de sua
crença nos ideais comunistas trabalhava muito mais a favor de Moscou, passando
informações que minaram os planos de desestabilização dos governos comunistas
planejados no Ocidente durante a Guerra Fria. Prestes a ser descoberto, ele desertou em 1963,
fugindo para a Rússia onde virou "consultor" da KGB, serviço secreto
soviético. Uma versão conta que o camarada Philby era visto com desconfiança
pelos soviéticos que acreditavam que ele, na verdade, era um agente triplo:
trabalhava para os ingleses, fingindo trabalhar para os soviéticos para de fato
espionar para os ingleses. Outra versão diz que ele virou importante figura na
KGB por ter revelado a identidade de vários espiões britânicos em solo
soviético que acabaram assassinados. Ele morreu em 1988,
em decorrência de problemas causados pelo alcoolismo.
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