terça-feira, 17 de dezembro de 2013

AQUELES LOUCOS IMPERADORES ROMANOS

Segunda parte

Henry Thomas
Maravilhas do conhecimento humano

Cláudio Imperador

Depois de Calígula, veio o imperador Cláudio e em seguida a este, o mais degenerado de todos eles, o
gordo Nero. Esse rapaz de maus-bofes brigou com a mãe e estrangulou-a. tomava raiva de sua mulher Popeia, que estava grávida e deu-lhe um pontapé no ventre. Ela veio a morrer em consequência do golpe.

Nero Imperador romano
Depois convenceu-se de que era um grande músico. Convidava gente ao seu palácio  e torturava os convidados horas a fio com suas canções. Quando tentava dar as notas agudas, arfava, ansiava e espichava-se nas pontas dos pés, mas ai de quem achasse graça e risse!
Um homem, contudo, o filósofo Petrônio, era demasiado honesto para lisonjear o imperador. Escreveu uma carta a Nero, dizendo-lhe que ele era o pior cantor de todos os tempos. E depois, para evitar embaraços, Petrônio abriu as veias, suicidando-se.
Doutra feita, Nero tornou-se um dançarino profissional. Mas quando percebeu que não conseguia saltar tão alto quanto seu professor, mandou mata-lo e tratou de arranjar nova profissão.
Embora tivesse pernas arqueadas, o pescoço grosso e barriga saliente, acreditava-se um Apolo e andava nu em público.
Quando desejava afastar alguém do seu caminho, escrevia-lhe uma nota oficial, nestes termos: “Nero está farto de você, por isso requer que você se mate para o bem de Nero e do Estado.” E a sua cruel intimação era sempre cumprida.
Todas as manhãs enviava Nero uma lista dessas notas. Todas as noites sentava-se a escrever uma História de Roma, que esperava estender em quatrocentos livros de versos. E tencionava recitar para seus admiradores, verso por verso.
Certa vez a cidade de Roma ardeu em pavoroso incêndio. Alguns historiadores suspeitam que o próprio Nero tenha dado ordem para isso, no sentido de preparar um pitoresco cenário, em que se exibisse tocando flauta. A oportunidade era excelente. O incêndio durou seis dias e três quartas partes da cidade foram reduzidas a cinzas. Enquanto a labaredas subiam para o céu, Nero saiu ao balcão do seu palácio e cantou “suas divinas composições musicais”, como as chamava.
Mas na idade de trinta anos, o “divino” Nero viu-se forçado a fugir de seu palácio. A cólera do povo havia irrompido e exigia-se a sua morte. O poderoso monarca escondeu-se na casa de um servo. Quando percebeu que os oficiais  da guarda se aproximavam, agarrou um adaga, com mãos trêmulas e deixou-se cair sobre ela. E já no chão, moribundo murmurava: “Que grande artista vai hoje o mundo perder!” tão terrível era essa ideia que ele não se conteve e chorou com pena do pobre mundo.
Todos os Césares de Augusto a Nero, nasceram loucos. 



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