Ao pé
de uma ladeira íngreme de pedras irregulares, circundado por mangueiras
imponentes, banhado pelas ondas do mar e premiado pelo mais belo por do sol da
cidade de Salvador. É neste belíssimo cartão postal
chamado Solar do
Unhão que se encontra o Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM-BA), considerado o
principal espaço para a arte contemporânea do estado e um dos mais importantes
do país, por onde passa um público aproximado de 200 mil pessoas por ano.
Exposições
de artistas visuais consagrados do Brasil e exterior movimentam as cinco salas
expositivas do museu, inserindo definitivamente o MAM no circuito nacional de
arte contemporânea. O museu conta ainda com uma galeria ao ar livre (o Parque
das Esculturas) e uma sala de cinema. Sedia também eventos artísticos culturais
de diferentes linguagens e possui um programa permanente de ações educativas.
Solar do Unhão
O
Solar do Unhão foi construído no séc. XVII, em sítio histórico, em terras
pertencentes a Gabriel Soares e doadas por testamento aos Beneditinos no séc.
XVI.
No séc. XVII, 1690, residia o
Desembargador Pedro de Unhão Castelo Branco. No início do séc. XVIII, o Solar
foi vendido a José Pires de Carvalho e Albuquerque, que estabeleceu morgado
(propriedade que não pode ser vendida é herdada pelo primogênito).
Por volta de 1740, surgem as
primeiras notícias sobre a construção da Capela do Solar. No mesmo século, a
casa recebeu feições mais requintadas, tendo sido colocados o chafariz e os
painéis de azulejo portugueses no passadiço que ainda hoje dá acesso ao
pavimento nobre do Casarão. A Capela
é reedificada e consagrada à Nossa Senhora da Conceição. Após esse período
áureo, ao final do mesmo século, a fazenda do Unhão passa a ser conhecida como
Solar do Unhão.
No início do séc. XIX, o Solar foi
arrendado, iniciando a partir daí um processo crescente de degradação do
conjunto, com a instalação sucessiva de fábricas, incluindo uma de rapé, que
funcionou até 1926. Já ao final da década de 40, produziu derivados de cacau e
manufaturas diversas, sediou oficinas e foi transformado em trapiche, depósitos
de combustíveis e mais tarde, durante a 2ª Guerra Mundial, em quartel para os
fuzileiros navais.
Em 1943, o Solar foi tombado pelo
Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), sendo depois,
no início da década de 60, adquirido e restaurado pelo Governo do Estado da
Bahia, com projeto arquitetônico de Lina Bo Bardi, para instalar o Museu de
Arte e Tradições Populares. A partir de 1963, passa a sediar o Museu de Arte
Moderna da Bahia, que já vinha movimentando a cultura baiana desde a sua
inauguração em 1960 no foyer do Teatro Castro Alves.
Parque das esculturas
Interior do museu - restaurante
O museu é todo circundado
de gradil artístico
O por do sol visto do
museu
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