quinta-feira, 6 de março de 2014

AMSTERDÃ

A Veneza do Norte

Amesterdão ou Amsterdã (português brasileiro) (em neerlandêsAmsterdam) é a capital, e a maior cidade dos Países Baixos, situada na província Holanda do Norte. Seu nome é derivado de uma
represa (dam) no rio Amstel, o rio onde fica a cidade. A cidade é conhecida por seu porto histórico, seus museus de fama internacional, sua zona de meretrício (Red Light District, o "Bairro da Luz Vermelha"), seus coffeeshops liberais, e seus inúmeros canais que levaram Amsterdã a ser chamada a "Veneza do Norte".
Amsterdã tem 800.000 residentes, enquanto que sua área metropolitana tem cerca de 2 milhões de habitantes. É o centro de uma vasta zona urbana contínua, denominada Randstad, que se estende de Roterdão a Amesterdão e também Utrecht, com cerca de 7,6 milhões de habitantes.
A cidade destaca-se pelo seu setor financeiro, sendo o quinto centro financeiro europeu. Com mão-de-obra qualificada no setor logístico, a cidade destaca-se por sua infra-estrutura que reúne um aeroporto internacional e um moderno porto marítimo.
A palavra que deu origem ao nome da cidade de Amsterdã vêm do latim Homines manentes apud Amestelledamme, ou seja, "homens que vivem próximo ao Amestelledamme". Amestelledamme é dam (dique) do rio Amstel, cujo nome pode ser interpretado como ame ("água") e stelle ("terra seca").


No início, Amsterdã era nada mais que um povoado de pescadores. Segundo a lenda, a cidade foi fundada por dois pescadores da província de Frísia, que por casualidade acabaram nas margens do rio Amstel em um pequeno barco, junto a seu cachorro.
A data tradicional da fundação da cidade foi em 27 de outubro de 1275, quando retiraram a obrigação dos seus habitantes de pagar taxas associadas à passagem em pontes neerlandesas. No ano de 1300 foi concedido o direito oficial de cidade, e a partir do século XIV, Amesterdão começou a florescer como centro comercial, principalmente pelo comércio com outras cidades neerlandesas e alemãs, conhecidas como a Liga Hanseática.
No século XVI, começou o conflito entre os neerlandeses e Filipe II de Espanha. Essa confrontação causou uma guerra que durou oitenta anos, e que finalmente deu aos Países Baixos sua independência. Depois da ruptura com a Espanha, a república neerlandesa ia ganhando fama por sua tolerância com respeito a religiões. Entre outros, buscaram refúgio em Amesterdão judeus de Portugal e Espanha, comerciantes de Antuérpia, e huguenotes da França, perseguidos em seus países por sua religião.


No início do século XVII, considerado o Século de Ouro de Amesterdão, a cidade converteu-se em uma das mais ricas do mundo. Desde seu porto saíam embarcações até o mar Báltico, América do Norte, África e terras que agora pertencem a Indonésia e Brasil. Dessa forma foi criada a base de uma rede comercial mundial. Os comerciantes de Amesterdão possuíam a maior parte da Companhia Neerlandesa das Índias Orientais (Vereenigde Oostindische Compagnie ou VOC em neerlandês) e da Companhia Neerlandesa das Índias Ocidentais (West-Indische Compagnie ou WIC). Essas companhias instalaram-se em países que passaram a ser colônias dos Países Baixos. Nessa época Amesterdão era o principal porto comercial da Europa e centro financeiro mais importante do mundo. A Bolsa de Valores de Amesterdão foi a primeira a funcionar diariamente.
A população da cidade cresceu ligeiramente de 10 000 em 1500, a 30 000 por volta de 1570. Em 1700 este número já havia alcançado 200 000. Durante os séculos XVIII e XIX e até antes da Primeira e da Segunda Guerra Mundial, o número de habitantes aumentou a não menos de 300%, alcançando 800.000 habitantes. A partir de então até a atualidade o número tem sido relativamente constante.
No século XVIII e início do século XIX, Amsterdã entrou em declínio devido às guerras entre a república dos Países Baixos e o Reino Unido e França. Sobretudo as Guerras Napoleônicas arrebataram as fortunas de Amesterdão. Quando se estabeleceu oficialmente o Reino dos Países Baixosno ano de 1815, a situação começou a melhorar. Nesse período uma das pessoas-chave das novas iniciativas foi Samuel Sarphati, um médico e planificador urbano, que achou sua inspiração em Paris.


As últimas décadas do século XIX são chamadas de Segundo Século de Ouro de Amsterdã, porque, entre outros, construíram-se novos museus, uma estação de trem e o Concertgebouw, que é o teatro musical da cidade. No mesmo período chegou à cidade a Revolução Industrial. Novos canais e vias marítimas foram construídos para assim melhorar a conexão entre Amsterdã e o resto da Europa.
Pouco antes de começar a Primeira Guerra Mundial, a cidade começou a expandir-se, construindo novos bairros residenciais em direção aos subúrbios. Durante a Primeira Guerra Mundial, os Países Baixos tomaram uma posição neutra, mas ainda assim sua população sofreu muito com a falta de comida e falta de aquecimento a gás.
Durante a Segunda Guerra Mundial, a Alemanha invadiu os Países Baixos no dia 10 de maio de 1940, tomando o controle do país depois de cinco dias de luta. Os alemães instalaram um governo civil nazista em Amesterdão, que se encarregava da perseguição aos judeus. Os neerlandeses que ajudaram e protegeram as vítimas foram também perseguidos. Mais de 100.000 judeus foram deportados a campos de concentração. Entre eles encontrava-se Anne Frank. Somente 5.000 judeus sobreviveram à guerra.


No início do século XVII, com a crescente imigração na cidade, Amsterdã colocou em prática um plano para a construção de canais de meio-círculo e concêntricos que se encontravam na baía do rio IJ. Foram feitos quatro canais: 3 residenciais (Herengracht ou Canal dos Lordes; Keizersgracht ou Canal dos Imperadores; e Prinsengracht ou Canal do Príncipe) e um canal de defesa (Nassau/Stadhouderskade). O plano ainda ligou os canais paralelos a esses novos quatro canais, como por exemplo, o canal do bairro de Jordaan (bairro onde viveu Anne Frank).


A cidade se localiza entre os rios Amstel e Schinkel, na chamada baia de IJ.
A composição étnica da cidade em 2011 era de 49,7% neerlandeses e 50,3% estrangeiros. Pessoas de origem não europeia constituíam ao todo 34,9% da população e 52,6% de pessoas menores de 18 anos de idade. Devido à imigração em larga escala vinda de países não ocidentais, principalmente do SurinameMarrocos e de outros países islâmicos, em poucos anos pessoas de origem não europeia se tornarão o grupo étnico dominante em Amesterdão. Cerca de 25% da população da cidade pratica o islã, apesar de a religião dominante continuar sendo o Cristianismo.
Nos séculos XVII e XVIII, a maioria dos imigrantes de Amesterdão eram huguenotessefarditas e habitantes da Vestfália. Com a independência das colônias neerlandesas, nos anos 40 e 50 começou a imigração de indonésios. Nos anos 60, vários trabalhadores turcosmarroquinos e italianos foram para Amesterdão. Com a independência do Suriname em 1975, Amesterdão começou a receber seushabitantes como imigrantes. Vários outros imigrantes também vieram de outras partes da Europa e também da América do Norte.


O escudo de Amesterdão consiste em três cruzes denominadas Cruz de Santo André em homenagem a André, o apóstolo, que foi assassinado com este tipo de cruzes. No século XVI foram adicionados dois leões. Existem historiadores que crêem que as cruzes representam os três perigos que mais afetaram a Amsterdã: inundação, incêndio e a peste.
O lema oficial da cidade é: "Heldhaftig, Vastberaden, Barmhartig" ("Valente, Decidida e Misericordiosa"). Estas três palavras provêm da denominação oficial concedida pela rainha Guilhermina dos Países Baixos em 1947, em homenagem a coragem da cidade durante a Segunda Guerra Mundial.

Amsterdã é a capital dos Países Baixos em termos de negócios e finanças, e tem sido a quinta cidade europeia em importância no mundo dos negócios, atrás de Londres, Frankfurt, Paris e Bruxelas.


Na cidade encontram-se muitos museus de fama internacional, como o Rijksmuseum, o museu de arte moderna Stedelijk Museum, o Museu Casa de Rembrandt e Museu van Gogh que possui a maior coleção de pinturas de Van Gogh no mundo.
Casa de Anne Frank é um destino turístico muito popular, bem como o Hortus Botanicus Amsterdam, fundado no começo da década de 1960, um dos mais antigos jardins botânicos do mundo, com muitas antigas e raras espécies, entre as quais está a planta de café da qual saiu o ramo que serviu como base das plantações na América Central e América do Sul (o ramo foi um presente de Luís XIV de França e foi levado a colônia francesa de Martinica em 1714, onde frutificou).
Em Amsterdã encontra-se a conhecida fábrica de cerveja Heineken, que também tem seu museu Heineken Experience. O clube desportivo AFC Ajax tem como sede e estádio na cidade, chamado Amsterdam ArenA. Também a prestigiosa sala de concertosConcertgebouw é sede da igualmente famosa orquestra sinfônica, a Orquesta Real de Concertgebouw, que deu seu primeiro concerto em 3 de novembro de 1888.
Há numerosos edifícios, igrejas, praças e pontes que merecem uma visita. Uma data bem interessante para visitar a cidade é o Dia da Rainha ou Koninginnedag a 30 de abril. Neste dia todos os habitantes da cidade vendem nas ruas todo tipo de coisas, principalmente objectos de casa que já não utilizam. A cidade transforma-se em mercado e numa verdadeira festa e as ruas ficam abarrotadas de gente vestida da cor da casa real, o laranja.

O espírito liberal que ela herdou da Idade do Ouro justifica o fato de nela existirem alguns cafés, os chamados Coffeeshops, onde é autorizado o consumo de drogasleves e de existir uma indústria do sexo legalizada. No "Red Light District" (ou Bairro da Luz Vermelha) as ruelas estão lotadas de sex shops, bares onde decorrem espetáculos eróticos, cinemas eróticos e até um museu do sexo. A prostituição nos Países Baixos é completamente legalizada nas zonas designadas para ela.
Amsterdã possui quatro universidades: a Universidade de Amsterdã(o)Universidade LivreUniversidade para ciências aplicadas de Amsterdão (Hogeschool van Amsterdam) e Universidade Artística para ciências aplicadas de Amsterdã (Amsterdamse Hogeschool voor de Kunsten). Outras instituições universitárias incluem uma academia de arte, a De Rietveldacademie.
Instituut voor Sociale Geschiedenis (Instituto Internacional de História Social) é um centro internacional de pesquisa que possui um grande arquivo, orientado especificamente à história do movimento operário.
Amsterdã é famosa pela enorme quantidade de bicicletas e é o centro mundial delas. Quase todas as ruas principais têm vias para ciclistas, e pode-se deixar a bicicleta em qualquer lugar. Em Amesterdão existem ao redor de 750 000 ciclistas (800 000 habitantes).


60% dos movimentos pendulares no centro da cidade são efetuados usando bicicleta e 38% na generalidade da cidade.
Aeroporto de Schiphol localiza-se a cerca de vinte minutos de comboio do centro de Amesterdão. É o maior aeroporto dos Países Baixos por número de passageiros e o quinto da Europa (atrás do Aeroporto de Londres Heathrow, do aeroporto de FrankfurtCharles de Gaulle de Paris e Barajas de Madrid) e décimo aeroporto do mundo. Cada ano passam cerca de 44 milhões de viajantes por Schiphol. É o terceiro aeroporto da Europa em relação à quantidade de operações de carga (1 450 toneladas em 2005, depois de Paris e Frankfurt).

Origem: Wikipédia

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