Chateau
D’If
O Castelo
de If localiza-se na ilha de If,
integrante do Arquipélago
do Frioul, na baía de Marselha, no Sul da França.
Em
Janeiro de 1516,
esta ilha mediterrânea passou a ser habitada por um rinoceronte,
oferecido pelo rei de Portugal, D. Manuel I (1495-1521)
ao Papa Leão X.
Tendo a embarcação em que era transportado naufragado naquela costa, o animal
exótico foi para aqui enviado. À época, o gravador e pintor alemão Albrecht Dürer,
que nunca tinha visto um animal daquela espécie, viu-o e desenhou-o.
Vindo
a cidade de Marselha a
ser sitiada pelas forças espanholas do Condestável
de Bourbon, o rei Francisco I de França ordenou a construção de um forte a fim de melhor proteger a cidade
de um ataque marítimo. Essa determinação foi cumprida com a construção do
chamado Château d'If, entre 1527 e 1529.
Alguns
autores questionam a motivação para a construção do forte, argumentando que o
soberano desejava apenas vigiar a cidade de Marselha, recém unida à França à
época (há apenas 35 anos), sob o pretexto das ameaças dos Bourbons espanhóis. Em favor deste argumento
alinham o fato de que o alcance da artilharia do forte não era suficiente para
atingir os sitiantes, e que o desenho de sua planta era incapaz de oferecer
resistência efetiva a um ataque.
De
qualquer modo, os habitantes da cidade foram hostis à construção do forte, que
empregou em sua construção a pedra retirada de antigas igrejas e conventos em ruínas na região, além de pedra de uma
pedreira local onde ainda se podem ver as marcas das ferramentas utilizadas
para extraí-la.
Transformada
em prisão do Estado a partir do século XVII,
foi desativada dois séculos mais tarde. Até 1950 um guarda do farol e a sua família ainda viviam na ilha. Em
nossos dias o forte é uma das atrações turísticas de Marselha.
Apesar
de já em 1521 a
ilha abrigar um prisioneiro, o Cavaleiro
Anselmo, foi necessário esperar
pelo século XVII para
que fosse transformada em prisão de Estado.
Os muros do forte estão, de há muito, cheios dos
grafitos dos antigos prisioneiros.
Entre
os mais célebres, lendários ou míticos, destacam-se os nomes de:
o Homem da Máscara de Ferro: o seu encerramento na prisão desta ilha não é mais do que uma lenda.
Jean-Baptiste
Chataud: portador da Peste.
o Marquês de Sade:
nunca esteve na prisão desta ilha, mas sim em Marselha.
o General Jean-Baptiste
Kléber: aqui encarcerado sob as
ordens de Napoleão.
Conde de Mirabeau: aqui esteve detido por um ano, tendo aqui escrito o seu ensaio sobre
o despotismo.
os personagens Edmond
Dantès e o Abade Faria, de O Conde de Monte-Cristo,
de Alexandre Dumas
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