Caixa com diferentes bombons
de chocolate
O chocolate é
um alimento feito
com base na amêndoa fermentada e
torrada do cacau.
Sua origem remonta às civilizações pré-colombianas da América Central.
A partir dos Descobrimentos, foi levado para a Europa, onde popularizou-se, especialmente a partir
dos séculos XVII e XVIII. Contudo, em razão das
necessidades climáticas para o
cultivo do cacau, não é possível o seu plantio na Europa e por isso as colônias americanas
de clima tropical úmido continuaram a fornecer a matéria-prima. Atualmente os maiores
produtores estão na África
Ocidental.
O
chocolate tal como é consumido hoje é resultado de sucessivos aprimoramentos
realizados desde o início da colonização
da América. O produto era consumido
pelos nativos na forma duma bebida quente e amarga, de uso exclusivo da nobreza. Os europeus passaram a adoçar e a
misturar especiarias para
adequá-lo ao seu gosto. Com o desenvolvimento dos processos industriais e técnicas
culinárias, surgiu o chocolate com leite e depois na forma de um sólido.
Atualmente, é encontrado em diferentes formas que vão desde o sólido, como
o chocolate em pó, as barras,
os ovos e
os bombons, e líquido, como achocolatado ou chocolate quente.
Além de ser consumido puro, é também ingrediente de um grande número de
alimentos como bolos (tortas, biscoitos, etc.), mousses, sorvetes e outros doces.
Paralelamente,
o chocolate passou a ser associado a determinadas festividades, como por
exemplo a Páscoa.
Além disso, com as descobertas científicas,
foram conhecidas algumas propriedades que o relaciona, especialmente na versão
amarga, à saúde humana. Contudo, o mesmo não se aplica a diversos animais
domésticos, para os quais pode chegar a ser tóxico.
A
palavra chocolate provém do espanhol chocolate,
que por sua vez foi originado a partir de línguas
indígenas mesoamericanas. Contudo,
sua origem não é completamente esclarecida, existindo versões diferentes para
tal. Segundo a primeira, o termo derivaria de chocola'j (ou chokola'j),
que significa "beber chocolate juntos". Alguns
dicionários afirmam que a palavra vem da língua náuatle, a língua dos astecas, no caso, xocolātl (/ʃo.ko.laːtɬ/), que, por sua vez, é resultado na fusão de xococ "amargo"
+ atl "água".)
Segundo
o filólogo mexicano
Ignacio Davila Garibi, os espanhóis construíram
a palavra usando o termo Maia chocol juntado com o termo
asteca atl, que significariam chocol (quente)
com oatl (água). Esta última versão é reforçada pelo fato de
que, no final do século XVI, a bebida começou a ser conhecida na Europa, mas
não com o nome cacau (que era a palavra de origem maia, mas adotado também por
Astecas e outros povos mexicanos), mas como chocolate, aparentemente um neologismo cunhado pelos espanhóis a partir dos
termos maia e asteca que seria traduzido, literalmente, como água quente.
Apesar de ter sua origem no continente americano, a produção e o
consumo de chocolate no Brasil foi introduzido pela colonização dos europeus
que já haviam aprimorado suas formas de produção e consumo. A cultura cacaueira
foi introduzida no Brasil no século XVII pelos portugueses, sendo um importante
produto da Amazônia Portuguesa. A partir
do Brasil levaram-na também a Guiné, de onde ele
se difundiu para outras colônias europeias da África Ocidental e mais tarde
para o Sudeste asiático e para a
Oceania. O cultivo brasileiro em larga escala teve início no século XIX, na
região de Ilhéus, no sul da Bahia. As condições climáticas adequadas
fizeram com que o país liderasse a produção mundial de cacau no período entre
1905 e 1910. Em 1993 a produção mundial de cacau in natura era de 2,5 milhões de toneladas,
procedentes em 75% de cinco países: Costa do Marfim (840 000 toneladas), Brasil (300 000), Indonésia (280 000), Gana (240 000) e Malásia (195 000). Na safra internacional de 2000/2001 em
função da existência de pragas nas cultura, especialmente a vassoura-de-bruxa o Brasil passou a ocupar o 5º lugar, com uma produção de 150 000 toneladas.
Somente a partir da segunda metade do século XIX algumas fábricas
foram instaladas no Brasil. Em Porto Alegre os irmãos imigrantes alemães Franz e Max
Neugebauer, juntamente com o sócio Fritz Gerhardt, fundaram a empresa Neugebauer
Irmãos & Gerhardt em 1891,10 a qual é atualmente a mais antiga fábrica brasileira de chocolate.
Em 2008, a Nestlé, a Kraft e a Garoto detinham 90%
do mercado brasileiro, enquanto a Mars conta com 3% e o restante do mercado é
tomado por centenas de companhias regionais. A
Kraft Foods é a segunda maior fabricante de chocolates do Brasil, com 35,8% das
vendas em 2009, segundo a Nielsen, atrás apenas da Nestlé e de sua controlada,
a Garoto, que têm 22,5% e 22% do mercado, respectivamente. Além dessas existem outras marcas, são
21 redes que trabalham com chocolate e buscam expansão através de franchising. Atualmente o Brasil é o quarto
produtor mundial de chocolate. Um
teste realizado pela PRO Teste, em novembro de 2010, com alguma marcas brasileiras de chocolate ao leite revela que o chocolate
produzido no Brasil possui boa higiene e qualidade nutricional, além de bom
sabor. No entanto, a organização reivindica das autoridades que regras mais
claras sejam definidas para garantir a qualidade e a identidade dos chocolates,
tendo em conta a quantidade elevada de sacarose detectada.
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