ADEUS AS ARMAS
Eurico Souza
Gomes, que foi diretor da Central do
Brasil e é nome de rua na Barra da Tijuca, Rio de
Janeiro, era chefe de polícia do governo de Agamenon Magalhães em
Pernambuco (interventor de 1937/1945 e governador de 1945/50).
Chegaram as
eleições, Agamenon soube Coronel Chico Heraclio, de Limoeiro, estava contra o
governo. Mandou chamar Cesar Gomes:
- O Chico
Heraclio está zangado conosco.. Vai votar na oposição. Dê um jeito em Limoeiro
Cesar Gomes
armou uma cilada para Cesar Heraclio. Em plena Avenida dos Guararapes, bem em
frente ao café-bar Sertan, Chico Heraclio conversava com dois amigos, chegou a
polícia:
- Coronel,
entregue as armas. Ninguém pode andar armado na rua.
- Meu filho,
ainda não nasceu o homem que vai me desarmar. Volte e pergunte a Agamenon se
ele ficou maluco. Vou para Limoeiro e espero a resposta dele lá.
CHICO HERACLIO
A esquina já
começava a ficar cheia de gente, para ver a briga. Aparece na Av. o coronel
Souza Gomes, desce do carro oficial:
- O que está
havendo aqui?
- O coronel
Chico Heraclio não quer entregar as armas.
- Não quero
e não vou. Homem desarmado não é homem. É capão de terreiro.
- O Coronel
Chico Heraclio é um patrimônio da ordem em Pernambuco. Não é homem que se desarme.
Chico
Heraclio votou em Agamenon. Deu mais de 70% dos votos da região de Limoeiro a
Agamenon (PSD), que derrotou João Cleofas.
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