O
desembarque na Normandia - 2ª Grande Guerra Mundial
Stalingrado 1942/3
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Os soviéticos haviam finalmente invertido a maré da
guerra na batalha de Stalingrado, no inverno de 1942/43, mas as perdas humanas
e materiais eram colossais. O 6º exército alemão, comandado pelo marechal Paulus,
rendeu-se ao marechal Zukov depois de ter perdido mais de 300 mil homens nas
ruínas e nas cercanias daquela cidade do Volga.
Os aliados ocidentais, num primeiro momento,
comprometeram-se a abastecer os soviéticos através da rota do ártico, pelos portos
de Murmansk e Arcangel, mas isso não era suficiente para minorar os sofrimentos
do povo russo. Em 1942, os anglo-canadenses fizeram uma tentativa de
desembarque no litoral ocidental, em Dieppe, na Bélgica, mas foram quase
dizimados pelas defesas nazistas.
Os aliados ocidentais concluíram que as forças
nazistas eram muito poderosas ainda para tentar-se um desembarque em larga
escala. Resolveram então primeiro atacar o fronte sul das forças do Eixo: o
norte da África e, em seguida, a Itália. Em fins de 1942,
um exército americano desembarcou na Argélia,
conjugado com uma ofensiva britânica na Líbia, levaram o "África
Korps" o exército de elite dos alemães, comandado pelo marechal Rommel à
rendição na Tunísia em princípios de 1943. Logo em seguida os aliados avançam
para a Sicília, e dali para a península italiana.
O primeiro resultado político positivo dessa
operação foi a queda do ditador fascista Benito Mussolini. No dia 25 de julho
de 1943, o Grande Conselho Fascista, por pressão do rei da Itália e do
Exército, destituiu e prendeu Mussolini, que se mostrara incapaz de fazer os
americanos e ingleses recuarem do solo italiano. Pouco tempo depois, os
italianos abandonam a guerra e negociam uma paz em separado com os aliados. A
defecção deles obrigou os nazistas a deslocarem parte de suas forças ocidentais
para tapar a brecha italiana aberta pelos aliados.
A Decisão
da Invasão
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O ataque aeronaval só poderia dar-se durante o
verão europeu. Somente naquela estação era possível realizar-se uma operação na
escala desejada. Desde que Hitler desistira de invadir a Inglaterra em 1940,
ele determinara a construção da chamada "Muralha do Atlântico", um
conjunto de fortificações de concreto, bunkers, que tinham a função de proteger
as suas defesas de um ataque de surpresa vindo do mar. Também esperavam que
este ocorresse na região de Calais, onde o Canal da Mancha, que separa a França
da Inglaterra, e mais estreito, concentrando ali a maioria das suas divisões.
Hitler e o marechal Rommel palpitaram que era bem
possível que os aliados desembarcassem na Normandia porque lá encontrariam os
dois grandes portos capazes de acolher a enorme quantidade de homens e de
material bélico que estavam concentrados no Sul e Sudoeste da Inglaterra: os portos
franceses de Le Havre e Cherbourg. Finalmente os aliados decidiram- se por
fazê-lo no verso de 1944, Aproveitando-se de uma momentânea melhoria climática,
o general Eisenhower, comandante supremo dos aliados ordenou que aquela imensa
força se deslocasse no dia seis de junho.
A Invasão
Na madrugada daquele dia, foram lançados nas
proximidades de Cherburgo uma leva de tropas paraquedistas para dar proteção ao
desembarque que ocorreria a seguir pela manhã. Às 6h30, milhares de pequenos
barcos começaram a despejar os soldados: americanos nas praias de codinome
"Utah" e "Omaha", ingleses e
canadenses nas praias de "Juno",
"Cold4" e "Sword". Apesar da forte resistência feita pelos
nazistas, o elemento surpresa foi fundamental.
Houve indecisão no alto comando alemão nas
primeiras horas e isso lhes foi fatal. O marechal von Rundstedt,
comandante-geral das forças alemãs no Ocidente, acreditava ser possível
expulsar os aliados de volta para o mar logo que eles desembarcassem, lançando
mão das divisões panzer de reserva. Para o marechal Erwin Rommel, a grande
estrela do exército alemão, ao contrário, os invasores não deviam nem chegar a
pôr os pés no litoral. Para ele, a superioridade aérea dos americanos e
ingleses impediria qualquer possibilidade das tropas alemãs de lançarem-se numa
contraofensiva.
De fato, já
no primeiro dia do desembarque na Normandia, os aliados conseguiram fixar-se
firmemente no litoral, começando a avançar para o interior da península de
Cherburgo. Simultaneamente, os soviéticos deram início a sua ofensiva de
verão em toda a frente oriental; do Báltico, passando pela Bielorússia e
Ucrânia, uma gigantesca massa de divisões russas esmagaram as defesas nazistas
e chegaram até as portas de Varsóvia, capital da Polônia, em apenas quarenta
dias.
Extraído: http://educaterra.terra.com.br/
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