Aproximação histórica da divulgação da biga,
2000-500 A.C.
Uma biga é
um carro de guerra de duas rodas,
movido por dois cavalos,
semelhante a uma quadriga (movida
por quatro cavalos). Foi usada durante a Antiguidade como
carro de combate, mais especificamente durante as idades do Bronze e do Ferro;
permaneceu sendo utilizada com algumas
adaptações como transporte,
em procissões e
em jogos assim
que se tornou obsoleta na história
militar.
Alguns modelos mais antigos podiam mesmo dispor
de quatro rodas, embora estes não sejam
geralmente referidos como bigas. A invenção que potenciou a construção destes
leves carros para fins militares foi a utilização de aros na roda. Por esta altura, a maioria dos cavalos não
conseguia suportar o peso de um homem em combate; o cavalo selvagem original
era, na verdade, um grande pónei em tamanho. As bigas eram eficazes
sobretudo em terrenos planos e abertos. Os cavalos eram gradualmente
alimentados para se tornarem maiores e mais fortes. Foi a utilização das bigas que potenciou mais tarde o surgimento
da cavalaria nas
divisões militares. As bigas de roda com aros
datam de cerca de 2000 A.C. e
a sua maior utilização parece ter-se verificado a cerca de1300 a.C. (ver Batalha de Kadesh). As corridas
de carros foram muito utilizadas durante os Jogos do Império
Romano e continuaram populares em Constantinopla até
ao século
VI.
Nas
técnicas de guerra modernas, o papel tático da biga é desempenhado pelo carro de combate ou
pelo veículo
blindado de transporte de pessoal.
Durante a Primeira
Guerra Mundial, imediatamente antes da
introdução dos primeiros tanques, eram utilizados motociclos com metralhadoras montadas
em sidecars e
outros veículos blindados que constituíam as versões mecanizadas das bigas. Pode-se considerar que as Tachankas russas
reintroduziram, ainda que por pouco tempo, a tração equestre das bigas, desta
feita equipadas com metralhadoras,
embora estas fossem uma versão muito mais ligeira que a artilharia a cavalo utilizada nos campos de batalha europeus por mais de cem anos.
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