quinta-feira, 24 de julho de 2014

SUPLÍCIO DE TÂNTALO

Tântalo, filho de Zeus e de Plota, era rei da Frígia. Muito querido entre os deuses, era frequentemente convidado a partilhar das suas refeições, no Olimpo. Durante um desses banquetes, Tântalo terá abusado da confiança dos deuses, roubando-lhes o néctare a ambrosia, alimentos que davam a imortalidade, um privilégio do Olimpo. Deuses e heróis alimentavam-se destes elementos echegavam a dá-los aos seus cavalos. Tântalo, julgando-se muito poderoso, convidou os deuses para um jantar em sua casa e tevea audácia de lhes oferecer, como refeição, o seu próprio filho, Pélops, desmembrado, para testar a divindade dos deuses. Osconvidados deram conta do crime de Tântalo, mas Demétrio, mais distraído, comeu o ombro de Pélops. Zeus, para remediar asituação, fez com que o corpo de Pélops fosse atirado a um caldeirão mágico, onde Cloto lhe devolveu a vida e lhe substituiu oombro, comido por Demétrio, por um de marfim. 

O castigo de Tântalo ficou memorável: um suplício de fome e de sede eternas. Assim, mergulhado em água até ao pescoço, quando Tântalo se debruçava para beber água, esta desaparecia. Para além disso, por cima da sua cabeça pendiam ramos de árvores comfrutos saborosos, o vento retirava do seu alcance sempre que tentava chegar-lhes. 
A família de Tântalo teve também um destino nefasto. A sua filha Níobe perdeu todos os filhos e foi transformada em pedra. Osnetos Atreus e Tiestes lutaram um contra o outro pelo poder. Atreu atentou contra a vida dos filhos de Tiestes. O bisnetoAgamémnon foi assassinado por outro bisneto, Egisto, que, por sua vez, foi morto pelo trineto Orestes, filho de Agamémnon. Apartir de então, o aviso dos deuses ficou na memória de todos: ai do ser humano que provar da ambrosia sem ter sido convidado,pois será condenado ao suplício de Tântalo!



“O mito do suplício de Tântalo reflete o sofrimento daquele que deseja algo aparentemente próximo, porém é inalcançável, a exemplo do ditado popular – ” Tão perto e ainda assim, tão longe “. Ainda que tenhamos condições de conquistar algo mais do que temos, não devemos esquecer da nossa condição mortal e de nossos limites.
Muitas vezes sacrificamos o que temos em função de sonhos desmedidos e desejos do nosso ego, arriscando a perder tudo o que já conquistamos, e só então poderemos dar valor a tudo o que tivemos algum dia. E ainda podemos estender aos nossos descendentes a irresponsabilidade pelos nossos atos no presente”.
Fontes: Infopédia e Consumo Brasil

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