Ciência
De acordo com
a American Heritage Dictionary, a robótica é
a ciência ou o estudo da tecnologia associado
com o projeto,
fabricação, teoria e aplicação dos robôs. A
palavra robótica foi utilizada primeiramente impressa na
história de ficção científica de Isaac Asimov "Liar!" (1941). Nela, o autor se refere às 'três regras da
robótica' que posteriormente se tornaram as "Três Leis da Robótica" na publicação de ficção Eu, Robô.
A robótica requer conhecimentos sobre eletrônica, mecânica e software. A parte mecânica requer conhecimentos sobre cinemática, pneumática, hidráulica e a
parte eletrônica e de programação, conhecimentos sobre o tipo de unidade
processadora a ser utilizada, que podem ser micro controladores ou CLPs. O
processo padrão de criação de robôs começa pela exploração dos sensores, algoritmos e atuadores que
serão requeridos para o projeto. Algumas ideias como a relação entre o peso do
robô e sua fonte de alimentação primária também são decisivas para o projeto.
Após a base
mecânica estar montada, os sensores e as outras entradas e saídas do robô são
conectadas a um dispositivo que tomará as decisões, sendo mais comum o uso de
um micro controlador como unidade de processamento. Este circuito avalia os
sinais de entrada e calcula a resposta apropriada para cada combinação,
enviando sinais aos atuadores de modo a causar uma ação ou reação. Os robôs
são maquinas poderosas que nos ajudam a vida atualmente.
Os robôs são
utilizados para realizar trabalhos que são muitos pesados, sujos ou perigosos
para os seres
humanos. Os robôs industriais nas linhas de produção são a forma mais comum de
robôs, porém isto vem mudando recentemente pela entrada de robôs faxineiros e
cortadores de grama. Outras aplicações incluem a limpeza de lixo tóxico, exploração
subaquática e espacial, cirurgias, mineração, busca e regaste e a busca
de minas terrestres. Os robôs também estão surgindo nas áreas de cuidados de
saúde e entretenimento.
Os manipuladores
industriais possuem capacidades de movimento similares ao braço humano
e são os mais comumente utilizados na indústria. As
aplicações incluem soldagem, pintura e carregamento de máquinas. A indústria automotiva é um dos campos que mais se utiliza desta
tecnologia, aonde os robôs são programados para substituir a mão-de-obra humana
em trabalhos repetitivos ou perigosos. A adoção generalizada deste tipo de
tecnologia, entretanto, foi atrasada devido à inviabilidade de funcionários
baratos e aos altos requerimentos de capital dos robôs. Outra forma de robôs
industriais é o AGVs (Veículos Guiados Automaticamente). Os AGVs são utilizados
em estoques, hospitais, portos de contêiners, laboratórios,
instalações de servidores, e outras
aplicações onde o risco, confiabilidade e segurança são fatores importantes. De
mesma forma, o patrulhamento autônomo e os robôs de segurança estão aparecendo como
parte de alguns prédios automatizados.
No começo do século XXI, os robôs
domésticos começaram a surgir na mídia, com o sucesso do Aibo, da Sony e uma
série de fabricantes lançando seus aspiradores robóticos, tais como
a iRobot, Electrolux, Vileda e Karcher. Cerca de um milhão de
unidades de aspiradores foram vendidas em todo o mundo até o final de 2004 ([1]). A iRobot
planeja produziu um robô de mapeamento similar
no tamanho e forma aos aspiradores robóticos. As corporações japonesas foram
bem sucedidas em seus desenvolvimentos de protótipos de robôs humanoides e planejam utilizar esta tecnologia não
apenas nas linhas de produção, mas também nos lares japoneses. Existem
expectativas no Japão de que os cuidados caseiros para a população idosa podem
ser melhor realizados através da robótica. No Brasil, por incentivo de
políticas
públicas, foi
fundada uma indústria de robôs denominada ARMTEC Tecnologia em Robótica, que desde 2004
vem gerando robôs bombeiros, ROVs, de avaliação de pavimentos entre outros.
Enquanto a
tecnologia robótica obteve um certo grau de maturidade, o impacto social destes
robôs é largamente desconhecido. O campo dos robôs sociais está
emergindo e investiga as relações entre os robôs e os humanos. Um ludobot é um exemplo de um robô social dedicado ao
entretenimento e companhia.
Alguns
cientistas acreditam que os robôs serão capazes de se
aproximarem a uma inteligência semelhante à humana na primeira metade do século 21. Mesmo antes destes níveis de
inteligência teórica ser obtidos, especula-se que os robôs podem começar a
substituir os humanos em muitas carreiras com trabalho intensivos. O pioneiro
da cibernética Norbert Wiener discutiu alguns destes temas em seu
livro The human use of human beings (1950), no qual ele especulou que a tomada de trabalhos humanos
pelos robôs pode levar a um aumento no desemprego e problemas sociais a curto
prazo, porém que a médio prazo isto pode trazer uma riqueza material às pessoas
na maioria das nações.
Alguns acreditam que estes robôs
coletivamente podem formar um "proletariado robô", ou classe
operária, que permitiria que os humanos ser preocupassem principalmente com o
controle dos meios de produção (tais como os equipamentos de fazendas e
indústrias), assim aproveitando os frutos dos trabalhos dos robôs. Tal mudança
na produção, distribuição e consumo de mercadorias e serviços iria representar
uma mudança radical do sistema socio-econômico atual, e para evitar a pobreza
normalmente causada pelo desemprego e para poder aproveitar os frutos do
trabalho robótico, acredita-se que o proletariado humano teria que derrubar a
classe dominante, estando de acordo com as previsões de Marx.
A robótica provavelmente continuará
sua expansão em escritórios e residências, substituindo aparelhos "não
inteligentes" por seus equivalentes robóticos. Robôs domésticos capazes de
realizar muitos trabalhos caseiros, descritos nas histórias de ficção
científica e mostrados ao público nos anos 60, continuarão a ser aperfeiçoados.
Aparentemente existe um certo grau de
convergência entre humanos e robôs. Alguns seres humanos já são ciborgues, com alguma parte do corpo ou mesmo
partes do sistema nervoso substituídos por equivalentes artificiais, tais como
o marca-passo. Em muitos casos a mesma tecnologia
pode ser utilizada tanto na robótica quanto na medicina.
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