Por
Joaci Góes
O futuro confirmará os nomes de Barack Obama e do
Papa Francisco como as personalidades mais marcantes neste início do Terceiro
Milênio.
As razões são óbvias, dentre elas a bem urdida ação
diplomática que empreenderam para resgatar o infeliz povo cubano dos grilhões
do atraso a que foi atado pelo domínio da mais sangrenta ditadura que se abateu
sobre o continente americano.
A mais do que previsível suspensão do bloqueio
econômico imposto à ilha dos irmãos Castro pelo Colosso do Norte opera como
sinal de largada para os investimentos milionários que ali serão
realizados para modernizar a infraestrutura do segundo mais atrasado país da
região, à frente, apenas, do esfacelado Haiti.
O interesse turístico despertado pelo anúncio
bilateral da cessação das hostilidades já aponta para um vertiginoso
crescimento das reservas de passagens aéreas e marítimas dos que desejam
comparar o estado em que Cuba hoje se encontra com o que exibirá dentro de
poucos anos, sacudida que será pelo enriquecimento proporcionado pela economia
de mercado que aí se instalará, removendo a ferrugem da carcomida estrutura em
que se transformou o outrora próspero país caribenho.
É verdade que a precária infraestrutura turística,
hoje extinta, será, inicialmente, pequena para atender a enorme demanda gerada
pela curiosidade internacional. Afinal de contas, como o comunismo é um mal em
extinção, Cuba ensejará a muitos a oportunidade única de testemunhar, como se
diante de um laboratório estivessem, a superioridade do regime democrático,
apesar de todas as suas dificuldades, sobre as ditaduras liberticidas, como as
praticadas pelo grupo de países autoapodados de bolivarianos, sob a chefia da
Venezuela que representa, no mundo moderno, a Vanguarda do atraso.
Já não é sem tempo que o simpático e sofrido povo
cubano reenceta sua marcha na direção da prosperidade e da liberdade.
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