Onde ocorreram fatos marcantes, quiçá os mais
relevantes da república brasileira
O Palácio
do Catete localiza-se no bairro do Catete, no município do Rio de Janeiro, no Brasil. Foi a
sede do poder executivo brasileiro de 1897 a
1960. A partir desse ano, a sede do poder executivo foi transferida para a
recém-inaugurada cidade de Brasília. A partir
da década de 1970, o palácio passou a abrigar o Museu da República,
função que continua exercendo até hoje.
O Salão Ministerial do Palácio do Catete, onde foram tomadas durante
muito tempo as principais decisões políticas do Brasil. Dentre elas, destacam-se, sobretudo, as
assinaturas das declarações de guerra contra a Alemanha em 1917, e contra as Potências do Eixo em 1942.
Foto do palácio em 1897, com as estátuas das musas no topo.
Chafariz no jardim do palácio. O monumento, sem a sua parte superior representando o nascimento de Vênus, estava anteriormente situado no antigo Largo do Valdetaro, em frente ao palácio, de onde foi transferido para sua atual localização no jardim do museu.
A
edificação foi erguida como residência da família do cafeicultor
luso-brasileiro António Clemente Pinto, Barão de Nova
Friburgo, na então capital do Império do Brasil. Era denominado Palacete do Largo do Valdetaro,
bem como Palácio de Nova Friburgo.
Salão de
Recepções
Com projeto
do arquiteto alemão Carl Friedrich Gustav Waehneldt, datado de
1858, os trabalhos tiveram início com a demolição da antiga casa de número 150
da Rua do Catete. A construção terminou oficialmente em 1866, porém
as obras de acabamento prosseguiram ainda por mais de uma década.
Pintura do
teto de um dos salões
Após o
falecimento do barão e da baronesa, o filho destes, Antônio Clemente Pinto Filho, o Conde de São
Clemente, vendeu o imóvel em 1889, pouco antes da Proclamação da República do Brasil, para um
grupo de investidores, que fundou a Companhia Grande Hotel Internacional. Este
empreendimento, entretanto, não teve sucesso em transformar o palácio em um
hotel de luxo. Devido à crise econômica da virada do século XIX para o XX (encilhamento), o
empreendimento veio a falir, sendo os seus títulos adquiridos pelo conselheiro Francisco de Paula Mayrink, que, cinco anos
mais tarde, quitou as dívidas junto ao então denominado Banco da República do Brasil.
Outro teto
decorado
À época, a
sede do Poder Executivo do Brasil era o Palácio do Itamaraty no Rio de
Janeiro. Em 1897, o presidente Prudente de Morais adoeceu e, entrementes, assumiu o governo o baiano vice-presidente, Manuel Vitorino, o qual
fez adquirir o palácio e ali fez instalar a sede do governo.
Oficialmente, o palácio foi sede do
Governo Federal de 24 de fevereiro de 1897 até 1960 quando a capital e o Distrito Federal foram transferidos para Brasília.
Vários
eventos históricos aconteceram nas salas do palácio, tais como a morte do
presidente Afonso
Pena, em 1909; a assinatura da declaração de guerra contra a Alemanha em
1917, durante a Primeira Guerra Mundial; a visita e
hospedagem do cardeal Pacelli, futuro papa Pio XII, em 1934;
a declaração de guerra contra o Eixo, na Segunda Guerra Mundial, em 1942; o
suicídio do presidente Getúlio Vargas, em 1954,
com um tiro no coração, em seu aposento no terceiro andar do palácio, entre
outros.
O edifício
é um dos exemplos da arquitetura neoclássica no
país. O edifício se situa em frente a um jardim com lago, gruta e coreto. O
terreno do palácio e do jardim é limitado pelas ruas do Catete, Silveira
Martins e Praia do Flamengo.
Salão dos
embaixadores
A
remodelação do jardim do palácio ficou a cargo do engenheiro Paul Villon. Na
construção original, o alto do edifício possuía águias fundidas em ferro.
Posteriormente, esses ornamentos foram substituídos por estátuas de musas, representando o verão, o outono, a justiça e
outros temas. A partir de 1910, as estátuas foram substituídas por novas águias
(harpias), só que
agora em bronze, obra do
escultor Rodolfo Bernardelli. As antigas esculturas de ferro foram fundidas
para a fabricação dos bancos do jardim. A edificação ficou, então, conhecida
como "Palácio das Águias", denominação raramente utilizada, porém.
Nas dependências
do palácio, funcionam, ainda, uma livraria e um cinema.
Foi
inaugurado em 15 de novembro de 1960 pelo presidente Juscelino Kubitschek, após a inauguração de Brasília.
Hall de entrada
Fundado em
1983, o Centro de Referência da República é uma biblioteca com cerca de 10 000
obras e publicações sobre Ciências Sociais e História do Brasil, incluindo obras raras; centenas de títulos de vídeos; títulos
de CD-ROMs sobre arte, história, museus e
variedades e seiscentos títulos de periódicos.
Sala
presidencial de refeições
Em seu
acervo, estão obras de pintores importantes para a história do Brasil, como João Batista Castagneto (1862-1900) e Armando Viana (1897–1991).
Paredes
decoradas do Palácio
O Centro de
Referência ainda abriga o acervo original da época em que o Palácio do Catete
era sede da Presidência da República, o que inclui doações pessoais, como a
Coleção Pereira Passos, a Coleção Igreja Positivista do Brasil, a Coleção Getúlio Vargas e a
coleção Memória da Constituinte.
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