sábado, 10 de janeiro de 2015

RESUMO DO TEOR DA SENTENÇA DO TRIBUNAL DA INQUISIÇÃO QUE LEVOU JOANA D’ARC A MORRER NA FOGUEIRA

Documento histórico

Saiba mais sobre o episódio aqui no Blog, em: “Mulheres que fizeram história. Uma simples camponesa assume o comando dos exércitos e salva sua pátria de um desaparecimento inglório”.

 

 Jeanne La Pecelle, Joana D’arc.


Jeanne La Pecelle, jovem francesa, sentiu-se chamada pelo Céu para defender a França, que se achava em guerra contra a Inglaterra. Após brilhante vitória, que ela obteve chefiando um batalhão, foi presa pelos ingleses que a levaram ao tribunal da Inquisição, acusando-a de bruxaria - o que naquela época (século XV) era muito grave. Os ingleses obtiveram a condenação de Joana sob o pretexto de mau comportamento da jovem. Faleceu em 1431. Todavia pouco após a sua morte começou a ser reabilitada mediante dois processos que investigaram os trâmites tendenciosos da condenação: em 1455 a autoridade do rei de França inocentou Joana, ocorrendo o mesmo no ano seguinte por parte da autoridade eclesiástica. A reabilitação se consumou com a canonização de Joana d’Arc em 1920.

Eis o excerto da nefanda sentença:

"Que a mulher comumente chamada de Jeanne la Pucelle... será denunciada e declarada feiticeira, adivinha, pseudoprofeta, invocadora de maus espíritos, conspiradora, supersticiosa, implicada na prática de magia e afeita a ela, teimosa quanto à fé católica, cismática quanto ao artigo Unam Sanctam, etc, e, em diversos outros artigos de nossa fé, cética e extraviada, sacrílega, idólatra, apóstata, execrável e maligna, blasfema em relação a Deus e Seus santos, escandalosa, sediciosa, perturbadora da paz, incitadora da guerra, cruelmente ávida de sangue humano, incitando o derramamento do sangue dos homens, tendo completa e vergonhosamente abandonado as decências próprias de seu sexo, e tendo imodestamente adotado o traje e o status de um soldado; por isso e por outras coisas abomináveis a Deus e aos homens, traidora das leis divinas e naturais e da disciplina da Igreja, sedutora de príncipes e do povo, tendo, em desprezo e desdém a Deus, consentido em ser venerada e adorada, dando as mãos e a roupa para serem beijadas, herege ou, ou de qualquer modo, veementemente suspeita de heresia, por isso ela será punida e corrigida de acordo com as leis divinas e canônicas..."

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