Documento histórico
Saiba mais sobre o episódio aqui no
Blog, em: “Mulheres que fizeram história. Uma simples camponesa assume o
comando dos exércitos e salva sua pátria de um desaparecimento inglório”.
Jeanne La Pecelle, Joana D’arc.
Jeanne La Pecelle, jovem francesa, sentiu-se chamada pelo Céu para defender a França, que
se achava em guerra contra a Inglaterra. Após brilhante vitória, que ela obteve
chefiando um batalhão, foi presa pelos ingleses que a levaram ao tribunal da
Inquisição, acusando-a de bruxaria - o que naquela época (século XV) era muito
grave. Os ingleses obtiveram a condenação de Joana sob o pretexto de mau
comportamento da jovem. Faleceu em 1431. Todavia pouco após a sua morte começou
a ser reabilitada mediante dois processos que investigaram os trâmites
tendenciosos da condenação: em 1455 a autoridade do rei de França inocentou
Joana, ocorrendo o mesmo no ano seguinte por parte da autoridade eclesiástica.
A reabilitação se consumou com a canonização de Joana d’Arc em 1920.
Eis o excerto da nefanda sentença:
Eis o excerto da nefanda sentença:
"Que a mulher comumente chamada de Jeanne la
Pucelle... será denunciada e declarada feiticeira, adivinha, pseudoprofeta,
invocadora de maus espíritos, conspiradora, supersticiosa, implicada na prática
de magia e afeita a ela, teimosa quanto à fé católica, cismática quanto ao
artigo Unam Sanctam, etc, e, em diversos outros artigos de nossa fé, cética e
extraviada, sacrílega, idólatra, apóstata, execrável e maligna, blasfema em
relação a Deus e Seus santos, escandalosa, sediciosa, perturbadora da paz,
incitadora da guerra, cruelmente ávida de sangue humano, incitando o
derramamento do sangue dos homens, tendo completa e vergonhosamente abandonado
as decências próprias de seu sexo, e tendo imodestamente adotado o traje e o
status de um soldado; por isso e por outras coisas abomináveis a Deus e aos
homens, traidora das leis divinas e naturais e da disciplina da Igreja,
sedutora de príncipes e do povo, tendo, em desprezo e desdém a Deus, consentido
em ser venerada e adorada, dando as mãos e a roupa para serem beijadas, herege
ou, ou de qualquer modo, veementemente suspeita de heresia, por isso ela será
punida e corrigida de acordo com as leis divinas e canônicas..."
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