Religião tradicional chinesa ou religião
popular chinesa (chinês tradicional: 中國民間宗教 ou 中國民間信仰, chinês simplificado: 中国民间宗教 or 中国民间信仰, pinyin: Zhōngguó
mínjiān zōngjiào ou Zhōngguó mínjiān xìnyăng) e shenismo, (神教; pinyin: Shénjiào), são termos utilizados para descrever o
conjunto de tradições étnicas e religiosas que têm sido o principal sistema de
crenças da China e dos grupos étnicos chineses han por boa parte da história desta
civilização até os dias de hoje. O shenismo abrange a mitologia chinesa, e inclui o culto dos shens (神, shén;
"divindades", "espíritos", "consciências", “arquétipos”), que podem ser divindades naturais, Taizu ou divindades clânicas, divindades urbanas, divindades nacionais, heróis nacionais e semideuses, dragões e ancestrais. O termo "shenismo" foi
utilizado pela primeira vez por A. J. A Elliot, em 1955.
A designação religiões tradicionais chinesas é muito vulgar e usada para designar
um vasto conjunto sincretizado de crenças, práticas e valores de
diferentes religiões orientais com expressão na China. Este conjunto, chamado também de crenças populares chinesas ou crenças tradicionais chinesas,
foi adaptado e desenvolvido pelos chineses ao longo de séculos e revela o
carácter altamente sincrético e prático mas espiritual dos chineses, que
conseguiram criar uma unidade compatível com tanta diversidade entre religiões
diferentes.
Neste conjunto chinês, pode-se
encontrar vários elementos e valores do budismo, do confucionismo, do taoísmo, da mitologia chinesa e de outros costumes, crenças, superstições e práticas tradicionais chinesas,
sendo o culto aos antepassados considerado fundamental pelos chineses.
Estas religiões e crenças populares
são tão importantes na vida quotidiana de muitos chineses que são até
considerados por eles como uma parte integrante da tradição e da cultura chinesa.
A religião tradicional chinesa costuma
ser confundida com o taoísmo, já que durante séculos o taoísmo
institucional vem tentando assimilar ou administrar as religiões locais. Mais
especificamente, o taoísmo pode ser definido como um ramo do shenismo, já que
suas origens estão na religião popular e na filosofia chinesa. A religião popular chinesa por vezes
é vista como parte constituinte da religião tradicional chinesa, porém com
frequência ambas são vistas como sinônimas. Com cerca de 454 milhões de
seguidores, cerca de 6,6% da população mundial, a religião tradicional chinesa é uma
das principais tradições religiosas do
mundo. A República Popular da China atual, mais de 30% dos habitantes seguem ou o shenismo ou o
taoísmo.
Apesar de ter sido reprimida com força
durante os últimos dois séculos da história da China, desde o Movimento Taiping até a Revolução Cultural, a religião popular chinesa vem passando por um período de
renascimento nos dias de hoje, tanto na China continental quanto em Taiwan. Diversas de suas
manifestações, como o mazuismo do sul da China (oficialmente 160 milhões de chineses são mazuistas), o culto de Huangdi, o
culto ao dragão negro em Shaanxi, e
o culto de Caishen, recebem
apoio do governo chinês.
O professor W. E. Soothil fez uma síntese da religião
popular chinesa, que era a religião oficial da China até ao fim da monarquia chinesa (1911):
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Qual é, ou qual era a religião oficial? Seu centro era o culto de Shang Ti (ou Tian), o ser
supremo, o coordenador universal. Na circunferência, situava-se o culto e o
império dos demónios. Entre o
centro e a circunferência, ficavam, em círculos concêntricos, as diversas
divindades, os sábios, os antepassados e os homens deificados. O ato supremo
do culto nacional era o sacrifício imperial a Shang Ti. Só o Imperador, o grão sacerdote do mundo, o filho do Céu,
podia oferecer esse sacrifício que remontava à maior antiguidade, e que
permaneceu até à queda do Império.
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O católico chinês John Wu Ching Hsiung, citando e
desenvolvendo esta síntese, explicou que esta religião popular não permite os
chineses de prestarem diretamente culto a
Shang Ti, o deus supremo
chinês, porque os próprios crentes achavam-se demasiado pequenos e humildes
diante de Shang Ti. Só o Imperador podia prestar culto a Shang Ti, que é
demasiado grande, desconhecido e distante dos homens. Por isso, os crentes
comuns prestavam culto e homenagem aos antepassados, às divindades menores e
aos homens deificados (como Confúcio, Lao Zi e Buda), para que
estes possam ajudá-los na sua vida quotidiana e transmitir a sua mensagem e
fervor religioso a Shang Ti. Eles encaravam as suas inúmeras divindades como seres
superiores encarregados por Shang Ti de velar e cuidá-los. No fundo, com todas estas estratificações, os crentes chineses
acreditavam que o reino do Céu era uma sociedade feudal, tal e
qual como a sociedade humana que eles pertenciam até à queda da monarquia.
Eis alguns deuses chineses:
Deus
da Terra
O Deus da Terra tem origem na valorização que o povo chinês tem pela terra, pois é ela que carrega e cria tudo, sendo a coisa mais importante na vida. E, justamente por ser o protetor da terra, guardando cada canto das vilas e aldeias é considerado o Deus mais importante.
Ele é simpático e sempre pronto para ajudar os povos. No início, ele não tinha nome, mas depois da Dinastia Dongjin (317-420 D.C.), o povo começou a tratar o funcionário honrado nos serviços como Deus da Terra, pois, ele tem nomes diferentes em regiões diferentes. Os templos de Deus da Terra sempre localizam se no portão das aldeias, e são geralmente simples.
Durante o ano, quando acontece alguma coisa feliz e boa, as pessoas das aldeias vão fazer sacrifícios para ele. Cada último dia do ano, todos vão aos templos de Deus da Terra para retribuir a graça da terra e agradecer sua contribuição, desejando que as pessoas ganhem sorte e tudo corra bem no próximo ano.
Deus de Fortuna
Nesse caso existem dois Deuses: o deus militar de
fortuna e o deus intelectual de fortuna. Hoje em dia, as estátuas mais
populares desse Deus nos templos taoístas são justamente dos deuses militares
de fortuna.
Ele tem como característica sua longa barba preta e cara preta com um pedaço de Jinyuanbao (dinheiro chinês antigo feito de ouro) na mão. Seu nome é Zhao Xuanlang, no céu ele era santo e, diz a história que depois de se tornar uma pessoa ele se fechou no interior no país, fazendo treino de taoísmo.
No final, lhe foi oferecido um cargo para controlar a fortuna por Jiang Ziya, que foi quem conferiu todas as posições dos deuses, tornando Zhao Xuanlang o Deus que se responsabiliza por toda a fortuna no mundo.
Ele tem como característica sua longa barba preta e cara preta com um pedaço de Jinyuanbao (dinheiro chinês antigo feito de ouro) na mão. Seu nome é Zhao Xuanlang, no céu ele era santo e, diz a história que depois de se tornar uma pessoa ele se fechou no interior no país, fazendo treino de taoísmo.
No final, lhe foi oferecido um cargo para controlar a fortuna por Jiang Ziya, que foi quem conferiu todas as posições dos deuses, tornando Zhao Xuanlang o Deus que se responsabiliza por toda a fortuna no mundo.
Deus de Portão
Esse Deus vem de uma lenda muito antiga. Diz a história que Li Shimin,
um imperador da Dinastia Tang (618-907 d.c.), estava triste e ouvia sons dos
demônios fora da porta de seu quarto. Muito preocupado com a situação Li contou
para seus ministros. Então os ministros Qin Shubao e Yu Chijingde pediram para
guardar, armados, a porta do quarto do imperador.
De fato, aquela noite o Imperador dormiu muito bem e adotou aquela prática dali em diante, só que com figuras. Foi desenhado figuras semelhantes à vida, então, os demônios não apareceram mais.
De fato, aquela noite o Imperador dormiu muito bem e adotou aquela prática dali em diante, só que com figuras. Foi desenhado figuras semelhantes à vida, então, os demônios não apareceram mais.
Ele é um santo supremo, com um nome tão simples quanto imponente:
Grão-Imperador de Jade (Yu-Huang-Da-Di). Falando a verdade seu nome não tem a ver com a
jade, é somente um expressão simbólica e sagrada até pelo valor dessa pedra na
cultura chinesa.
Ele é considerado o imperador no céu, que tem o poder para ordenar todos os imortais e budas, administrando todos os assuntos na terra e no inferno.
Aqui vale uma observação, o povo chinês não delimita bem as religiões, especialmente o Taoísmo e o Budismo, isso faz com que os santos das duas religiões sejam conhecidos no mesmo círculo.
O fundador de Budismo é Shakyamuni, geralmente chamado de Buda Rulai
pelos chineses. Ele foi um príncipe de um reino chamado Lumbini onde atualmente
se encontra o Nepal, no século VI AC. Conhecendo os sofrimentos do lado de
fora, ele abandonou sua vida confortável, iniciando uma vida nómada.
Depois de inúmeros vezes de meditação, ele descobriu a essência da vida aos 35 anos e começou a pregá-la.
Faleceu aos 80 anos num arvoredo de Bodhi, que se chama Nirvana. A palavra "Rulai" vem de Sânscrito, sinônimo de "Buda", "Ru" significa «vindo com a verdade".
Depois de inúmeros vezes de meditação, ele descobriu a essência da vida aos 35 anos e começou a pregá-la.
Faleceu aos 80 anos num arvoredo de Bodhi, que se chama Nirvana. A palavra "Rulai" vem de Sânscrito, sinônimo de "Buda", "Ru" significa «vindo com a verdade".
Buda Guan-shi-yin
É uma Buda extremamente querida na China pois é a mais misericordiosa e
compassiva que ajuda os carentes e aflitos, e é o símbolo de piedade e de
compaixão. Quando as criaturas estão a sofrer chamam Bodhisattva Guanshiyin e
serão ouvidos e depois salvos.
O significado literal de Guan e Yin é observar vozes, e Shi é mundo. Mas voz só pode ser ouvida e não pode ser observada, por que aqui é "observar vozes". Porque Bodhisattva tem habilidade mágica de usar permutavelmente as seis sensação, que é nada estranho. A Bodhisattva Guan-shi-yin também é chamada de Guan-zi-zai, que significa "auto dependente".
O significado literal de Guan e Yin é observar vozes, e Shi é mundo. Mas voz só pode ser ouvida e não pode ser observada, por que aqui é "observar vozes". Porque Bodhisattva tem habilidade mágica de usar permutavelmente as seis sensação, que é nada estranho. A Bodhisattva Guan-shi-yin também é chamada de Guan-zi-zai, que significa "auto dependente".
Deus Yan-wang
YanWang é o chefe do reino dos mortos e administra o nascimento e a
morte no mundo humano. Portanto, após sua morte cada um deve se cadastrar no
reino dos mortos e aceitar o julgamento de YanWang que, com um livro, anota a
vida de cada pessoa.
O julgamento de YanWang se baseia nas atitudes que cada pessoa tomou
durante sua vida: coisas boas significa ser santo ou um caminho de um bom
renascimento, se tiver muitos crimes, o morto vai ao inferno para cumprir suas
penas, ou um péssimo renascimento.
Hei-bai-wu-chang
Eles são os principais subalternos de YanWang, um de vestido tudo branco
e outro de preto. Se chamam Bai (branco) Wuchang e Hei (preto) Wuchang. A
língua de Bai está sempre fora da boca, tem uma cor de sangue, a expressão
alegre super estranha da face é também um ponto especifico dele. Hei Wuchang
parece sempre triste com vestido preto, ele é o sinônimo da morte.
Origem: Wikipédia
giganteasia.blogspot.com/
muito boOmm 😍😍😍🙌🙌
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