ARTE
Uma das mais antigas mina de sal do
mundo
Tudo na mina foi esculpido pelos trabalhadores mineiros
Wieliczka é uma
cidade do sul da Polónia, na área
metropolitana de Cracóvia, situada
na região de Pequena Polónia. Foi
fundada em 1290.
Sob a cidade de
Wieliczka, existe uma das mais antigas minas de sal do mundo,
ainda em funcionamento.
A mina é famosa por
ter uma longa tradição de visitas turísticas. Foi visitada por diversas figuras
culturais proeminentes, tais como Nicolau Copérnico, Goethe, Alexander von Humboldt, Dmitri Mendeleev, Robert Baden-Powell, Karol Wojtyła (mais tarde papa João Paulo II), Bill Clinton, assim
como por inúmeras pessoas anónimas.
Durante a segunda guerra mundial, as minas de sal
foram ocupadas pelos alemães, como armazém para fábricas de produtos militares.
Em 1978, as minas
de sal de Wieliczka passaram a figurar na lista do património da humanidade, da Unesco. Para esta
eleição contribuiu a capela de Santa Cunegunda, onde é
possível encontrar diversas esculturas feitas em sal, entre as quais se destaca
uma estátua do papa João Paulo II. Nas
visitas guiadas, é possível contemplar diversas capelas mais pequenas, assim
como estátuas nos corredores, sendo a que retrata Nicolau Copérnico uma das mais populares. As minas são
visitadas anualmente por mais de um milhão de turistas.
A muitos metros de
profundidade, as minas oferecem uma loja de recordações, onde é possível
adquirir pequenas esculturas feitas em sal. Nas suas galerias subterrâneas,
realizam-se também diversos eventos sociais, tais como banquetes, concertos e
provas desportivas. Existe ainda um sanatório, onde
pessoas com problemas alérgicos ou respiratórios podem desfrutar dos benefícios
de uma temporada subterrânea.
Reza a lenda que Santa Cunegunda, filha de
um rei húngaro, foi prometida ao rei da Polónia. Ao
receber do pai, como dote, muito ouro e pedras preciosas, recusou-as, dizendo
que tinham origem nas lágrimas e no sangue do povo. Em vez de riquezas, pediu
sal, um bem essencial. Seu pai ofereceu-lhe então uma mina de sal na Transilvânia. Em homenagem
ao presente, Cunegunda atirou o seu anel para dentro da mina. Mais tarde, já
na Polónia, realizou uma viagem por Cracóvia, chegando
à zona de Wieliczka, onde pediu aos seus súbditos que cavassem um buraco
profundo. Para espanto de todos, o buraco continha sal em abundância. E
continha também o anel que Cunegunda deixara na Transilvânia. A partir
dessa altura, as minas passaram a ser exploradas e tornaram-se da maior
importância na Europa. Esta
lenda está representada numa das galerias da mina, através de esculturas
realizadas pelo mineiro Mieczyslaw Kluzek.
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