LITERATURA:
ROMANCE
É um romance do escritor português Júlio
Dinis
O romance
foi lançado ao público em formato de folhetim em 1866 e,
posteriormente, editado e publicado como livro em 1867.
As Pupilas
do Senhor Reitor foi um sucesso. Devido ao modo
como foi produzido, o texto apresenta
pouco apuro no estilo, com chavões, variedades, suspenses, distensões,
reservadamente; claramente dirigido à
classe popular, baseado em costumes rurais.
Ambientado na segunda metade do século XIX, em
uma aldeia portuguesa, conta a história
de Margarida e Clara e seus romances com os filhos do fazendeiro José das
Dornas: Daniel e Pedro.
Uma aldeia portuguesa do século XIX é o cenário
ideal para desenrolá-lo de uma delicada trama: o amor e os desencontros entre
as órfãs Clara e Guida. Cenário este, povoado de tipos humanos cuja bondade só
é maculada pelo moralismo quase ingênuo de comadres fofoqueiras, desenrola-se o
drama amoroso.
O reitor descobre o inocente namoro de Daniel com a
pastorinha Margarida (Guida). O pai, José das Dornas, decide, então, enviá-lo
ao Porto para estudar medicina. Dez anos depois Daniel volta para a aldeia,
como médico homeopata. Margarida, agora professora de crianças, conserva ainda
seu amor pelo rapaz. Ele, no entanto, contaminado pelos costumes da cidade
torna-se um namorador impulsivo e inconstante, e já nem se lembra da pequena
pastora.
A esse tempo, Pedro, irmão de Daniel, está noivo de
Clara, irmã de Margarida. O jovem médico encanta-se da futura cunhada,
iniciando uma tentativa de conquista que poria em risco a harmonia familiar.
Clara, inicialmente, incentiva os arroubos do rapaz, mas recua ao perceber a
gravidade da situação. Ansiosa por acabar com impertinente assédio concede-lhe
uma entrevista no jardim de sua casa.
Esse encontro é o ponto culminante da narrativa:
surpreendidos por Pedro são salvos por Margarida, que toma o lugar da irmã.
Rapidamente esses acontecimentos tornam-se um grande escândalo que compromete a
reputação de Margarida. Daniel, impressionado com a abnegação da moça,
recorda-se, finalmente, do amor da infância. Apaixonado agora por Guida procura
conquistá-la. No último capítulo, depois de muita resistência e de muito
sofrimento, Margarida aceita o amor de Daniel.
Narrativa romanceada tipicamente aldeã da terceira
geração romântica engloba dois polos significativos para o desenvolvimento da
história: as irmãs Clara e Margarida e os irmãos Daniel e Pedro das Dornas
tendo como intermediário o Senhor Reitor. A narrativa se passa em uma aldeia e
conta a história de amor de Margarida e Daniel e
Clara e Pedro. Possui
um fundo sarcástico e um pouco irônico, introduzindo já o realismo em Portugal,
mas Europa. Contudo, esse realismo pode
ser observado por meio do caráter das personagens sem deixar de lado a forte
influência do romantismo. Daniel, ainda menino, prepara-se para ingressar no
seminário, mas o reitor descobre seu inocente namoro com a pastorinha Margarida
(Guida). O pai, José das Dornas, decide, então, enviá-lo ao Porto para
estudar medicina. Dez anos depois Daniel volta para a aldeia, como médico
homeopata. Margarida, agora professora de crianças, conserva ainda seu amor
pelo rapaz. Ele, no entanto, contaminado pelos costumes da cidade torna-se um
namorador impulsivo e inconstante, e já nem se lembra da pequena pastora. A
esse tempo, Pedro, irmão de Daniel, está noivo de Clara, irmã de Margarida. O
jovem médico encanta-se de Clara, iniciando uma tentativa de conquista que
poria em risco a harmonia familiar. Clara, inicialmente, incentiva os arroubos
do rapaz, mas recua ao perceber a gravidade das conseqüências. Ansiosa por
acabar com impertinente assédio concede-lhe uma entrevista no jardim de sua
casa. Esse encontro é o ponto culminante da narrativa: surpreendidos por Pedro
são salvos por Margarida, que toma o lugar da irmã. Daniel tornando-se doutor
ignora todo o conhecimento e a experiência de João Semana, médico da aldeia, e
passa a aceitar e compreender todo o mecanismo de uso dos conhecimentos
medicinais em meio à uma aldeia, um local que acredita em muitos mitos ainda e
em muitas formas de se curar ainda. Pedro, irmão mais velho de Daniel, é um
trabalhador do campo e luta para defender as terras de seu pai que são herança
suas e de seu irmão. Clara é filha do segundo casamento do pai de Margarida com
sua mãe. Por isso, sempre foi mimada até que sua mãe morre. Na morte dela,
Clara passa a trabalhar também para ajudar no sustento da casa, justamente por
ser orgulhosa. Já Margarida demonstra a tristeza de ter perdido o pai e a mãe
desde criança e encontra em Daniel um apoio e um namorado. Diferente de Clara,
Margarida pensa muito em fazer as coisas e pensa também nas pessoas, inclusive
no seu professor na hora da morte dele, pedindo à Daniel que o ajudasse.
Margarida é pura emoção; Clara é pura razão. Num cenário povoado de tipos
humanos cuja bondade só é maculada pelo moralismo quase ingênuo de comadres
fofoqueiras, desenrola-se esse drama amoroso. Rapidamente esses acontecimentos
tornam-se um grande escândalo que compromete a reputação de Margarida. Daniel,
impressionado com a abnegação da moça, recorda-se, finalmente, do amor da
infância. Apaixonado agora por Guida (a menina Margarida), procura
conquistá-la. No último capítulo, depois de muita resistência e de muito
sofrimento, Margarida aceita o amor de Daniel. Obs: O autor coloca em cheque a
diferença social que existe entre um irmão e outro e a preferência do Senhor
José das Dornas explícita pelo filho mais novo. É a realidade sendo colocada às
claras já no final da terceira geração romântica sem perder o romantismo. A
veracidade dos fatos começa a ser transferida para os livros, mas de uma forma
que não venha a chocar o leitor.
Núcleo
principal:
O que foi falado acima é o núcleo principal. Com
ele surgem outros núcleos como os amigos de Pedro, a taberna, etc. A chegada de
um noviço faz com que Daniel sinta, após anos de estudos, ciúme de Margarida.
Margarida sabendo do encontro de sua irmã com Daniel foi no lugar do encontro
para salvar a sua honra. No final tudo se esclarece e Pedro perdoa Clara e
Daniel se arrepende de ter se esquecido de Margarida e da promessa que fez ao
ir estudar na capital da província (quando eram mais novos), que era de nunca
se esquecer dela e se guardar para ela.
Personagens
Principais:
Senhor Reitor: tornou-se tutor de duas jovens
órfãs, a quem muito estimava, e lhes valeu como pai, conselheiro e professor:
Clara e Margarida. Clara: “Clara possuía um gênio, com o qual se não davam as
apreensões. Não calculava conseqüências. A vida era o presente. (...) A sua
confiança em tudo chegava a ser perigosa. Um inesgotável fundo de generosidade,
elementos principal daquele caráter simpático.” Margarida: “De caráter triste e
sombrio, que é traço indelével que fica de uma infância, à qual se
sufocaram as naturais expansões e folguedos, em que
precisa transbordar a vida exuberante e bela.” Daniel: Amigo de infância de
Margarida, filho do abastado José das Dornas, também pai de Pedro. Margarida
afeiçoara-se a Daniel. Daniel tem constituição física frágil, o que leva o pai
a direcioná-lo para o sacerdócio por meio do Reitor. Como Daniel aos treze anos
confessa que não tem vocação para a carreira religiosa, o Reitor convence o pai
a enviá-lo ao Porto para estudar medicina e ser doutor. Pedro: irmão de Daniel
se noiva de Clara. Dr. João Semana: médico octogenário de ideias limitadas e
ultrapassadas. João da Esquina: comerciante boçal atento a intrigas e brigas
locais, representante do meio mesquinho e pequeno. Velho Mestre: velho filósofo
que se instalara na vila para procurar paz na vida do campo e preparar-se para
morrer. O velho servia de mestre a Margarida, criando amizade com a moça, que
muito aprendia com o filósofo.
Fonte: Wikipédia
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