Museu
O
Palácio Real de Milão foi por muitos séculos a sede administrativa e residência
real da cidade de Milão, na Itália, sendo atualmente um importante centro
cultural, sediando mostras e exposições
O Palácio Real de Milão (em italiano, Palazzo
Reale di Milano) foi por muitos séculos a sede administrativa e residência
real da cidade de Milão, na Itália, sendo atualmente
um importante centro cultural, sediando mostras e exposições.
Sob domínio dos Habsburgo, passou por uma
grande remodelação arquitetônica a cargo do arquiteto italiano Giuseppe
Piermarini, quando adquiriu feições neoclássicas.
O palácio está
situado à direita da fachada do Duomo, em posição oposta à famosa Galeria
Vittorio Emanuele II. A fachada do palácio segue as linhas de
um antigo pátio, formando uma entrada referente à Piazza del Duomo,
chamada piazzetta reale.
Cabe destacar a Sala delle Cariatidi (Sala
das Cariátides) no piso nobre do palácio, ocupando o lugar do antigo teatro,
incendiado em 1776. É o único ambiente da edificação que sobreviveu ao
massivo bombardeio da cidade em 1943, durante o qual se perderam os
interiores neoclássicos.
Interiores neoclássicos do
Palácio Real.
Sede do governo da cidade desde a Baixa Idade
Média, já conhecido como Palazzo del Broletto Vecchio e também
como Palazzo dell'Arengo, viu seu papel de centro político ser reforçado
após a ocupação pelas famílias della Torre (ou Torriani), Visconti e Sforza.
A partir de então, tornou-se cenário do pomposo cotidiano da corte,
testemunhando nomeações e recepções solenes.
O palácio e visão parcial do Duomo
Na segunda metade do século XVIII, em virtude
do Tratado de Utrecht, Milão estava sob domínio da Áustria. O Palácio
Real foi então revestido com ornamentos e decorações inspiradas no barroco
tardio teresiano, antes de ser submetido à remodelação neoclássica no fim
deste século, idealizada por Giuseppe Piermarini. Investido desde 1769 na
função de Arquiteto Real Imperial da Lombardia, Piermarini manteve uma espécie
de "monopólio arquitetural" sobre a região, supervisionando dezenas
de projetos e empenhando-se em elevar os níveis de profissionalismo locais. Projetou
também, entre outros edifícios, o Teatro alla Scala, a célebre casa
de ópera da cidade.
O Palácio foi originalmente projetado em um sistema
de dois pátios, dos quais um foi parcialmente demolido durante a remodelação
para abrigar a praça do Duomo. A fachada atual do palácio segue a
linha do pátio demolido, formando uma entrada referente à Piazza del
Duomo, chamada piazzetta reale, que se encontra à direita da fachada
do Duomo, em posição oposta à Galeria Vittorio Emanuele II.
Apoteose de Napoleão, Rei de Itália(1807), um
dos afrescos de Andrea Appiani no Palácio Real que
sobreviveram aos bombardeios da Segunda Guerra Mundial.
A remodelação ocorreu entre 1769 e 1778,
coincidindo com os términos do trabalho no La Scala (1776-1778),
resultando em um estilo híbrido, já definido como "neo-paladiano algo
árido". Piermarini convidou o também arquiteto e decorador Giocondo
Albertolli (1742-1839) para decorar várias salas do palácio a partir de
seus desenhos, entre elas a Sala das Cariátides, que levou dois anos para ser
terminada.
Após sua remodelação, tornou-se residência oficial
dos regentes, abrigando Maria Teresa da Áustria, Napoleão Bonaparte, Fernando
I das Duas Sicílias e a casa de Savoia. Entre 1803 e 1807, Andrea
Appiani, retratista oficial de Napoleão, executou um afresco monocromático monumental
na Sala das Cariátides, celebrando as vitórias do imperador, hoje conhecido por
meio de gravuras. Entre 1808 e 1810, Appiani executou uma outra série de
afrescos de grandes dimensões no palácio, sendo o mais elaborado
o que se realizou para a Sala do Trono (destinada a
abrigar o favorito do imperador), intitulado O triunfo de
Júpiter-Napoleão, dominando o mundo.
Em 1920, o Palácio Real passou a ser propriedade
estatal e foi aberto a visitas públicas. Os bombardeios de 1943 destruíram
parte do edifício, que se encontra na terceira e última fase de um processo de restauração,
iniciado há mais de vinte anos.
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