Cidade
A Prefeitura de Salvador continua investindo para
desafogar o transito da cidade
Por
Albenísio
Fonseca
Salvador
nos próximos três anos passará por uma profunda mudança no perfil da mobilidade
urbana frente ao panorama existente na atualidade. Novos modais e vias
exclusivas ampliarão o sistema viário da cidade, redimensionando a oferta de
meios e a capacidade para deslocamentos na capital e em sua região metropolitana.
Em lugar
dos quatro vetores existentes – Orla marítima, Paralela, BR-324 e Subúrbio – a
capital passará a dispor de opções viárias transversais, que superarão a
necessidade de passar pela região do Iguatemi, com as vias do Descobrimento;
Gal Costa - que se conectará à Avenida Pinto de Aguiar e se prolongará até a
Suburbana; 29 de Março - que conectará a Orlando Gomes e, também, até a
Suburbana, além da Luis Eduardo Magalhães que já conecta a Jorge Amado. Os
novos eixos, conforme o diretor de Mobilidade da Semob-Secretaria Municipal de
Mobilidade Urbana, Francisco Ulisses, terão corredores BRT (Transporte Rápido
por Ônibus), com sistema coletivo público de alta capacidade e ciclovias.
As
estações, ainda segundo Ulisses, terão oferta de estacionamentos e
bicicletários, permitindo a racionalização no uso de automóveis e bicicletas.
Com isso, os usuários poderão se integrar aos demais modais de alta velocidade.
“Isso significa que os usuários deixarão de ser cativos de um único modo e
linha para seus deslocamentos. Passarão a dispor de uma rede multimodal
integrada”, disse. No caso do metrô e conforme previsto nos planos do Governo
do Estado, a Linha 1, até Pirajá, já estará concluída em 2015, enquanto a Linha
2, cujas obras já tiveram início, se estenderá até Lauro de Freitas.
A exemplo
dos demais municípios baianos, contudo, Salvador também não deu início, ainda,
à elaboração do Plano de Mobilidade Urbana - em que pese o cumprimento da Lei
12.587, de âmbito federal, datada de janeiro de 2012 e que estabelece o próximo
mês de Abril como prazo final para apresentação do planejamento. Para tanto, a
Prefeitura da capital vem definindo edital – a ser lançado ainda este mês - que
visa à contratação de empresa de consultoria para auxiliar na confecção do
instrumento que norteará as ações de mobilidade no município.
Segundo
Francisco Ulisses, embora ainda não exista o plano definido para contemplar a
exigência da legislação federal, há todo um planejamento para a mobilidade
desde 2008. Também durante a Copa do Mundo, juntamente com técnicos do Governo
do Estado, foi elaborada a RIT-Rede Integrada de Transportes. Conforme Ulisses,
“o novo plano deverá se integrar ao Programa Salvador 500, ao PDDU-Plano
Diretor de Desenvolvimento Urbano e à Lei de Ordenamento e Uso do Solo”. Todos,
a propósito, tendo como horizonte 2049 e fundamentais para a estratégia de
desenvolvimento da cidade.
O diretor
da Semob garantiu que várias audiências públicas estarão sendo programadas à
medida que o Plano de Mobilidade comece a ser elaborado. “Uma primeira
audiência, promovida pelo Ministério Público, em dezembro, permitiu um esboço
das demandas com subsídios a serem considerados pelo plano”.
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