sábado, 4 de abril de 2015

CIDADE DE MISTRAS – GRÉCIA

Um passeio pela história da civilização


Foi o último reduto da civilização bizantina

 Mistras (também Mystras; em grego Μυστράς, Μυζηθράς) foi uma cidade fortificada em Morea (hoje Peloponeso) sobre o monte Taigeto, perto da antiga Esparta, na Grécia. Encontra-se a cerca de 8 km a oeste da atual cidade de Esparta.


Mistras foi a capital da região de Morea, um principado vassalo do Principado de Acaia, estabelecido em 1205 através da conquista de Constantinopla durante a Quarta Cruzada chamado de Despotado da Moreia. O Príncipe Guilherme II de Vilearduin, sobrinho do historiador da Quarta Cruzada Godofredo de Vilearduin, construiu um palácio em Mistras em 1249.



A região foi conquistada por Miguel VIII Paleólogo em 1262, após a tomada de Constantinopla em 1261, quando João Paleólogo, irmão de Miguel, pediu resgate por Guilherme aos demais príncipes latinos. Seguiu sendo a capital da região de Morea, governada por familiares dos Imperadores Bizantinos, mesmo com os venezianos mantendo o controle da costa e das ilhas adjacentes. Mistras e o resto de Morea chegaram a ser bastante ricas a partir de 1261, em comparação com o resto do império. Sob o governo do tirano Teodoro, converteu-se na segunda cidade mais importante do império, só atrás de Constantinopla, e o palácio de Guilherme II passou a ser a segunda residência imperial.


Mistras também foi o último centro da cultura bizantina: o filósofo neoplatônico Gemisto Pletão viveu na cidade até sua morte em 1452. Junto com outros acadêmicos de Mistras, tiveram grande influência sobre o Renascimento italiano, sobretudo depois de Gemisto acompanhou o imperador João VIII Paleólogo a Florença em 1439.


O último imperador bizantino, Constantino XI Paleólogo , foi tirano de Mistras antes de subir ao trono. Demétrio, o último déspota da Moreia, rendeu a cidade ao Império Otomano Maomé II em 1460. Os venezianos ocuparam a cidade entre 1687 e 1715, mas esta seguiu sendo turca até1832, quando foi abandonada pelo rei Otão da Grécia a favor da nova Esparta.


Em 1989 as ruínas (da fortaleza, palácio, igrejas e monastérios) foram declaradas Patrimônio Mundial da UNESCO.

Igreja bizantina medieval de Mistras

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