Municípios baianos
Brumado é um município do estado da Bahia.
Sua população, segundo dados do IBGE em 2014, é de 69.022
habitantes. Conhecido como a capital do
minério, o Município de Brumado situa-se na Região Sudoeste da Bahia,
limitando-se com os Municípios de Livramento de Nossa Senhora, Dom Basílio,
Aracatu, Rio de Contas, Malhada de Pedras, Caetité, Tanhaçu, Ituaçu e Rio do
Antônio. É o município de melhores
índices de desenvolvimento social e econômico da região, excetuando-se o Município de Vitória da
Conquista. Estes índices, juntamente com o fato de Brumado ser um
importante entroncamento rodoviário (BA-262, BA-148 e BR-030)
tornaram o município um natural polo de atração para os vizinhos, além disso, a cidade, assim como toda a região, é
conhecida pela beleza e receptividade de seus habitantes.
A economia
do município está baseada na mineração, particularmente de Magnesita e talco, e
no comércio.
O Capitão Francisco de Souza Meira e um grupo de
aventureiros chegaram à região onde se situa o município de Brumado em fins do
século XVIII. Conquistando
Igreja Matriz
gradativamente terras pelas encostas da Serra das
Almas, atingiram a bacia do Rio das Contas, de onde partiram em 1813, atravessando
o rio Brumado até a foz do Rio do
Antonio.
Permaneceram no vale do mesmo rio até transferirem-se para outra área, onde
fundaram a fazenda de Bom Jesus do Campo Seco. Essa povoação tomou o nome de
Bom Jesus dos Meiras, que em 1877 foi elevada à categoria de vila e o município
criado com território desmembrado do de Caetité. Em 1931, o município passou a
chamar-se Brumado.
Ensina Rui
Meira Lobo, que o nome Brumado, em tupi, é Itimbopira (Y – timbó – pyra). Que
significa enevoada, coberto de bruma.
O padre José Dias, para justificar o nome Brumado,
costumava relatar que o nome se originava da Serra Geral e da chapada
Diamantina, que a norte quando acontece à cerração, o amanhecer é coberto por
brumas descendo das Serras das Éguas cobrindo a cidade.
Outra
versão: A origem do nome Brumado ou o seu étimo está ligado à palavra bromo
(bromo). Era empregada pelos mineradores e bandeirantes para designar perda ou
engano, mistificação ou desaparecimento do outro na lavra ou córrego que se
supunha rico desse minério.
Com a
ortografia antiga se denominava qualquer lugar onde a formação do ouro e a sua
pinta eram aparentemente boas enganando os faiscadores e mineiros que
decepcionados, deixavam o local à procura de outro, mais promissor.
Segundo
Bluteau, dicionarista, o termo Bromado tem sua origem no Castelhano “broma”.
“Bromar” e embromar são verbos do dialeto regional (bromado, explica o escritor
mineiro Nelson de Serra é o que virou Ogó, por ter sumido da mina ou córrego ou
rio.
Outra
versão: Na época da mineração, o rio Bromado, era vasculhado na busca do ouro.
Para separar o cascalho do ouro os mineradores usavam um metal chamado Bromo,
de cor vermelho escuro, muito reativo e venoso, que tingia as águas do Rio de
cor vermelha. Daí passaram a chamar o Rio Brumado (origem do Rio Brumado).
Durante a
seca com a falta de água no seu leito, os habitantes ribeirinhos diziam: “O Rio
Bromou”!
Ou, este nome Brumado teria tomando empréstimo ao
homônimo (que ou aquele que tem o mesmo nome), Rio Brumado que descendo de Rio
de Contas, também atravessa algumas terras da nossa região.
Não seria mais prático denominar de Brumado a atual
cidade de Livramento de Nossa Senhora, uma vez que, esse rio corta-a pela
margem direita, após formar bela cachoeira? Diz Mozart Tanajura.
O município de Brumado situa-se em terras outrora
pertencentes à fazenda do Campo Seco. O padre André Antunes Maia herdou a
fazenda de seu pai, João Antunes Moreira, e a vendeu, em 30 de Junho de 1749 a
José de Souza Meira. A fazenda do Campo Seco foi alienada por $1.462.700, com
232 cabeças de gado vacum, 105
cabeças de gado cavalar e um negro chamado Manuel,
de nação Mina. Em 1755, a fazenda do Campo Seco já pertencia ao familiar do
Santo Ofício, Miguel Lourenço de Almeida. A fazenda Serra da Éguas, hoje
celebre pelas jazidas de Magnesita, pertencia, em 1764, ao padre André Antunes
da Maia. Quando o capitão Francisco de Sousa Meira chegou na região no final do
século XVIII, naturalmente a encontrou com uma paisagem cultural formada pela
ação colonizadora de Miguel Lourenço de Almeida e seus antecessores. Após uma
rápida estada aqui, o capitão Francisco de Sousa Meira tomou novas iniciativas
afim de dar prosseguimento à sua rota para a conquista do nosso continente. O
seu maior trabalho era oferecer resistência às tribos selvagens, que , embora
se fossem dispersando à aproximação dos visitantes, costumavam entretanto
atacá-los. Presume-se que dali partindo em 1813, os aventureiros
atravessaram o rio Brumado, vindo da Serra das
Almas, margeando para o seu flanco direito até atingirem a foz do Rio do
Antônio. Daquele ponto do vale do mesmo rio, localizava uma aldeia de índios
ferozes, aos quais ofereceram sério combate perto do local onde se encontra
situada atualmente a cidade de Brumado. Deram a esse ponto a denominação de
“Conquista” e aí permaneceram por algum tempo. Premiado, porém pelas lutas que
de vez em quando o castigava dada a impetuosidade devastadora dos indígenas, o
capitão Francisco de Sousa Meira resolveu se transferir com todos os seus
aventureiros para uma posição mais cômoda. Subiu pela margem esquerda do Rio do
Antônio e se fixou numa área mais ou menos calma, onde fundou
uma fazenda, que denominou – Bom Jesus do Campo
Seco. com o decorrer dos anos e com a evolução natural, criou-se mais abaixo –
aproximadamente 3 léguas – pela mesma margem do rio uma pequena povoação que
foi tomando vulto, graças aos êxitos obtidos pelos esforços dos aventureiros
que nessa altura já se entregavam de corpo e alma as explorações agrícolas e na
pecuária, dando vida à povoação, que seria mais tarde a sede do Município de
Brumado. Na divisão administrativa do Brasil concernente ao ano de 1911, o
município de Bom Jesus dos Meira – compunha-se de um só distrito – o do mesmo
nome. Por força dos decretos estaduais Nº 7455, de 23 de Junho de 1931 e 7479,
de 8 de Julho do mesmo ano, o município passou a denominar-se Brumado,
figurando na divisão administrativa do Brasil. Em 30 de Março de 1938, Brumado
passou a compor-se de cinco distritos: Brumado, Cristais, Olhos D’água, Santa
Bárbara dos casados e São Pedro. Entretanto, os distritos de S. Bárbara dos
casados, Olhos D’água e São Pedro tiveram mudados seus topônimos para
Ubiraçaba, Itaquari e Aracatu, respectivamente e o distrito de cristais passou
a ser Cristalândia.
Brumado tem
grande possibilidade de se tornar um polo turístico da região, apesar de estar localizado no polígono da
seca, a cidade está também aos pés da Chapada Diamantina, o que faz com que seu território possa
usufruir dos rios que nascem na Chapada (Rio Brumado e Rio de Contas) e também
dos rios que nascem em outras regiões da Bahia como o São João e o Rio do
Antônio. Além disso, vale ressaltar que Brumado também possui nascentes de água límpida ao longo do seu
território, as quais fazem com que ao longo do percurso de seus riachos
surjam matas ciliares, o que torna mais bela a paisagem da região e contribui
para uma ampla biodiversidade animal e vegetal.
Cachoeiras do Rio Brumado
Estes riachos formam também pequenas cachoeiras,
bicas e também um tobo-água natural na Serra das Éguas o que faz com que haja
uma paisagem impressionante onde fica fácil perceber a transição entre a
vegetação da caatinga para a das matas ciliares formando um contraste da
paisagem visto em poucas regiões do Brasil. A cidade além das nascentes também é presenteada com Serras e trilhas
de fácil acesso, como a da Serra das Éguas que fica a poucos quilômetros da
sede do município, e também aos recursos mais distantes da sede, porém mais
próximos da Chapada Diamantina, que é o caso do povoado de Cristalândia.
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