quinta-feira, 2 de abril de 2015

MUNICÍPIO DE BRUMADO – BAHIA

Municípios baianos
  


Brumado é um município do estado da Bahia. Sua população, segundo dados do IBGE em 2014, é de 69.022 habitantes. Conhecido como a capital do minério, o Município de Brumado situa-se na Região Sudoeste da Bahia, limitando-se com os Municípios de Livramento de Nossa Senhora, Dom Basílio, Aracatu, Rio de Contas, Malhada de Pedras, Caetité, Tanhaçu, Ituaçu e Rio do Antônio. É o município de melhores índices de desenvolvimento social e econômico da região, excetuando-se o Município de Vitória da Conquista. Estes índices, juntamente com o fato de Brumado ser um importante entroncamento rodoviário (BA-262, BA-148 e BR-030) tornaram o município um natural polo de atração para os vizinhos, além disso, a cidade, assim como toda a região, é conhecida pela beleza e receptividade de seus habitantes.
A economia do município está baseada na mineração, particularmente de Magnesita e talco, e no comércio.
O Capitão Francisco de Souza Meira e um grupo de aventureiros chegaram à região onde se situa o município de Brumado em fins do século XVIII. Conquistando


Igreja Matriz

gradativamente terras pelas encostas da Serra das Almas, atingiram a bacia do Rio das Contas, de onde partiram em 1813, atravessando o rio Brumado até a foz do Rio do
 Antonio. Permaneceram no vale do mesmo rio até transferirem-se para outra área, onde fundaram a fazenda de Bom Jesus do Campo Seco. Essa povoação tomou o nome de Bom Jesus dos Meiras, que em 1877 foi elevada à categoria de vila e o município criado com território desmembrado do de Caetité. Em 1931, o município passou a chamar-se Brumado.
Ensina Rui Meira Lobo, que o nome Brumado, em tupi, é Itimbopira (Y – timbó – pyra). Que significa enevoada, coberto de bruma.


O padre José Dias, para justificar o nome Brumado, costumava relatar que o nome se originava da Serra Geral e da chapada Diamantina, que a norte quando acontece à cerração, o amanhecer é coberto por brumas descendo das Serras das Éguas cobrindo a cidade.


Outra versão: A origem do nome Brumado ou o seu étimo está ligado à palavra bromo (bromo). Era empregada pelos mineradores e bandeirantes para designar perda ou engano, mistificação ou desaparecimento do outro na lavra ou córrego que se supunha rico desse minério.
Com a ortografia antiga se denominava qualquer lugar onde a formação do ouro e a sua pinta eram aparentemente boas enganando os faiscadores e mineiros que decepcionados, deixavam o local à procura de outro, mais promissor.


Segundo Bluteau, dicionarista, o termo Bromado tem sua origem no Castelhano “broma”. “Bromar” e embromar são verbos do dialeto regional (bromado, explica o escritor mineiro Nelson de Serra é o que virou Ogó, por ter sumido da mina ou córrego ou rio.
Outra versão: Na época da mineração, o rio Bromado, era vasculhado na busca do ouro. Para separar o cascalho do ouro os mineradores usavam um metal chamado Bromo, de cor vermelho escuro, muito reativo e venoso, que tingia as águas do Rio de cor vermelha. Daí passaram a chamar o Rio Brumado (origem do Rio Brumado).
Durante a seca com a falta de água no seu leito, os habitantes ribeirinhos diziam: “O Rio Bromou”!


Ou, este nome Brumado teria tomando empréstimo ao homônimo (que ou aquele que tem o mesmo nome), Rio Brumado que descendo de Rio de Contas, também atravessa algumas terras da nossa região.
Não seria mais prático denominar de Brumado a atual cidade de Livramento de Nossa Senhora, uma vez que, esse rio corta-a pela margem direita, após formar bela cachoeira? Diz Mozart Tanajura.


O município de Brumado situa-se em terras outrora pertencentes à fazenda do Campo Seco. O padre André Antunes Maia herdou a fazenda de seu pai, João Antunes Moreira, e a vendeu, em 30 de Junho de 1749 a José de Souza Meira. A fazenda do Campo Seco foi alienada por $1.462.700, com 232 cabeças de gado vacum, 105


cabeças de gado cavalar e um negro chamado Manuel, de nação Mina. Em 1755, a fazenda do Campo Seco já pertencia ao familiar do Santo Ofício, Miguel Lourenço de Almeida. A fazenda Serra da Éguas, hoje celebre pelas jazidas de Magnesita, pertencia, em 1764, ao padre André Antunes da Maia. Quando o capitão Francisco de Sousa Meira chegou na região no final do século XVIII, naturalmente a encontrou com uma paisagem cultural formada pela ação colonizadora de Miguel Lourenço de Almeida e seus antecessores. Após uma rápida estada aqui, o capitão Francisco de Sousa Meira tomou novas iniciativas afim de dar prosseguimento à sua rota para a conquista do nosso continente. O seu maior trabalho era oferecer resistência às tribos selvagens, que , embora se fossem dispersando à aproximação dos visitantes, costumavam entretanto atacá-los. Presume-se que dali partindo em 1813, os aventureiros


atravessaram o rio Brumado, vindo da Serra das Almas, margeando para o seu flanco direito até atingirem a foz do Rio do Antônio. Daquele ponto do vale do mesmo rio, localizava uma aldeia de índios ferozes, aos quais ofereceram sério combate perto do local onde se encontra situada atualmente a cidade de Brumado. Deram a esse ponto a denominação de “Conquista” e aí permaneceram por algum tempo. Premiado, porém pelas lutas que de vez em quando o castigava dada a impetuosidade devastadora dos indígenas, o capitão Francisco de Sousa Meira resolveu se transferir com todos os seus aventureiros para uma posição mais cômoda. Subiu pela margem esquerda do Rio do Antônio e se fixou numa área mais ou menos calma, onde fundou


uma fazenda, que denominou – Bom Jesus do Campo Seco. com o decorrer dos anos e com a evolução natural, criou-se mais abaixo – aproximadamente 3 léguas – pela mesma margem do rio uma pequena povoação que foi tomando vulto, graças aos êxitos obtidos pelos esforços dos aventureiros que nessa altura já se entregavam de corpo e alma as explorações agrícolas e na pecuária, dando vida à povoação, que seria mais tarde a sede do Município de Brumado. Na divisão administrativa do Brasil concernente ao ano de 1911, o município de Bom Jesus dos Meira – compunha-se de um só distrito – o do mesmo nome. Por força dos decretos estaduais Nº 7455, de 23 de Junho de 1931 e 7479, de 8 de Julho do mesmo ano, o município passou a denominar-se Brumado, figurando na divisão administrativa do Brasil. Em 30 de Março de 1938, Brumado passou a compor-se de cinco distritos: Brumado, Cristais, Olhos D’água, Santa Bárbara dos casados e São Pedro. Entretanto, os distritos de S. Bárbara dos casados, Olhos D’água e São Pedro tiveram mudados seus topônimos para Ubiraçaba, Itaquari e Aracatu, respectivamente e o distrito de cristais passou a ser Cristalândia.
Brumado tem grande possibilidade de se tornar um polo turístico da região, apesar de estar localizado no polígono da seca, a cidade está também aos pés da Chapada Diamantina, o que faz com que seu território possa usufruir dos rios que nascem na Chapada (Rio Brumado e Rio de Contas) e também dos rios que nascem em outras regiões da Bahia como o São João e o Rio do Antônio. Além disso, vale ressaltar que Brumado também possui nascentes de água límpida ao longo do seu território, as quais fazem com que ao longo do percurso de seus riachos surjam matas ciliares, o que torna mais bela a paisagem da região e contribui para uma ampla biodiversidade animal e vegetal.

Cachoeiras do Rio Brumado

Estes riachos formam também pequenas cachoeiras, bicas e também um tobo-água natural na Serra das Éguas o que faz com que haja uma paisagem impressionante onde fica fácil perceber a transição entre a vegetação da caatinga para a das matas ciliares formando um contraste da paisagem visto em poucas regiões do Brasil. A cidade além das nascentes também é presenteada com Serras e trilhas de fácil acesso, como a da Serra das Éguas que fica a poucos quilômetros da sede do município, e também aos recursos mais distantes da sede, porém mais próximos da Chapada Diamantina, que é o caso do povoado de Cristalândia.


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