História/arquitetura
Constante
da Lista da UNESCO como patrimônio cultural da humanidade
O Centro Histórico de Diamantina é
a área urbana histórica desta cidade, tombada em nível federal em 1938 (um
dos primeiros tombamentos no país, feito pelo então SPHAN, atual IPHAN), e
inscrita na Lista de Patrimônio Mundial pela Unesco. A área
inscrita como Patrimônio Mundial é de 28,5 hectares, circundados por uma
área tampão que coincide com o tombamento federal.
A formação do município está
intrinsecamente ligada à exploração do ouro e do diamante. A
ocupação inicial do território se deu com Jerônimo Gouveia, que, seguindo o
curso do rio Jequitinhonha, encontrou, nas confluências do rio Piruruca
e rio Grande, uma grande quantidade de ouro.
Por volta de 1722, começou o surgimento do
povoado, sempre seguindo as margens dos rios que eram garimpados. A partir
de 1730, ainda com uma população flutuante, o Arraial do Tejuco foi se
adensando. Por meio da expansão de pequenos arraiais ao longo dos cursos d’água
em direção ao núcleo administrativo do Tejuco, foi se formando o conjunto
urbano de Diamantina, tendo como primeiras vias a rua do Burgalhau, rua
Espírito Santo e beco das Beatas.
Em 1938, o conjunto arquitetônico do centro
histórico da cidade foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e
Artístico Nacional, e, em 1999, foi
reconhecido pela Unesco como Patrimônio Mundial.
Construída em um sítio íngreme, possui traçado
urbano sinuoso, formado por ruas estreitas com calçamento em
pedra. O casario, definidor das
ruas, não possui recuo frontal e se destaca pelo colorido vivo das esquadrias que
contrasta com o branco das paredes. Há várias igrejas no
centro, mas em geral não se destacam do entorno no qual estão inseridas. Nota-se o uso de elementos que remetem
à arquitetura portuguesa influenciada pela árabe, como muxarabis e treliças nas janelas e varandas.
A
morfologia urbana de Diamantina foi inspirada nas cidades medievais portuguesas.
Na área central da cidade encontramos uma parte
plana, de pedras acinzentadas.
A tipologia
comum é a colonial, havendo poucos exemplos de construções neoclássicas, ecléticas ou neocoloniais.
A arquitetura moderna está
representada por três obras de Oscar Niemeyer, da década de 1950.
Encravada na inóspita Serra do Espinhaço, Diamantina
é um exemplo vivo de arquitetura colonial de linhas e formas suaves, adaptadas
aos trópicos.
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