quinta-feira, 28 de maio de 2015

“TIME IS MONEY”: NEGUE-ME SE FOR CAPAZ!

Economia

Profeta do Arauto

As estradas, invariavelmente, possuem retas e sinuosidades. E movendo o Cidadão sem Profissão à escrita, inexoráveis tan(gentes). Ler, viajar e fotografar completam a sua inexplicável e ordinária misantropia.

Publicado em sociedade por Profeta do Arauto,
em obviusmagazine

A frase que inspirou o título do texto foi encontrada perdida na história e se reeditada pelos Hermeneutas, deve ter sido dita pela primeira vez pelo Filósofo Teofrasto, uma vez que possuía o dom de escrever um livro a cada dois meses. Esplendorosa ideologia de difundir a cultura escrita numa época em que as trevas era a palavra de ordem. Afirmavam os Hermeneutas, que no passado, ser culto era a desonra do cidadão e a honra do poder. Embora tenha superado o tempo, o presente repete o passado.

Manchete: "Caso de gerente com cliente pode custar milhões a banco".


"Sua conta aumentou em US$ 1 milhão: você irá conhecer o mundo, viver nos melhores hotéis, pegar caminhões de mulheres, certo? Certo, por 6 meses, se tanto. Depois disso você estará na pior, rezando por outro milhão pra pagar as dívidas."
Carlos Cardoso, do Blog do Cardoso.

Séculos passados e a frase "Time is Money" foi ressuscitada pelo físico Benjamim Franklin e imortalizada nas teorias de Frederick Taylor e Henry Ford, respectivamente no Taylorismo e no Fordismo, como estímulo e motivação para aumento de trabalho nas linhas de produção de determinada mercadoria e produto, espalhando-se como rastilho de pólvora pelo mundo; sendo portanto, opositora ao sistema igualitário entre empregado e empregador sugerido pela utopia teorizada por Marx e Lenin.

Daquele instante até o presente segundo, definitivamente o dinheiro apresenta-se ao homem como atrativo para o seu esforço e labor em oposição ao tempo e vice-versa. Estacionou nos trilhos da reflexão, a locomotiva aliada ao rolo compressor do tempo, esmagam o distraído. Em razão deste sentimento universal, o mundo passou por uma revolução nos conceitos e costumes e o Money foi o intermediador da relação entre o suor, o tempo e os costumes.

O que vale mais: a humildade do Cristiano Ronaldo, ou seu humilde carro avaliado à bagatela de 5 milhões de dólares?

Inegavelmente, o dinheiro é a moeda de troca: do bem ou do mal que une os humanos? Por que fazem as guerras? Guerra pela guerra; guerra pelo domínio de território, ou fazem guerra em nome da paz? Um Capuchinho em certa ocasião disse que “O dinheiro é o esterco do Diabo”. Estaria ele errado? Por outro lado, quando o assunto é dinheiro, sem pensar, armam a metralhadora e disparam a frase de consenso geral: “Não há como viver sem ele”. Deve-se respeitar o jargão concernente ao inconsciente coletivo, adotando-o passivamente sem questionamentos, como estímulo gerador de conquistas?

A primeira lei no ensino da Economia diz que: “Economia é a aplicação, administração e gerenciamento de recursos escassos”. Atente-se: “administração de recursos escassos”.
Para contrabalançar essa suposição, a Ciência Econômica criou em suas teorias, duas correntes de estudo que é a Micro economia e a Macro economia; porém, quando da aplicabilidade, o pouco em nenhum sistema econômico é bem administrado; pelo contrário, administram o muito e raramente, o pouco. E o resultante é que o pouco direciona o diminuto para o caminho do precipício, enquanto que o muito direciona o corrupto e o corruptor para o caminho da corrupção deslavada, revelando a cueca do santo racional e milagroso de carne e osso. 
Permeando essa miscelânea de teorias, que a princípio tornam-se infundadas, quem e quanto os humanos necessitam para sobreviver? Quanto os Economistas e Contadores precisam para administrar as minguadas economias do povo? Um, dois, três... dez, vinte, trinta... cinquenta, cem... sacos sem fundos de salários? Baús de ouro e prata? Quando excessivamente faminto, suscitam que comer além do necessário e satisfação biológica é pecar pela gula; não seria a questão de dilatar estômago um vício insaciável maior que os alimentos vistos pelos olhos?
Por outro lado, a primeira lei biológica da sobrevivência humana diz que só e tão somente, cinco copos com água e um, ou dois pratos de comida ao dia, o qual contenha os elementos básicos de nutrição são suficientes para o indivíduo se manter. Se isto explica biologicamente o mecanismo de sobrevivência humano, porque corre-se tanto, escraviza-se tanto, deixa-se tanto de viver em razão de fazer valer o famigerado slogan “Time is Money”? Não estariam os povos e a humanidade sendo escrava do próprio bolso, o que representa o suor derramado pelas suas faces; isso claro, quando honesto de princípios, porque sabe-se de velhos tempos que trabalhar dá trabalho!?
Apelando para OMS, Qualidade de Vida é "a percepção do indivíduo de sua posição na vida no contexto da cultura e sistema de valores nos quais ele vive e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações". Portanto, a qualidade de vida dependerá de certos aspectos comuns e envolvendo o todo, os quais englobam o bem-estar físico e emocional, relação como o meio social, a interdependência e em que crê o indivíduo. Este último, de suma importância, porque praticamente todos os cidadãos do mundo creem e mantém na fé ao Deus que lhe é permitido e admirado, o estímulo para a superação dos obstáculos do cotidiano.
O dinheiro já foi reverenciado e cantado em verso e prosa pelo Dire Straits ("Money for nothing"), Pink Floyd ("Money"); a antítese pregada por Paulinho da Viola que “Dinheiro na mão é vendaval”. Jorge Aragão associou o dinheiro ao amor, quando clamou a desilusão dizendo que “dinheiro para quê dinheiro, se ela não me dá bola”. Contudo, a radicalização maior ficou por conta do Raul Seixas, quando disse “que ia rasgar dinheiro, tocar fogo nele, só pra variar”. O dinheiro foi (e ainda é) aclamado e odiado e deve representar fielmente o amor e o ódio. Para quem vive sob a tutela das coisas, as quais envolvem o dinheiro, Deus e o Diabo é a cara e a coroa da mesma moeda.
Já as Escrituras Sagradas diz que “No suor do teu rosto comerás o teu pão, até que te tornes à terra; porque dela foste tomado; porquanto és pó e em pó te tornarás”. Gênesis 3:19. Portanto, o suor do rosto é o segredo da sobrevivência aqui na Terra.

Cercado de indagações e dúvidas, o dinheiro foi instituído no mundo e com a evolução natural das coisas, recaiu no “Time is Money”. Porém, será que os caixões banhados a ouro, com amplos compartimentos extras foram suficientes para transportar os seus precursores; o que suscita também a ideia do provável sumiço do Capuchinho? Teriam ido para o mesmo lugar?
Dando como verossímil as indagações, as comportas do Jardim do Éden periodicamente terão que ser abertas para que as divindades do dinheiro consigam tempo suficiente para trasladar os cofres e caixões para outro ambiente que aceite de bom grado a correria contra o tempo e chegar à abastança. No resumo ópera, o maratonista que correu contra o tempo, acabará pedindo um “time”; afinal, quem desafia o tempo, chega primeiro. Aonde?

Ayrton Senna foi considerado o principal piloto de fórmula 1 do Brasil, tendo seu nome "berrado" várias vezes pelo Galvão Bueno à cada volta dada, à cada espetacular ultrapassagem realizada, à cada manobra desafiadora das leis universais da Física; todavia seu maior algoz em vida foi o tempo. O invencível tempo ficou para trás e sobre o paradeiro do corredor, ninguém se atreve a dizer uma vírgula. Sobre o universo de coisas inusitadas, até o gigante mais falaz se cala. No fim do devido tempo, o silêncio dominante e aterrador deve ser a arte produzida pelos pincéis do tempo!

Recorrendo novamente à bíblia em mais uma passagem, tem-se: “Se queres ser perfeito, vai vender tudo o que tens e dá-o aos pobres, e terás um tesouro nos céus; depois vem seguir-me. (Mateus 19:21)” 

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 Por fim, consolidando a teoria, o “Time is Money” percorreu os inúmeros cantos do mundo, feito pandemia de câncer incurável, atacando inclusive até a mendicância dos mendigos e logicamente, enervando o desbocado representante da classe: “Eu e a minha trupe não barganhamos a compra e venda da destruição do Planeta e muito menos, vasculhamos e reviramos as latas de lixo à procura de barras de ouro. Essa celeuma do “Time is Money” chafurda a humanidade e é mais velha que as estradas por quais deixei as minhas pegadas. Nunca ganhamos nada de ninguém e digo mais: nas tramoias envolvendo dinheiro graúdo e miúdo também, não sobram nem migalhas quanto mais centavos; portanto, paremos com esta prostituição legalizada e vivamos em paz. Sem provocações e ostentações! Quanto mais pregam a necessidade premente do dinheiro, proporcionalmente, valorizo o meu cão vira-lata, fedido e sarnento"!
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No Evangelho de Lucas, Jesus reage ao dinheiro com a seguinte verdade: “Jesus, olhando-o, disse: Quão dificilmente entrarão no reino de Deus os que têm riquezas! Pois mais fácil é passar um camelo pelo fundo de uma agulha, do que entrar um rico no reino de Deus. (Lucas 18:18-30)”.
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Entre uma definição, apreço e outros; quem é o dono da razão e verdade do “Time is Money”? Obviamente desde que não me negue, consinto que questione as minhas raízes e origens, pois se for além de questionamentos, perco a credibilidade e valor! Exemplo notório foi do Capuchinho, que disse o que disse e até onde se sabe, o Lúcifer tratou de jogar água e apaziguar as labaredas que ameaçavam o seu poder. Também puderas quem manda atormentar o que é sagrado; enfim, para toda profanação, um merecido castigo é previsto, imposto e executado.
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"Há dois modos de ver o futuro: o vidente e o previdente. Quem prefere a opção vidente, se consulte com um deles e torça para ouvir “você vai ficar rico”! E para quem opta pelo caminho previdente, aconselho a iniciar um bom plano de previdência privada."
Flávio de Oliveira, consultor financeiro.



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