Arte pictórica
O mais
famoso artista do Renascimento nórdico
Conseguiu chamar a atenção do
imperador Maximiliano I para o seu trabalho, tendo sido por
ele nomeado pintor da corte em 1512.
Viveu, provavelmente, duas vezes na Itália em adulto. Em 1520, depois da morte do imperador,
partiu para os Países Baixos,
visitou muitas das cidades do norte e conheceu pintores e homens de letras,
como Erasmo de Roterdã. Nos seus últimos anos, em Nuremberg,
partindo de estudos de teoria da
Arte italianos de autores que o
antecederam, ocupou-se principalmente com a elaboração de tratados sobre a
medida e proporções humanas, perspectiva e geometria como elementos estruturantes da obra
de arte.
Chegou até nós uma quantidade apreciável de documentos pessoais e
autobiográficos, como cartas, textos e desenhos
acompanhados de anotações minuciosas que permitem uma boa compreensão da sua
obra. Esta documentação é ainda enriquecida por diversas fontes que derivam da
fama conquistada por Dürer numa idade relativamente jovem.
É considerado pela crítica que a força da obra de Dürer reside
mais no seu trabalho enquanto desenhador e gravador do que no de pintor. Enquanto que o desenho
transmite monumentalidade às figuras, a pintura é mais fruto de um trabalho
minucioso e esforçado que de génio espontâneo. Isso reflete, aliás, o
interesse que sempre manifestou pela forma, pela geometria e pelas proporções
matemáticas. Assim acontece com as suas duas obras mais famosas no que diz
respeito à pintura: a "Adoração dos Magos" de 1504, onde o desenho se
sobrepõe a tudo, seja na monumentalidade do espaço arquitetônico e na
perspectiva, seja nos objetos, seja nos pormenores naturais do escaravelho, das
borboletas ou das plantas e os
"Quatro
Apóstolos" ou "Quatro Temperamentos", realizado em Munique em 1526, onde é a figura humana que
toma a primazia na sua riqueza psicológica.
Os desenhos, aquarelas e guaches (por vezes combinados) são também dos
mais apreciados na sua obra, incluindo estudos de animais como a Lebre jovem, a Pequena Coruja, várias
naturezas mortas e estudos de plantas (Raminho de violetas ou o O
Grande Tufo de Ervas), ou seções anatómicas (Asa de uma rola). Dürer executou um grande número de esboços
ou estudos preparatórios das suas pinturas e gravuras, muitos dos quais ainda
existem, incluindo o famoso Betende
Hände ("Mãos que
oram"), c. 1508, Albertina,
Viena), que não é mais que um estudo para um apóstolo do retábulo Heller.
Grande teórico da
cidade do Renascimento, foi o
primeiro fora da Itália. Publicou
em 1527, em Nuremberg, o Tratado sobre fortificação de
cidades, vilas e castelos, onde apresenta um esquema de uma cidade ideal
quadrada, opondo-se ao ponto de vista de maior parte dos tratadistas italianos,
como Barbaro, Filarete, e até Vitrúvio,
cujo texto da Antiguidade é referido como obra-prima para estes
arquitetos e urbanistas ("Clássico Anticlássico").
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