quinta-feira, 18 de junho de 2015

ALBRECTH DüRER

Arte pictórica

O mais famoso artista do Renascimento nórdico

 Albrecht Dürer (Nuremberg, 21 de maio de 1471 — Nuremberg, 6 de abril de 1528) foi um gravador, pintor, ilustrador, matemático e teórico de arte alemã e, provavelmente, o mais famoso artista do Renascimento nórdico, tendo influenciado artistas do século XVI no seu país e nos Países Baixos. A sua maestria como pintor foi o resultado de um trabalho árduo e, no campo das artes gráficas, não tinha rival. As suas xilogravuras, consideradas revolucionárias são ainda marcadas pelo estilo gótico. É considerado como o primeiro grande mestre da técnica da aquarela, principalmente no que diz respeito à representação de paisagens. Os seus interesses, no espírito humanista do Renascimento, abrangiam ainda outros campos, como a geografia, a arquitetura, a geometria e a fortificação.




Conseguiu chamar a atenção do imperador Maximiliano I para o seu trabalho, tendo sido por ele nomeado pintor da corte em 1512. Viveu, provavelmente, duas vezes na Itália em adulto. Em 1520, depois da morte do imperador, partiu para os Países Baixos, visitou muitas das cidades do norte e conheceu pintores e homens de letras, como Erasmo de Roterdã. Nos seus últimos anos, em Nuremberg, partindo de estudos de teoria da Arte italianos de autores que o antecederam, ocupou-se principalmente com a elaboração de tratados sobre a medida e proporções humanas, perspectiva e geometria como elementos estruturantes da obra de arte.


Chegou até nós uma quantidade apreciável de documentos pessoais e autobiográficos, como cartas, textos e desenhos acompanhados de anotações minuciosas que permitem uma boa compreensão da sua obra. Esta documentação é ainda enriquecida por diversas fontes que derivam da fama conquistada por Dürer numa idade relativamente jovem.



É considerado pela crítica que a força da obra de Dürer reside mais no seu trabalho enquanto desenhador e gravador do que no de pintor. Enquanto que o desenho transmite monumentalidade às figuras, a pintura é mais fruto de um trabalho minucioso e esforçado que de génio espontâneo. Isso reflete, aliás, o interesse que sempre manifestou pela forma, pela geometria e pelas proporções matemáticas. Assim acontece com as suas duas obras mais famosas no que diz respeito à pintura: a "Adoração dos Magos" de 1504, onde o desenho se sobrepõe a tudo, seja na monumentalidade do espaço arquitetônico e na perspectiva, seja nos objetos, seja nos pormenores naturais do escaravelho, das borboletas ou das plantas e os "Quatro


Apóstolos" ou "Quatro Temperamentos", realizado em Munique em 1526, onde é a figura humana que toma a primazia na sua riqueza psicológica.


Os desenhos, aquarelas e guaches (por vezes combinados) são também dos mais apreciados na sua obra, incluindo estudos de animais como a Lebre jovem, a Pequena Coruja, várias naturezas mortas e estudos de plantas (Raminho de violetas ou o O Grande Tufo de Ervas), ou seções anatómicas (Asa de uma rola). Dürer executou um grande número de esboços ou estudos preparatórios das suas pinturas e gravuras, muitos dos quais ainda existem, incluindo o famoso Betende Hände ("Mãos que oram"), c. 1508, Albertina, Viena), que não é mais que um estudo para um apóstolo do retábulo Heller.




Grande teórico da cidade do Renascimento, foi o primeiro fora da Itália. Publicou em 1527, em Nuremberg, o Tratado sobre fortificação de cidades, vilas e castelos, onde apresenta um esquema de uma cidade ideal quadrada, opondo-se ao ponto de vista de maior parte dos tratadistas italianos, como Barbaro, Filarete, e até Vitrúvio,



cujo texto da Antiguidade é referido como obra-prima para estes arquitetos e urbanistas ("Clássico Anticlássico").



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