Cidade
europeia
Tarragona é
uma cidade de Espanha pertencente à comunidade autónoma
da Catalunha. Situa-se a cerca de
100 km a sudoeste de Barcelona, e é capital da província com
o mesmo nome.
É banhada pelo Mar Mediterrâneo. Tem grande
tradição histórica cultural, é destino de muitos turistas, tanto por suas
praias como por seu património histórico e artístico. Está junto a outros doze lugares espanhóis que são considerados
Património Mundial da UNESCO.
Este primeiro assentamento romano se encontrava
muito próximo a um ópido ibérico fundado aos finais do século V A.C.
Mano, o imperador de Tarragona venceu uma batalha contra os gregos
no século VI com um contingente humano bastante reduzido.
A cidade republicana de Tarraco foi
muito possivelmente um núcleo bifocal, com o acampamento militar na parte alta
e a área residencial em torno ao povoado ibérico e ao porto. A presença militar
estável comportou a chegada não só de soldados, senão também de comerciantes e
cidadãos romanos que viram na Hispânia uma terra que lhes oferecia novas
oportunidades.
Uma das principais infraestruturas sobre as que se
cimentou Tarraco foi, sem nenhuma dúvida, o porto, e sua
situação estratégica em cima de uma pequena colina que permitia uma visão mais
ampla e uma defesa mais fácil.
A vitória romana sobre os cartagineses e a
incorporação da Hispânia à República Romana acelerou o processo de
consolidação das defesas da cidade. Ali César reuniu os seus legados
durante a guerra civil contra Pompeu, e devido à lealdade mostrada pelos
tarraconenses, este concedeu à cidade o título de Colônia Iulia Urbs
Triumphalis Tarraconensis.
Foi durante os anos 26-25 a.C. que Tarraco adquiriu
uma maior relevância como cidade, devido à presença imperial, Tarraco se
consolidou como a capital da Hispânia Citerior Tarraconense, e recebeu um forte
impulso urbanístico, uma mostra disto foi a construção do teatro e do fórum
local.
O Circo
Romano em Tarragona.
Durante o século I d.C. a cidade cresceu e se
consolidou. O assassinato de Nero, no ano 68, marcou o início de um
período de convulsão e guerra civil em todo império. Se iniciava assim a
dinastia Flaviana e um momento de grande esplendor para as províncias
hispânicas. Vespasiano lhes concedeu o Ius Latii, em
torno de 73. A partir deste momento, todos os hispanos foram considerados
cidadãos romanos de pleno direito. Desta forma, Tarraco, como capital da
Hispânia Tarraconense dispunha de dois fóruns: um colonial e outro provincial.
Durante o século II a cidade chegou a sua
máxima expressão graças à construção do último de seus grandes edifícios de
entretenimento: o anfiteatro. Tarraco foi objeto das incursões francas aos
meados do século III. Depois do século III, a cidade recobrou seu
dinamismo a partir da recuperação geral que trouxe a chegada ao poder de Diocleciano e
de sua tetrarquia desde o ano 285. A partir desta época a cidade se
revitalizou.
O cristianismo e sua implantação são elementos
imprescindíveis para explicar a Tarraco tardia. O bispo Frutuoso e os diáconos
Augurio e Eulogio, foram objetos de perseguição e morte no ano 259. O lugar de
sua sepultura acabou por converter-se no centro eclesiástico de Tarraco a
partir do século V. Esta igreja, próxima ao rio Francolí, levou a
construção de outros edifícios eclesiásticos como uma segunda basílica,
muito próxima a primeira, que disponha de um átrio e edifícios agrários
vinculados a ela. Todo este subúrbio cristão acabou por converter-se em um
centro importante e dinâmico de Tarraco.
A documentação escrita do início do século
V mostra uma Tarraco que mantinha estruturas sociais complexas, nas que o
bispo metropolitano era o defensor da ordem estabelecido no Império no
que Chistianitas era sinônimo de Romanitas.
Tarraco continuou sendo uma das principais
metrópoles hispânicas durante a monarquia visigoda até que o panorama
mudou radicalmente com a conquista da cidade pelos exércitos islâmicos e sua
incorporação ao Andalus até o ano 713. A partir deste momento, a cidade entrou
em um largo e obscuro período que não concluiu até a conquista impulsionada
pelos Condes Catalães no século XII, que comportou no restabelecimento da sede
metropolitana de Tarragona.
A Torre do
Pretório.
Em 1129, o arcebispo de Tarragona, Oleguer
Bonestruga, mediante um pacto feudo-vassalático, cedeu a cidade, como um
principado eclesiástico, a um mercenário normando, Robert Bordet, que havia
servido às ordens de Alfonso I de Aragão. Em 14 de março de 1129,
este cavalheiro foi nomeado "Príncipe de Tarragona", na qualidade de
defensor e protetor. A partir da feudalização de Tarragona, os normandos,
comandados por Bordet, chegaram e se instalaram na cidade. Robert Bordet
aproveitou uma antiga torre romana ainda em pé, a atual Torre do Pretório, para
estabelecer seu castelo. Se iniciava assim um primeiro processo de colonização
da cidade, dirigido sobre o terreno por Robert, mas controlado desde Barcelona pelo
arcebispo.
A situação na cidade se complicou com a morte de
Oleguer e a eleição de seu sucessor. Em 1146, o novo arcebispo, Bernat
Tort, um homem de confiança do Conde de Barcelona, se estabeleceu na cidade.
Iniciava-se assim um processo marcado pelos contínuos conflitos jurídicos entre
Robert Bordet e os seguintes arcebispos.
A Tarragona do final do século XII já era
um núcleo urbano plenamente consolidado que se havia convertido no centro
diretor de um amplo território, a cidade cresceu e passou a ocupar toda a área
interna do Fórum Provincial. Assim se mantinha, de certa forma, a
estrutura arquitetônica herdada da época romana. A cidade cresceu para fora da
área dos grandes monumentos, ao redor dos castelos. A Catedral começou
a ser construída em 1171. O interior da grande praça do Fórum romano foi
urbanizada no final do mesmo século.
Aqueduto
romano da Ponte do Diabo, que abastecia de águaTarraco desde a
época de Augusto.
O conjunto arqueológico que formou as ruínas
romanas de Tarraco foi declarado Patrimônio da Humanidade pela UNESCO e, 2000.
Dentre os pontos turísticos de maior destaque estão:
O Casco Antigo: Na parte alta da cidade, coincide com o
antigo fórum provincial romano. Está rodeado pela muralha da Antiga
Roma cuja longitude até o século III a.C. era de uns 4 km. Entretanto, na
atualidade somente se conserva ao redor de 1 km e uma porta original. O
Casco Antigo, conhecido popularmente como "Parte Alta", é hoje em dia
uma das zonas mais visitadas tanto pelos turistas.
O anfiteatro: Do século I, em seu interior conserva também
restos de uma basílica visigoda e uma igreja romana.
O mercado central: Edifício modernista do ano de 1915,
desenhado pelo arquiteto Josep Maria Jujol i de Barberà.
O Balcão do Mediterrâneo: Mirador situado sobre um encosta a
borda do mar de onde se pode contemplar parte da cidade, o porto, a estação, o
anfiteatro, a praia e A Ponta do Milagre.
Anfiteatro.
A Ponta do Milagre é cenário onde se celebra a cada
ano, no mês de julho, durante seis noites, o famoso Concurso Internacional
de Castelos de Fogos de Artifícios de Tarragona no qual participam importantes
empresas pirotécnicas espanholas e estrangeiras.
O Circo romano: Dentro do casco antigo da cidade.
A Catedral de Tarragona: é um exponente magnífico de templo
religioso cristão iniciado no século XII. Seu estilo arquitetônico está entre o
romano e o gótico.
O Portal de Santo Antônio: é uma porta da muralha construída
em 1737, em pedra e mármore.
O Porto de Tarragona: um dos mais importantes da Espanha.
La Rambla: típica rua catalã no centro da cidade.
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