quinta-feira, 4 de junho de 2015

CIDADE TARRAGONA – ESPANHA

Cidade europeia


 Tarragona é uma cidade de Espanha pertencente à comunidade autónoma da Catalunha. Situa-se a cerca de 100 km a sudoeste de Barcelona, e é capital da província com o mesmo nome.
É banhada pelo Mar Mediterrâneo. Tem grande tradição histórica cultural, é destino de muitos turistas, tanto por suas praias como por seu património histórico e artístico. Está junto a outros doze lugares espanhóis que são considerados Património Mundial da UNESCO.


Este primeiro assentamento romano se encontrava muito próximo a um ópido ibérico fundado aos finais do século V A.C. Mano, o imperador de Tarragona venceu uma batalha contra os gregos no século VI com um contingente humano bastante reduzido.
A cidade republicana de Tarraco foi muito possivelmente um núcleo bifocal, com o acampamento militar na parte alta e a área residencial em torno ao povoado ibérico e ao porto. A presença militar estável comportou a chegada não só de soldados, senão também de comerciantes e cidadãos romanos que viram na Hispânia uma terra que lhes oferecia novas oportunidades.



Uma das principais infraestruturas sobre as que se cimentou Tarraco foi, sem nenhuma dúvida, o porto, e sua situação estratégica em cima de uma pequena colina que permitia uma visão mais ampla e uma defesa mais fácil.


A vitória romana sobre os cartagineses e a incorporação da Hispânia à República Romana acelerou o processo de consolidação das defesas da cidade. Ali César reuniu os seus legados durante a guerra civil contra Pompeu, e devido à lealdade mostrada pelos tarraconenses, este concedeu à cidade o título de Colônia Iulia Urbs Triumphalis Tarraconensis.
Foi durante os anos 26-25 a.C. que Tarraco adquiriu uma maior relevância como cidade, devido à presença imperial, Tarraco se consolidou como a capital da Hispânia Citerior Tarraconense, e recebeu um forte impulso urbanístico, uma mostra disto foi a construção do teatro e do fórum local.

O Circo Romano em Tarragona.

Durante o século I d.C. a cidade cresceu e se consolidou. O assassinato de Nero, no ano 68, marcou o início de um período de convulsão e guerra civil em todo império. Se iniciava assim a dinastia Flaviana e um momento de grande esplendor para as províncias hispânicas. Vespasiano lhes concedeu o Ius Latii, em torno de 73. A partir deste momento, todos os hispanos foram considerados cidadãos romanos de pleno direito. Desta forma, Tarraco, como capital da Hispânia Tarraconense dispunha de dois fóruns: um colonial e outro provincial.


Durante o século II a cidade chegou a sua máxima expressão graças à construção do último de seus grandes edifícios de entretenimento: o anfiteatro. Tarraco foi objeto das incursões francas aos meados do século III. Depois do século III, a cidade recobrou seu dinamismo a partir da recuperação geral que trouxe a chegada ao poder de Diocleciano e de sua tetrarquia desde o ano 285. A partir desta época a cidade se revitalizou.


O cristianismo e sua implantação são elementos imprescindíveis para explicar a Tarraco tardia. O bispo Frutuoso e os diáconos Augurio e Eulogio, foram objetos de perseguição e morte no ano 259. O lugar de sua sepultura acabou por converter-se no centro eclesiástico de Tarraco a partir do século V. Esta igreja, próxima ao rio Francolí, levou a construção de outros edifícios eclesiásticos como uma segunda basílica, muito próxima a primeira, que disponha de um átrio e edifícios agrários vinculados a ela. Todo este subúrbio cristão acabou por converter-se em um centro importante e dinâmico de Tarraco.


A documentação escrita do início do século V mostra uma Tarraco que mantinha estruturas sociais complexas, nas que o bispo metropolitano era o defensor da ordem estabelecido no Império no que Chistianitas era sinônimo de Romanitas.
Tarraco continuou sendo uma das principais metrópoles hispânicas durante a monarquia visigoda até que o panorama mudou radicalmente com a conquista da cidade pelos exércitos islâmicos e sua incorporação ao Andalus até o ano 713. A partir deste momento, a cidade entrou em um largo e obscuro período que não concluiu até a conquista impulsionada pelos Condes Catalães no século XII, que comportou no restabelecimento da sede metropolitana de Tarragona.

A Torre do Pretório.

Em 1129, o arcebispo de Tarragona, Oleguer Bonestruga, mediante um pacto feudo-vassalático, cedeu a cidade, como um principado eclesiástico, a um mercenário normando, Robert Bordet, que havia servido às ordens de Alfonso I de Aragão. Em 14 de março de 1129, este cavalheiro foi nomeado "Príncipe de Tarragona", na qualidade de defensor e protetor. A partir da feudalização de Tarragona, os normandos, comandados por Bordet, chegaram e se instalaram na cidade. Robert Bordet aproveitou uma antiga torre romana ainda em pé, a atual Torre do Pretório, para estabelecer seu castelo. Se iniciava assim um primeiro processo de colonização da cidade, dirigido sobre o terreno por Robert, mas controlado desde Barcelona pelo arcebispo.


A situação na cidade se complicou com a morte de Oleguer e a eleição de seu sucessor. Em 1146, o novo arcebispo, Bernat Tort, um homem de confiança do Conde de Barcelona, se estabeleceu na cidade. Iniciava-se assim um processo marcado pelos contínuos conflitos jurídicos entre Robert Bordet e os seguintes arcebispos.
A Tarragona do final do século XII já era um núcleo urbano plenamente consolidado que se havia convertido no centro diretor de um amplo território, a cidade cresceu e passou a ocupar toda a área interna do Fórum Provincial. Assim se mantinha, de certa forma, a estrutura arquitetônica herdada da época romana. A cidade cresceu para fora da área dos grandes monumentos, ao redor dos castelos. A Catedral começou a ser construída em 1171. O interior da grande praça do Fórum romano foi urbanizada no final do mesmo século.

Aqueduto romano da Ponte do Diabo, que abastecia de águaTarraco desde a época de Augusto.

O conjunto arqueológico que formou as ruínas romanas de Tarraco foi declarado Patrimônio da Humanidade pela UNESCO e, 2000. Dentre os pontos turísticos de maior destaque estão:
Casco Antigo: Na parte alta da cidade, coincide com o antigo fórum provincial romano. Está rodeado pela muralha da Antiga Roma cuja longitude até o século III a.C. era de uns 4 km. Entretanto, na atualidade somente se conserva ao redor de 1 km e uma porta original. O Casco Antigo, conhecido popularmente como "Parte Alta", é hoje em dia uma das zonas mais visitadas tanto pelos turistas.


anfiteatro: Do século I, em seu interior conserva também restos de uma basílica visigoda e uma igreja romana.
mercado central: Edifício modernista do ano de 1915, desenhado pelo arquiteto Josep Maria Jujol i de Barberà.
Balcão do Mediterrâneo: Mirador situado sobre um encosta a borda do mar de onde se pode contemplar parte da cidade, o porto, a estação, o anfiteatro, a praia e A Ponta do Milagre.

Anfiteatro.

Ponta do Milagre é cenário onde se celebra a cada ano, no mês de julho, durante seis noites, o famoso Concurso Internacional de Castelos de Fogos de Artifícios de Tarragona no qual participam importantes empresas pirotécnicas espanholas e estrangeiras.


Circo romano: Dentro do casco antigo da cidade.
Catedral de Tarragona: é um exponente magnífico de templo religioso cristão iniciado no século XII. Seu estilo arquitetônico está entre o romano e o gótico.
Portal de Santo Antônio: é uma porta da muralha construída em 1737, em pedra e mármore.
Porto de Tarragona: um dos mais importantes da Espanha.


La Rambla: típica rua catalã no centro da cidade.

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