Publicado em recortes por Maria Brockerhoff
A força, a grandeza do Quilotoa nos fazem emudecer e admitir a
insignificância da condição humana!
Foto:
Rainer Brockerhoff
Deixamos o Hotel Hacienda La Ciénega bem cedinho; haveria uma
procissão de 40km da Semana Santa e as rodovias seriam fechadas. Mesmo antes do
sol nascer, o hotel, confirmando os bons serviços, nos serviu um
reforçado desayuno.
Foto:
Rainer Brockerhoff
A rodovia, inaugurada no dia anterior — parte da Carretera
Panamericana projetada para ligar o Alaska a Ushuaia — corta a região
cheia de vales retalhados com vegetação de todas as cores e as mais pitorescas
formações rochosas.
Foto: Rainer
Brockerhoff
Uma se chama Guarida del Condor, pois a montanha se parece
com um gigante condor de asas abertas; um vasto canion é apelidado de Machu
Picchu del Ecuador.
Foto:
Rainer Brockerhoff
O rio Toachi, desaguando no Pacífico, sulcou profundamente o vale,
transformando-o num Grand Canyon do Ecuador (EQUADOR).
As casas
típicas de adobe com cercas vivas, as crianças pequenas com bochechas vermelhas
pelo frio, envoltas em xales coloridos a caminho da escola, as mulheres
pastoreando ovelhas completam esta paleta da natureza. Toda
a paisagem se equipara à do Bhutan, com a vantagem de, para nós
brasileiros, estar... “logo alí, ó...”
Foto:
Rainer Brockerhoff
O parque
do vulcão Quilotoa, próximo ao pueblo de
Zumbahua, tem boa estrutura. De um mirante pode-se apreciar, com conforto,
toda a magia deste lugar. As muralhas, formando o portal de entrada, são uma
obra de engenharia de alto nível.
A laguna do
Quilotoa, cujas águas salinas abrigam apenas algas, tem 240m de profundidade.
Suas paredes elevam-se a 400m da superfície. Nasceu da erupção em 1280 — uma
das maiores do mundo no último milênio. A lava alcançou até 35.000 km² e tornou
a região rica para agricultura, pastagens e fonte de estudos
arqueológicos. O nível da água tem diminuído nos últimos anos.
O caminho
até a laguna, com degraus e muretas de apoio, é limpíssimo e bem
sinalizado. Pode-se descer em meia hora até às suas margens, onde não chegamos,
pois... e a subida?! Bem, na subida, o aclive muito
acentuado e a altitude de quase 4000m tornam este percurso uma prova
para maratonista. Os afoitos podem contratar mulas para “içá-los” de volta.
A vista da
cratera, um espelho esmeralda emoldurado por montanhas onduladas, é de uma
beleza ímpar! Já estivemos no Crater Lake, Oregon/USA, e nos lagos
do Licancabur, no Chile e, a cada vez, um encantamento primevo.
© obvious: http://lounge.obviousmag.org/da_janela_das_eumenides/2015/06/vulcao-laguna-quilotoa-ecuador.html#ixzz3dJwx3BUS
Follow us: @obvious on Twitter | obviousmagazine on Facebook
Nenhum comentário:
Postar um comentário