Assim ocorreram as
manifestações do 2 de julho em Salvador - Bahia
RUI COSTA ESPERA QUE O 2 DE JULHO GANHE O
RECONENCIMENTO NACIONAL, ENQUANTO ACM NETO RECEBEU A CONSAGRAÇÃO DOS
SOTEROPOLITANOS POR SUAS AÇÕES EM FAVOR DE SALVADOR
O desfile este ano homenageou as heroínas Maria Quitéria, Joana Angélica
e Maria Felipa
O prefeito
ACM Neto e o cerco de seguranças
O
hasteamento das bandeiras nacional, estadual, de Salvador e do Instituto Geográfico
e Histórico da Bahia (IGHB) abriu os festejos pelos 192 anos das lutas pela
Independência do Brasil na Bahia, nesta quinta-feira (2/7/15), em Salvador.
Políticos
se misturaram à multidão, transformando a festa cívica em um teste para as
eleições de 2016. Eles foram recebidos por aplausos e também vaias, ao longo do
percurso, uma atitude "democrática", concordaram o prefeito de
Salvador, ACM Neto, e o secretário estadual de Cultura, Jorge Portugal.
Um exército
de seguranças cercava as autoridades, às vezes sem êxito. "Ninguém
consegue se blindar", reconheceu Portugal.
A concentração de
populares e autoridades, na Lapinha, em Salvador - Foto: Manu Dias
Banho de pipoca
O
governador Rui Costa participou da solenidade em frente ao panteão, no Largo da
Lapinha, onde tomou banho de pipoca e depositou flores no busto do general
Labatut.
“Espero que
não muito longe haja um reconhecimento nacional dessa data”, disse. Em seguida,
acompanhou o cortejo dos carros com as imagens do Caboclo e da Cabocla até o
Pelourinho.
A
importância da data foi ressaltada pelo deputado federal José Carlos Aleluia,
presidente estadual do Democratas, ausente do cortejo. “O 2 de Julho
simboliza a celebração da independência e da liberdade da Bahia e do Brasil.
Esses valores exaltados nesta data magna precisam estar mais presentes no
cotidiano brasileiro”, disse.
A chegada do fogo
simbólico e os protestos dos moradores em Pirajá - Foto: Reginaldo Ipê
Tocha e protestos em Pirajá
Na
quarta-feira (1/7), chegou o Fogo Simbólico, no bairro de Pirajá, na periferia
da cidade, levando uma multidão de moradores do bairro e áreas vizinhas ao
Largo do Pantheon, local onde estão sepultados os restos mortais do general
Pierre Labatut (conhecido como Pedro Labatut) um dos heróis da Independência da
Bahia, e que comandou as tropas brasileiras na luta contra os portugueses
em 1823.
Trazida
na sua última etapa até Salvador, por atletas da cidade de Simões filho, a
tocha, passada de mão em mão do seu trajeto entre Cachoeira e Salvador,
percorreu 110 quilômetros em pouco mais de 30 horas.
A tocha
simbólica saiu de Cachoeira, passando pelas cidades de Saubara, Santo
Amaro da Purificação, São Francisco do Conde, Candeias, Simões Filho, até
o bairro de Pirajá em Salvador, conduzido pelos Soldados do Exercito e atletas
baianos. Chegou ao seu destino às 16h15, sendo precedida por fanfarras de
escolas públicas do bairro, batedores da Polícia Militar e saudada por
fogos de artifícios.
O bairro de
Pirajá fica localizado na periferia de Salvador, nas margens
da BR-324 e do Subúrbio Ferroviário de Salvador. A Batalha
de Pirajá é considerada um dos principais choques bélicos da guerra
pela Independência da Bahia, sendo travada na s localidades do Cabrito,
Campinas e Parque São Bartolomeu. A principal batalha pela independência, em
que os baianos venceram as forças do colonialismo português, em 1823, foi
no Panteão (Pantheon) de Pirajá, situado no Largo de Pirajá.
Tão logo
foram encerradas as solenidades, crianças, idosos e mulheres, principalmente,
fizeram questão de empunhar as faixas e cartazes pedindo mais saúde para o
bairro. O secretário de Cultura da
Prefeitura de Salvador, Érico Mendonça encarou a manifestação como demandas
legítimas da população, e garantiu que essas reivindicações serão levadas ao
prefeito ACM Neto.
Uma
moradora, com um cartaz do Movimento Acorda Pirajá, disse que o bairro só
costuma ser lembrado nos registros policiais e uma vez por ano, durante os
festejos do Dois de Julho.” O asfalto
colocado pela Prefeitura em diversas ruas foi bem vindo, mas a saúde pública é
uma reivindicação que se torna urgente”, disse.
Com o tema
‘Guerreiras da Independência’, o desfile este ano homenageia as heroínas Maria
Quitéria, Joana Angélica, Maria Felipa e todas as mulheres que lutaram pela
liberdade do País.
À espera do início
do cortejo, na Lapinha - Foto: iG Bahia
Fanfarras
46
fanfarras participam do desfile. Os grupos vem das escolas municipais,
estaduais e do interior da Bahia.
O cortejo fez
uma homenagem especial à historiadora Consuelo Pondé, às 16h, com parada em
frente ao Instituto Geográfico e Histórico da Bahia (IGHBA), instituição que
dirigiu durante 20 anos. A historiadora morreu, aos 81 anos, no dia 14 de maio
deste ano.
O
lançamento da Biblioteca Virtual Dois de Julho, unidade especializada em
História da Bahia que contém rico acervo referente à data magna do Estado, que
acontece às 17h, no Palácio Rio Branco (Praça Thomé de Souza), terá a
participação do governador Rui Costa. A partir de hoje, a Biblioteca Virtual
homenageará a historiadora baiana Consuelo Ponde de Sena, que passará a ser a
nova patrona da unidade.
Veja a programação do Dois de Julho:
Quinta-feira (2)
6h – Alvorada com queima de fogos no Largo da Lapinha;
8h – Organização do cortejo cívico;
9h – Hasteamento das bandeiras por autoridades;
9h30 – Início do cortejo cívico;
11h30 – Recolhimento dos carros dos caboclos nos caramanchões da Praça Thomé de Souza;
13h30 – Cerimônia cívica no 2º Distrito Naval;
14h – Organização do cortejo cívico;
15h – Início do cortejo cívico;
16h – Breve parada em frente ao Instituto Geográfico e Histórico da Bahia para homenagem à historiadora Consuelo Pondé de Sena;
17h – Previsão de chegada dos carros com os caboclos ao Campo Grande.
Sexta-feira (3)
8h – Organização do cortejo cívico;
9h – Hasteamento das bandeiras por autoridades;
9h30 – Início do cortejo cívico;
11h30 – Recolhimento dos carros dos caboclos nos caramanchões da Praça Thomé de Souza;
13h30 – Cerimônia cívica no 2º Distrito Naval;
14h – Organização do cortejo cívico;
15h – Início do cortejo cívico;
16h – Breve parada em frente ao Instituto Geográfico e Histórico da Bahia para homenagem à historiadora Consuelo Pondé de Sena;
17h – Previsão de chegada dos carros com os caboclos ao Campo Grande.
Sexta-feira (3)
9h30 às 18h – Feira do Livro Ao Pé do Caboclo - Fundação Pedro Calmon;
19h às 21h30 – Baile da Independência – com a Orquestra do Maestro Fred Dantas, com participação especial de Armandinho.
Sábado e domingo (4 e 5)
9h30 às 18h – Feira do Livro Ao Pé do Caboclo - Fundação Pedro Calmon;
Solenidades previstas no Campo Grande;
–
Hasteamento das bandeiras por Autoridades – Execução do Hino Nacional pelas
bandas de música da Marinha, Exército, Aeronáutica e Polícia Militar;
– Colocação
de Coroas de Flores no Monumento ao 2 de Julho pelas autoridades presentes.
Governador, Prefeito, Presidente da Assembleia, Presidente da Câmara de
Vereadores de Salvador e Comandantes Militares;
– Execução
do Hino ao 2 de Julho pela Banda de Música da Polícia Militar da Bahia;
–
Acendimento da Pira do Fogo Simbólico por um atleta;
– Execução
do Hino Nacional pelas Bandas de Música da Marinha, Exército, Aeronáutica e
Polícia Militar.
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