Município baiano
A capital
da energia do nordeste brasileiro
Paulo Afonso é
um município do estado da Bahia. Foi emancipado
em 28 de
julho de 1958 do município
de Glória.
Sua área é de 1.574 km² e sua população é de 118 323, de acordo com
estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) em 2014. Sua densidade demográfica é de 74,57 h/km².
Faz limite, ao norte com o
município de Glória, ao sul com o município de Santa
Brígida, a leste com o estado de Alagoas, a oeste com o
município de Rodelas e
a sudoeste com o município de Jeremoabo. Sua localização
geográfica é lat: 9º 24' 22"S e long: 38º 12' 53"W.
O município de Paulo Afonso
nos meados do século XVIII era habitado por portugueses que chefiados por
Garcia d’Ávila, subiram o rio São Francisco chegando onde hoje está localizada
a cidade. Isso os levou devido à fartura de água. Encontraram pacíficos índios
mariquitas e pancarus, junto a eles cultivaram a lavoura e a criação de gado,
em
meados de 1705, padres
católicos iniciou a catequese dos silvícolas, com a intenção de evitar que
fossem explorados pelos bandeirantes. Em 3 de outubro de 1725, o sertanista
Paulo Viveiros Afonso recebeu, por alvará, uma sesmaria medindo três léguas de
comprimentos por uma de largura. Situada na margem esquerda do rio São
Francisco, abrangia as terras alagoanas da cachoeira, conhecida, então como
“Sumidouro”. Não se conformando com a área que recebeu, o donatário ocupou,
além das ilhas fronteiras (entre as quais a da Barroca ou Tapera), as terras
baianas existentes na margem direita, onde construiu um arraial que,
posteriormente, se transformou na Tapera de Paulo Afonso. A localidade,
procurada como pouso de boiadas, começou a exigir desenvolvimento comercial que
atendesse à solicitação de gêneros, por parte, não só dos adventícios, como da
população local. O lugarejo já era expressivo núcleo demográfico do município
de Glória, quando o Governo Federal, em 15 de março de 1948, criou a Companhia
Hidrelétrica do São Francisco, com a finalidade de aproveitar a energia da
Cachoeira de Paulo Afonso. O acampamento de obras localizou-se nas terras da
Fazenda Forquilha. Em torno das instalações da Usina cresceu a Cidade.
As expedições, que iniciaram
em 1553 a penetração do rio São Francisco, estão ligadas a história da
Cachoeira de Paulo Afonso.
Nos
séculos XVI e XVII, de acordo com os arquivos de Portugal e do Brasil, a Cachoeira
era conhecida como "Sumidouro" ou "Forquilha",
passando a ter a atual denominação após a concessão de uma sesmaria a Paulo
Viveiros Afonso, através do Alvará de 3 de outubro de 1725.
Foi
Delmiro Gouveia o pioneiro que, em 26 de janeiro de 1913, inaugurou uma pequena
usina de 1.500 HP, hoje paralisada e fez transportar energia elétrica de Paulo
Afonso para a localidade de Pedra, atual Cidade de Delmiro Gouveia, sede do
município de igual nome, desmembrado do de Água Branca, em Alagoas. A principal característica de Paulo Afonso é
ter sido a primeira usina subterrânea instalada no Brasil. Suas turbinas
encontram-se a mais de 80 metros abaixo do nível do rio São Francisco.
A área territorial de Paulo
Afonso possui relevo formado
por planaltos e depressões. A
cidade está a 243 metros acima do nível do mar.
Diversos acidentes físicos
podem ser encontrados na região, como a Cachoeira de Paulo Afonso, o cânion do Rio São
Francisco e o Raso da Catarina.
A vegetação predominante
no município é a caatinga.
Em Paulo Afonso podem ser encontradas diversas espécies bromeliáceas e cactáceas.
Paulo Afonso possui clima semiárido, com temperatura média elevada em torno dos
30 graus (°C), chegando próximo dos 40 °C entre dezembro e janeiro. Julho é o
mês o mais frio com temperatura girando em torno de 22 °C.
Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), entre 1962 e 2013 a menor
temperatura já registrada em Paulo Afonso foi de 12,4 ºC em 29 de setembro de
1997 e em agosto de 1973, nos dias 15 e 16, enquanto a maior atingiu 39,6
ºC em 1963, nos dias 7 de fevereiro e 3 de janeiro. Os maiores acumulados
de chuva registrados em 24 horas foram de 165,5 milímetros em 18 de abril de
1988, 157,7 milímetros em 9 de fevereiro de 1978, 144,2 milímetros em 22 de
dezembro de 2008, 140,3 milímetros em 29 de março de 1965, 128,8 milímetros em
9 de abril de 1996, 122,8 milímetros em 11 de janeiro de 1980, 114 milímetros
em 28 de janeiro de 2003 e 106 milímetros nos dias 21 de fevereiro de 1964 e 17
de março de 1963. O maior acumulado mensal foi de 303,1 milímetros em
abril de 1996.
O acesso para a Capital
Salvador se faz pela estrada federal BR 110 ; e através de rodovias locais
para Alagoas, Sergipe, Pernambuco e municípios vizinhos. A BA-210 é Via importantíssima para região
norte do estado da Bahia, conecta os municípios mais importantes da região do
Vale do São Francisco e atinge até a divisa com o estado de Sergipe.
O turismo de Paulo Afonso tem alicerce em eventos
como o Moto energia e
a festa de São João. A cidade também recebe turistas pelo fato de possuir
belezas naturais como as cachoeiras e a reserva ambiental Raso da Catarina (onde se encontram espécies ameaçadas de
extinção como a arara-azul-de-lear e a pomba-avoante), além de localizar o complexo de usinas da Chesf
(Companhia Hidro Elétrica do São Francisco), contendo quatro grandes usinas PA
I, PA II, PA III e PA IV e Apolônio Sales (Moxotó), além da pequena usina
Piloto - que faz Paulo Afonso ser conhecido como a "Capital da Energia".
Também é um grande sítio arqueológico junto com Xingó que, pelo fato de não
possuir grande infraestrutura hoteleira, a maioria dos turistas se hospedam em
Paulo Afonso.
Paulo Afonso dista de
outras capitais nordestinas por apenas três horas de viagem: Aracaju e Maceió.
Além de estar equidistante de Salvador e Recife, ambas a cerca de 500 km.
Além de tudo, Paulo Afonso é conhecida como a capital brasileira dos esportes
radicais, o que faz vários eventos ocorram ao longo do ano, mas o ponto
alto de turismo é a Copa Vela. Além do seu carnaval fora de época, quando a
cidade fica lotada de turistas. O evento, que nasceu da prática de esportes
náuticos como a vela, atualmente contém outras modalidades náuticas, que duram
em média de 3 a 6
dias. Atualmente o
ministério do Turismo adicionou Paulo Afonso como uma das 115 cidades
brasileiras consideradas roteiros turísticos do Brasil.
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