Cidade: europeia
É
conhecida também como a cidade de Carlos Magno
Aachen, chamada Aix-la-Chapelle em francês (e por vezes aportuguesada como Aquisgrano ou Aquisgrão),
é uma cidade independente (kreisfreie
Stadt) da Alemanha, no estado da Renânia do Norte-Vestfália, localizada na região administrativa de Colônia. Situa-se em região de planície no oeste do
país, próxima à fronteira da Bélgica e dos Países Baixos, apresentando clima temperado, com chuvas bem
distribuídas.
Descobertas arqueológicas recentes mostram que a
região onde hoje se encontra Aachen já era habitada antes do ano 2 000
a.C. No primeiro milênio antes de Cristo, a região foi habitada por celtas.
Em algum momento no início do milênio seguinte
(primeiro milênio depois de Cristo), os romanos começaram a construir na região banhos
públicos, voltados para militares, usufruindo das águas termais típicas da localidade, que chamavam de Aquae
Granni. O primeiro registro escrito da existência da cidade data de
765, quando o rei franco Pepino, o Breve referiu-se a ela como "Aquis villa",
por suas águas.
Teatro da cidade de Aachen
Seu nome germânico,
Aachen, derivou de "aha" - "água", em antigo
germânico; os francos adaptaram o nome a "Aix" - posteriormente
rebatizada Aix-la-Chapelle, em honra à imponente capela (hoje, a Catedral de Aachen) construída na cidade,
que veio a se tornar a capital do Sacro Império Romano-Germânico, escolhida por Carlos Magno (que provavelmente nasceu em Aachen no ano
742 e que nela veio a falecer em 28 de Janeiro de 814), tendo sido a sede da
coroação de 32 imperadores que sucederam a Carlos Magno, até a cerimónia
ser transferida para Frankfurt, no século XVII.
Teve como concorrente política as cidades de Roma e Ravena. A primeira
cidade, em importância política, e, a segunda, em tesouros arquitetônicos e históricos.
Praticamente devastada pelos bárbaros em 881, foi reconstruída em 983, sendo
novamente arrasada por um violento incêndio em 1656, e mais uma vez, no século
XX, durante a Segunda Guerra Mundial.
História e arte em Aachen
Catedral de Aachen
Aachen foi, de todas as cidades da Europa, a
mais habitada e visitada por imperadores, reis e estadistas. Nela foram
realizados, igualmente, vários concílios, sínodos e dietas, e
solucionaram-se diversas questões políticas. Destacam-se a assinatura do
tratado de maio de 1668, que pôs fim à guerra da Devolução,
entre a Espanha e a França, a do
tratado de outubro de 1748, conhecido como a Paz de Aquisgrão, que determinou o fim da Guerra da Sucessão da Áustria, e também o congresso de 1818, no qual foi
sancionada a evacuação da França pelos aliados, após a derrota de Napoleão.
De 936 a 1531, os imperadores germânicos foram
coroados em Aachen. A cidade foi ocupada por tropas francesas em 1794 e mais
tarde anexada 1801 pela França,
passada ao Reino da Prússia em 1815 e,
de 1918 a 1930, a cidade foi ocupada pelos aliados como resultado da derrota da Alemanha na Primeira Guerra Mundial. Durante a Segunda Guerra Mundial, dois terços de Aachen foram destruídos por
bombardeamentos aéreos. Foi também a primeira grande cidade alemã a ser libertada pelos aliados, em
outubro de 1944.
A cidade de Aachen apresentava cerca de 244 mil
habitantes em 1995 e é o principal centro da aglomeração urbana com cerca de 1
milhão e 870 mil habitantes que engloba Liège, na Bélgica, e Maastricht, nos Países Baixos (Holanda).
A cidade é centro industrial, comercial e turístico. Localiza-se no meio da região mineira de carvão.
Apresenta indústrias têxteis, metalúrgicas, químicas e eletrotécnicas, destacando-se as produções de motores e anilinas. É sede da AC Schnitzer e da Universidade RWTH.
A função turística
possui grande importância, em decorrência das termas e dos monumentos históricos.
São encontradas na cidade 27 fontes de águas medicinais, sendo uma delas
particularmente conhecida por sua temperatura extremamente elevada.
O monumento mais
importante é a catedral (Catedral de Aachen, em alemão Aachener
Dom), em estilo bizantino ocidental
tardio (arte carolíngia), sagrada em 805.
Construída por ordem de Carlos Magno, aí está ele sepultado. Seu projeto é
atribuído ao mestre Otão de Metz.
Outros monumentos são as igrejas de São Nicolau e
São Paulo, o Paço Municipal (Rathaus, em alemão), construído no século
XIV, no qual foi assinada a Paz de Aquisgrão (1748), e a Casa Consistorial.
Aachen é sede de bispado. Possui ainda uma
universidade técnica, o Museu Suermondt, o
Museu Internacional do Jornal e jardim zoológico extremamente bem montado, no
seu limite ocidental. Liga-se com o restante do país por via ferroviária e
rodoviária. Realiza-se anualmente na cidade, no mês de julho, importante
torneio de hipismo (CHIO), de âmbito nacional.
O núcleo inicial dos romanos situa-se sobre uma
colina suave, ao sul da aglomeração atual. De lá, a cidade desenvolveu-se em direção
ao norte, onde se localiza a praça do grande mercado, à volta da qual foram
construídos a catedral, a casa Consistorial e outros edifícios oficiais. A
cidade antiga, que corresponde hoje ao centro de Aachen, era cercada por muralhas e fossos, os quais podem ainda ser
encontrados, e apresenta ruas estreitas e retorcidas, dentro dos moldes medievais. Em volta desse centro, na parte exterior aos
muros, vieram a expandir-se, posteriormente, os diversos bairros.
Trono de Carlos Magno na Catedral de Aquisgrano
A cidade antigamente chamada de Aquis-granum (em
latim) e Aix-la-Chapelle (em francês), foi a cidade que o
grande imperador dos francos, Carlos Magno, escolheu para fazer a sede de seu império.
Ao que tudo indica, essa cidade termal teve
assentamentos humanos desde cerca de 2 500 a.C. Com o nome
latino, foi a capital do império carolíngio. É hoje denominada Aachen,
em alemão, e está situada no estado da Renânia do Norte na Alemanha, bem na fronteira com a Bélgica e os Países Baixos. Muitos povos viveram ali, nos períodos
ancestrais, inclusive os povos celtas. Mas foram os romanos que a transformaram
em centro urbano de relevância, com a construção de alguns templos e de alguns
edifícios termais que fizeram a fama da cidade.
Seu nome, em francês, foi citado pela primeira vez
em documento do rei Pepino, em 765. Três anos depois o próprio Carlos, que após
algum tempo assumiria o título de Magno, começou a manter ali uma residência.
Ele gostava tanto do lugar, que duas décadas depois iniciou nessa cidade a
construção de seu palácio - que no século XIV foi reconstruído -
e de uma capela palatina. Não por acaso era o coração do governo carolíngio.
Depois da morte de Carlos Magno, rei guerreiro, cuja tumba foi aberta na
catedral erigida a partir da capela, os reis alemães passaram a ser coroados
nesse mesmo espaço religioso, inclusive Carlos V, soberano do Sacro Império Romano-Germânico, em 1529. Embora tivesse muros desde 1171, o
início da construção de suas grandes muralhas externas data de 1257. O trabalho
de conclusão dessas barreiras tardou uma centena de anos e, ao final desse
tempo, a cidade havia se transformado em centro de peregrinação religiosa.
Elisenbrunnen
Ao longo do século XVII, forte declínio teve início
em Aquisgrano, com a destruição de muitos edifícios em grande incêndio em 1656.
Depois foi ocupada por outros povos: os franceses, que levaram para Paris
alguns dos bens culturais ainda remanescentes; em seguida, os prussianos. No final do século XIX, ela reunia 126 mil
habitantes. Novamente mudou de dono, passando aos belgas, depois da Primeira Guerra Mundial. No começo do segundo grande conflito, foi
alvo de intensos ataques aéreos. Só no final de 1944, quando tropas americanas ali combateram, foi finalmente liberada, mas com cerca de 65% de
suas construções arrasadas. As principais foram reconstruídas a partir de 1945.
Ela contava, na época, com menos de 12 mil habitantes, em razão de evacuações
ditadas pela força.
Hoje é centro urbano que reúne atrações e é
bastante agradável para passeios a pé. Para descansar, sempre existe um bom
café, e vale a pena fazer essa paragem no mais antigo deles, o Büchel. Entre os
lugares de visita obrigatória está a catedral, bastante transformada ao longo
do tempo (a construção original é do século VIII), de maneira que parte de sua
fachada ostenta mistura de estilos arquitetônicos, do romano ao gótico. Em
particular, vale conferir a capela palatina e a coleção de objetos e relíquias,
algumas, como os ossos do Imperador Carlos Magno, exibidas apenas a cada sete
anos. Há, também, muitos museus, um deles inteiramente dedicado à imprensa, com
edições originais de jornais de todo o mundo.
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