sábado, 30 de abril de 2016

CIDADE DE COIMBRA, CAPITAL DO PAÍS ANTES DE LISBOA – PORTUGAL



Mundo: cidade europeia



É uma cidade universitária e de nascimento de seis reis portugueses 



Coimbra é uma cidade portuguesa, capital do Distrito de Coimbra, da Região Centro de Portugal, da sub-região estatística e comunidade intermunicipal da Região de Coimbra e da antiga província da Beira Litoral com 102 202 habitantes (2011) no seu perímetro urbano, sendo, por isso, a maior cidade da Região Centro. Sendo o maior núcleo urbano, é centro de referência na região das Beiras, com mais de dois milhões de habitantes.

Coimbra é uma cidade historicamente universitária, por causa da Universidade de Coimbra, uma das maiores universidades de Portugal, que foi fundada em 1290 por D. Dinis.


Banhada pelo rio Mondego, Coimbra é sede de um município com 319,4 km² de área e 143 396 habitantes (2011), subdividido em 18 freguesias. O município é limitado a norte pelo município da Mealhada, a leste por Penacova, Vila Nova de Poiares e Miranda do Corvo, a sul por Condeixa-a-Nova, a oeste por Montemor-o-Velho e a noroeste por Cantanhede. A cidade e o município são atravessados pelo rio Mondego proveniente da Serra da Estrela, no sentido Este-Oeste, sendo essa a principal particularidade geográfica do seu território.



É considerada uma das mais importantes cidades portuguesas, devido a infraestruturas, organizações e empresas nela instaladas para além da sua importância histórica e privilegiada posição geográfica no centro de Portugal continental, entre as cidades de Lisboa e do Porto. Ao nível de serviços oferecidos, é acima de tudo no ensino e na saúde que a cidade consegue maior notoriedade. A população estudantil da cidade ronda os 40 mil matriculados, parte no ensino superior público não politécnico, parte no ensino superior público politécnico e parte no ensino superior privado.


O feriado municipal ocorre a 4 de Julho, em memória da rainha Santa Isabel de Aragão, padroeira da cidade.
Foi Capital Nacional da Cultura em 2003. Uma das cidades mais antigas do país foi a capital de Portugal antes de Lisboa, e apresenta como principal ex-libris a sua Universidade, uma das mais antigas da Europa e a mais antiga da Lusofonia.
No dia 22 de Junho de 2013, Universidade de Coimbra, Alta e Sofia, foram declaradas Património Mundial da Humanidade pela UNESCO.

Cidade de ruas estreitas, pátios, escadinhas e arcos medievais, Coimbra foi berço de nascimento de seis reis de Portugal, da Primeira Dinastia, assim como da primeira Universidade do País e uma das mais antigas da Europa.
Os Romanos chamaram à cidade, que se erguia pela colina sobre o rio MondegoEmínio. Mais tarde, com o aumento da sua importância passou a ser sede de Diocese, substituindo a cidade romana de Conímbriga, donde derivou o seu novo nome. Em 711 os mouros chegaram à Península Ibérica e a cidade passa a chamar-se Kulūmriyya, tornando-se num importante entreposto comercial entre o norte cristão e o sul árabe, com uma forte comunidade moçárabe. Em 871 torna-se Condado de Coimbra mas apenas em 1064 a cidade é definitivamente reconquistada por Fernando Magno de Leão.

Coimbra renasce e torna-se a cidade mais importante abaixo do rio Douro, capital de um vasto condado governado pelo moçárabe Sesnando. Com o Condado Portucalense, o conde D. Henrique e a rainha D. Tereza fazem dela a sua residência, e viria a ser na segurança das suas muralhas que iria nascer o primeiro rei de Portugal, D. Afonso Henriques[carece de fontes], que faz dela a capital do condado, substituindo Guimarães em 1129.

No século XII, Coimbra apresentava já uma estrutura urbana, dividida entre a cidade alta, designada por Alta ou Almedina, onde viviam os aristocratas, os clérigos e, mais tarde, os estudantes, e a Baixa, do comércio, do artesanato e dos bairros ribeirinhos populares.

Desde meados do século XVI que a história da cidade passa a girar em torno à história da Universidade de Coimbra, sendo apenas já no século XIX que a cidade se começa a expandir para além do seu casco muralhado, que chega mesmo a desaparecer com a reformas levadas a cabo pelo Marquês de Pombal.
 Coimbra em 1669.
A primeira metade do século XIX traz tempos difíceis para Coimbra, com a ocupação da cidade pelas tropas de Junot e Massena, durante a invasão francesa e, posteriormente, a extinção das ordens religiosas. No entanto, na segunda metade de oitocentos, a cidade viria a recuperar o esplendor perdido – em 1856 surge o primeiro telégrafo elétrico na cidade e a iluminação a gás, em 1864 é inaugurado o caminho-de-ferro e 11 anos depois nasce a ponte férrea sobre as águas do rio Mondego.


Coimbra em 1855.
Com a Universidade como referência inultrapassável, desta surgem movimentos estudantis, de cariz quer político, quer cultural, quer social. Muitos desses movimentos e entidades não resistiram ao passar dos anos. Outros ainda hoje resistem com vigor ao passar dos anos. Da Universidade surgiram e resistem ainda hoje em plena atividade primeiro o Orfeão  Acadêmico de Coimbra, em 1880, o mais antigo coro do país, a própria Associação Acadêmica de Coimbra, em 1887, a Tuna Académica da Universidade de Coimbra, em 1888. Com presença em três séculos e um peso social e cultural imenso, o Orfeão  Académico de Coimbra representou o país um pouco por todo o mundo, em todos os continentes, levando a música coral portuguesa e o Fado de Coimbra a todo o mundo. Na área do Teatro Universitário pode distinguir-se o TEUC - Teatro dos Estudantes da Universidade de Coimbra. Este organismo autónomo da AAC da Universidade de Coimbra é o grupo de Teatro Universitário mais antigo da Europa em atividade contínua. Foi fundado em 1938 pelo Prof. Doutor Paulo Quintela e pelo Dr. Manuel Deniz-Jacinto, foi a segunda escola de Teatro em Portugal de onde saíram inúmeros atores do panorama cultural português, e sempre se caracterizou pelo seu papel de resistência cultural. O TEUC apresentou os seus espetáculos pela Europa, África e Brasil, tendo recebido numerosas condecorações e prémios ao longo da sua história. Ainda agora, na atualidade, o TEUC continua a ganhar prémios em diversos festivais de teatro universitário quer em Portugal quer além-fronteiras. Com o passar dos anos, inúmeros outros organismos foram surgindo.
A 26 de Abril de 1919 foi feita Oficial da Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito.

O grande espaço museológico de Coimbra por excelência é o Museu Nacional de Machado de Castro junto à Sé Nova, instalado no Palácio Episcopal de Coimbra. Considerado um dos mais importantes museus do país, possui coleções importantes de pintura, escultura, ourivesaria, cerâmica e têxteis.

A universidade possui também coleções museológicas de raro valor, destacando-se as coleções de instrumentos científicos dos séculos XVIII e XIX do Museu de Física, e as coleções de Antropologia, Zoologia, Botânica e Mineralogia do Museu de História Natural. Recentemente, estas coleções foram agrupadas no Museu da Ciência da Universidade de Coimbra, que é assim um dos núcleos museológicos de ciência mais importantes a nível europeu.


Universidade de Coimbra
Coimbra é também uma cidade de arte, existem 31 galerias de arte espalhadas por toda a cidade, que receberam mais de 300 000 visitantes por ano, segundo dados do INE.



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