Mundo: cidade europeia
É uma
cidade universitária e de nascimento de seis reis portugueses
Coimbra é uma cidade portuguesa, capital do Distrito de Coimbra, da Região Centro de Portugal, da sub-região estatística e comunidade intermunicipal da Região de Coimbra e da antiga província da Beira Litoral com 102 202 habitantes (2011) no seu perímetro urbano, sendo, por isso,
a maior cidade da Região Centro. Sendo o maior núcleo urbano, é centro
de referência na região das Beiras, com mais de dois
milhões de habitantes.
Coimbra é uma
cidade historicamente universitária, por causa da Universidade
de Coimbra, uma
das maiores universidades de Portugal, que foi fundada em 1290 por D. Dinis.
Banhada pelo rio Mondego, Coimbra é sede
de um município com 319,4 km² de área e 143 396 habitantes (2011), subdividido
em 18 freguesias. O município é limitado a norte pelo
município da Mealhada, a leste por Penacova, Vila Nova de
Poiares e Miranda do Corvo, a sul por Condeixa-a-Nova, a oeste por Montemor-o-Velho e a noroeste por Cantanhede. A cidade e o
município são atravessados pelo rio Mondego proveniente da Serra da Estrela, no sentido
Este-Oeste, sendo essa a principal particularidade geográfica do seu
território.
É considerada uma
das mais importantes cidades portuguesas, devido a infraestruturas,
organizações e empresas nela instaladas para além da sua importância histórica
e privilegiada posição geográfica no centro de Portugal continental, entre as
cidades de Lisboa e do Porto. Ao nível de serviços oferecidos, é acima de tudo
no ensino e na saúde que a cidade consegue maior notoriedade. A população estudantil da cidade ronda os 40
mil matriculados, parte no
ensino superior público não politécnico, parte no ensino superior público
politécnico e parte no ensino superior privado.
O feriado municipal ocorre a 4 de Julho, em memória da rainha Santa Isabel
de Aragão,
padroeira da cidade.
Foi Capital
Nacional da Cultura em 2003. Uma das cidades mais antigas do país foi a capital
de Portugal antes de Lisboa, e apresenta como principal ex-libris a sua Universidade, uma das mais
antigas da Europa e a mais antiga da Lusofonia.
No dia 22 de Junho
de 2013, Universidade de Coimbra, Alta e Sofia, foram declaradas Património Mundial da Humanidade pela UNESCO.
Cidade de ruas
estreitas, pátios, escadinhas e arcos medievais, Coimbra foi berço de
nascimento de seis reis de Portugal, da Primeira Dinastia, assim como da primeira
Universidade do País e uma das mais antigas da Europa.
Os Romanos chamaram à cidade, que se erguia pela colina
sobre o rio Mondego, Emínio. Mais
tarde, com o aumento da sua importância passou a ser sede de Diocese,
substituindo a cidade romana de Conímbriga, donde derivou o seu novo nome. Em 711 os mouros
chegaram à Península Ibérica e a cidade passa a chamar-se
Kulūmriyya, tornando-se num importante entreposto comercial entre o norte
cristão e o sul árabe, com uma forte comunidade moçárabe. Em 871 torna-se Condado de Coimbra mas apenas em 1064 a cidade é
definitivamente reconquistada por Fernando Magno de Leão.
Coimbra renasce e torna-se a cidade mais importante
abaixo do rio Douro, capital de um vasto condado governado pelo
moçárabe Sesnando. Com o Condado Portucalense, o conde D. Henrique e a rainha D. Tereza
fazem dela a sua residência, e viria a ser na segurança das suas muralhas que
iria nascer o primeiro rei de Portugal, D. Afonso Henriques[carece de fontes], que faz dela a capital do condado,
substituindo Guimarães em 1129.
No século XII, Coimbra apresentava já uma
estrutura urbana, dividida entre a cidade alta, designada por Alta ou Almedina,
onde viviam os aristocratas, os clérigos e, mais tarde, os estudantes, e a
Baixa, do comércio, do artesanato e dos bairros ribeirinhos populares.
Desde meados do século XVI que a história
da cidade passa a girar em torno à história da Universidade de Coimbra, sendo apenas já no século XIX que
a cidade se começa a expandir para além do seu casco muralhado, que chega mesmo
a desaparecer com a reformas levadas a cabo pelo Marquês de Pombal.
Coimbra em 1669.
A primeira metade do século XIX traz
tempos difíceis para Coimbra, com a ocupação da cidade pelas tropas de Junot e Massena, durante a invasão francesa e, posteriormente,
a extinção das ordens religiosas. No entanto, na segunda metade de oitocentos, a
cidade viria a recuperar o esplendor perdido – em 1856 surge o primeiro
telégrafo elétrico na cidade e a iluminação a gás, em 1864 é inaugurado o
caminho-de-ferro e 11 anos depois nasce a ponte férrea sobre as águas do
rio Mondego.
Coimbra em 1855.
Com a Universidade como referência inultrapassável,
desta surgem movimentos estudantis, de cariz quer político, quer cultural, quer
social. Muitos desses movimentos e entidades não resistiram ao passar dos anos.
Outros ainda hoje resistem com vigor ao passar dos anos. Da Universidade
surgiram e resistem ainda hoje em plena atividade primeiro o Orfeão Acadêmico de Coimbra, em 1880, o mais antigo coro do país, a
própria Associação Acadêmica de Coimbra, em 1887, a Tuna Académica da
Universidade de Coimbra, em 1888. Com presença em três séculos e um peso social
e cultural imenso, o Orfeão Académico de
Coimbra representou o país um pouco por todo o mundo, em todos os continentes,
levando a música coral portuguesa e o Fado de Coimbra a todo o mundo. Na área do Teatro
Universitário pode distinguir-se o TEUC - Teatro dos Estudantes da
Universidade de Coimbra. Este
organismo autónomo da AAC da Universidade de Coimbra é o grupo de Teatro
Universitário mais antigo da Europa em atividade contínua. Foi fundado em 1938
pelo Prof. Doutor Paulo Quintela e pelo Dr. Manuel Deniz-Jacinto, foi a segunda
escola de Teatro em Portugal de onde saíram inúmeros atores do panorama
cultural português, e sempre se caracterizou pelo seu papel de resistência
cultural. O TEUC apresentou os seus espetáculos pela Europa, África e Brasil,
tendo recebido numerosas condecorações e prémios ao longo da sua história.
Ainda agora, na atualidade, o TEUC continua a ganhar prémios em diversos
festivais de teatro universitário quer em Portugal quer além-fronteiras. Com o
passar dos anos, inúmeros outros organismos foram surgindo.
A 26 de Abril de 1919 foi feita Oficial da Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e
Mérito.
O grande espaço museológico de Coimbra por excelência é o Museu Nacional
de Machado de Castro junto à Sé Nova,
instalado no Palácio
Episcopal de Coimbra. Considerado um dos mais importantes museus do país, possui coleções
importantes de pintura, escultura, ourivesaria, cerâmica e têxteis.
A universidade
possui também coleções museológicas de raro valor, destacando-se as
coleções de instrumentos científicos dos séculos XVIII e XIX do Museu de
Física, e as coleções de Antropologia, Zoologia, Botânica e Mineralogia do
Museu de História Natural. Recentemente, estas coleções foram agrupadas no Museu da Ciência da Universidade de Coimbra, que é assim um
dos núcleos museológicos de ciência mais importantes a nível europeu.
Universidade de Coimbra
Coimbra é também
uma cidade de arte, existem 31 galerias de arte espalhadas por toda a cidade,
que receberam mais de 300 000 visitantes por ano, segundo dados do INE.
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