Mundo
Publicado por tajana
Os que sofrem do
fascínio pelas representações do globo terrestre têm agora uma imagem nova para
apreciar: a ESA publicou um modelo que mostra a forma como a gravidade varia ao
longo da Terra. E é tão bonito que dá vontade de brincar com ele.
Geoide publicado pela ESA a partir dos dados do satélite GOCE.
Créditos: ESA/HPF/DLR
A esta forma, que lembra uma batata, os
cientistas dão o nome de geoide. É a representação idealizada de como seria o
globo - um oceano global - caso não houvesse ventos nem correntes e caso fosse
moldado apenas pela gravidade. As diferenças de gravidade resultam do facto de
a Terra não ser uma esfera perfeita e a distribuição do material rochoso no seu
interior não ser uniforme.
Satélite GOCE. Créditos: ESA /AOES Medialab
Compreender as diferenças na gravidade vai
ajudar a entender vários fenómenos que ocorrem no planeta - por exemplo, de que
forma funcionam as correntes dos oceanos, responsáveis em parte pela
distribuição do calor pelo globo. Pode ser útil também na medição das
alterações nas camadas de gelo - ambos fenómenos relacionados com as alterações
climáticas. E, é claro, estas imagens, ao mostrarem o que se passa dentro da
Terra, poderão eventualmente ajudar a perceber a atividade sísmica.
Este globo resulta das observações feitas
pelo satélite GOCE ao longo de 12 meses. As zonas amarelas identificam as áreas
do planeta com maior gravidade. As azuis, aquelas onde ela é menor. O colorido
vibrante faz lembrar, irresistivelmente, as pastas coloridas com que
brincávamos na infância. Aqui, com a sedução acrescida que têm todas as imagens
que nos dão a ilusão de vermos o nosso mundo "lá de cima".
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