A Rainha
da Fronteira. Conheça o interior do seu país
Bagé é um município da Microrregião da Campanha Meridional, na Mesorregião do Sudoeste Rio-grandense, no estado do Rio Grande do Sul, no Brasil.
Localiza-se próximo ao Rio Camaquã. Bagé tem 116 794 habitantes, de acordo com o
censo do IBGE de
2010.
Não há certeza sobre a verdadeira etimologia do nome do município, mas a hipótese mais
aceita é que venha da palavra charrua baj (ou baag), que
significa "cerro" ou "colina", haja vista a geografia da
região. Outra hipótese é que o nome se refira a um líder indígena chamado
Ibajé, que teria vivido na região no século XVIII.
Prefeitura Municipal de Bagé
Sua economia é baseada
na agricultura, pecuária e
no comércio local. Possui duas universidades particulares: a Universidade da Região da Campanha e
o Instituto de Desenvolvimento Educacional do Alto Uruguai/Anglo-Americano; uma
universidade federal, a Universidade Federal do Pampa; um instituto federal, o Instituto Federal
de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-rio-grandense e a Universidade Estadual do Rio Grande do Sul. É marcante no município, desde sua
fundação, a presença do Exército, por ser cidade de fronteira: é sede da 3ª Brigada de Cavalaria Mecanizada e, atualmente, conta com quatro quartéis e um
hospital militar, o HGuBa, (que atende toda a região), para além de
uma unidade da Justiça Militar.
Bagé é conhecida pela Festa Internacional do
Churrasco, a maior festa deste tipo no Brasil, por onde circulam cerca de 60
000 pessoas em quatro dias de duração. Paralelamente, acontece a festa
campeira, que está em sua 3ª edição. Bagé é mormente conhecida pela Semana
Crioula Internacional, que ocorre sempre no mês de abril, com grande competição
de gineteadas. É sede, também, da exposição-feira rural mais antiga do
país, a Expo-feira de Bagé, que no ano de 2014 realizou a sua 102ª edição.
Promove também grandes leilões de cavalos da raça
"puro sangue inglês", sendo responsável por quase metade do plantel
brasileiro de PSI[11], criados nos vários haras da região, os melhores
do Brasil, segundo os especialistas. Acorrem a esses leilões turfistas
brasileiros e principalmente estrangeiros, que levam os melhores produtos pagos
a alto preço. Assim, Bagé é uma grande exportadora de cavalos de corrida,
trazendo divisas para o Brasil.
Relógio da contagem regressiva
para os 200 anos de Bagé, em 2011
Toda a região do pampa gaúcho,
na qual está contido o atual município, era ocupada, até o século XVI,
predominantemente pelos índios charruas.
A colonização europeia da região onde ora se
encontra o município iniciou-se em fins do século XVII com portugueses e espanhóis. Uma das primeiras construções foi uma redução construída por jesuítas, chamada "Santo André dos Guenoas",
fundada como posto avançado de "São Miguel", um dos Sete Povos das Missões. A incansável resistência de índios da
região à catequização católica, notadamente tapes, minuanos e charruas, levou a um conflito que resultou na destruição do
povoado.
A partir de então, a região serviu de palco para
diversos conflitos entre europeus e nativos. Destaca-se o ocorrido em 1752,
quando 600 índios charruas, comandados por Sepé Tiaraju, rechaçaram os enviados das coroas de Portugal e Espanha que, amparados no tratado de Madri, assinado dois anos antes, regulamentando os
limites territoriais dos dois impérios na América do Sul, vieram para estabelecer as fronteiras.
Em 1773,
dom Juan José de Vértiz y Salcedo, vice-rei de Buenos Aires, com 5 000 homens, saiu do Rio da Prata,
atravessou o Uruguai e, chegando ao limite sul do Escudo Riograndense, lá construiu o Forte de Santa Tecla, que foi demolido e arrasado em dois
combates e do qual ainda hoje restam ruínas.
Na área do município, o general Antônio de Souza Neto, em violento combate, conhecido como a Batalha do Seival, derrotou as forças legalistas e, no dia seguinte,
proclamou a República Riograndense, no contexto da Guerra dos Farrapos. Na Revolução de 1893,
quando os federalistas reagiram à ascensão dos republicanos, Gumercindo Saraiva voltou ao Rio Grande do Sul pelo rio Jaguarão e, no Passo do Salsinho, foi travado o
primeiro combate. O município testemunhou combates das Traíras, o Cerco do Rio Negroe
o Sítio de Bagé. No Rio Negro, 300 prisioneiros foram
degolados, não sem antes terem direito a defesa verbal.
Bagé
possui o segundo maior ginásio do Estado do Rio Grande do Sul, o ginásio
poliesportivo Presidente Médici, popularmente conhecido como ginásio Militão. Nas cercanias do ginásio
também há um complexo esportivo, com oito campos de futebol, área verde,
vestiários e estrutura para realização de competições do futebol amador do
município, além do centro de treinamento do Guarany Futebol Clube.
Museus
Museu Dom Diogo de Souza - Situado na Rua Emilio Guilayn, 759 (Centro), o museu possui acervos
particulares, de vultos históricos, objetos de época, armas antigas, bandeiras
antigas, objetos utilizados nas guerras dentro do território gaúcho,
hemeroteca, fototeca e biblioteca. De visitação permanente.
Museu da Gravura Brasileira - Fundado em 1977 o Museu
da gravura Brasileira fica localizado na Rua Coronel Azambuja, 18 (Centro), o
museu possui em seu acervo gravuras, fotografias, esculturas em bronze e
cerâmica. A visitação é permanente, entretanto o museu recebe inúmeras
exposições temporárias durante o ano, de artistas do Brasil e do exterior.
Centro Histórico Vila de
Santa Thereza - Em torno da charqueada de
Santa Thereza, fundada por Antônio de Ribeiro Magalhâes, em 1897 surgiu a “Vila
de Santa Thereza”. A Capela de Santa Thereza foi restaurada e todo o local foi
transformado em complexo histórico e cultural, e desde 2009 está aberto à visitação.
Museu Patrício Correia da
Câmara - Localizado junto às fundações do Forte de Santa Tecla, o museu expunha grande variedade de material, encontrado nas
escavações arqueológicas executadas na área dessa fortificação espanhola, mas
hoje se encontra fechado e não possui mais seu acervo. Dispõe ainda de
exposições de diversos objetos que fazem parte da história do gaúcho da região
da fronteira. Entre os objetos expostos, muitos são de origem bélica,
resultantes das batalhas ali realizadas. O acesso é pela BR-423, com exposição
permanente.
Bibliotecas
Biblioteca Pública Doutor Otávio Santos - mantida pela prefeitura, é a
segunda maior da cidade e conta com um apoio da Associação dos Amigos da
Biblioteca. Possui 17 funcionários e um acervo que ultrapassa os 26 000
exemplares. A biblioteca funciona das 8h às 18h, sem fechar ao meio-dia.
Biblioteca Pública Infantil Professora Maria
Martins Rossel - A Biblioteca Infantil oferece ao público mais de 13 mil obras . O local multifuncional acolhe também
a Escolinha de Arte Tia Leda e a sala de teatro Douglas Moraes. O
atendimento ao público funciona das 8h às 17h30min, sem fechar ao meio-dia.
Biblioteca do Sesc - Além das obras, a
biblioteca oferece aos usuários acesso gratuito à internet.
Biblioteca do Sesi - Possui mais de 5 000
obras. O acesso é aberto para o público em gera.
Biblioteca da Urcamp - Além de grande acervo
oferece um espaço com acesso gratuito à internet para a comunidade
Biblioteca da Unipampa - Atualmente (dados de
06/08/2013) é a maior da cidade possuindo um acervo de 26 975 exemplares, tendo
efetuado no primeiro semestre de 2013 mais de 12 000 empréstimos e inserido
quase 3 000 exemplares ao acervo[53]. A biblioteca funciona das
8h às 12h, das 14h às 17h e das 18h e 30min até as 21h. Somente alunos,
professores e funcionários internos podem retirar livros, visitantes apenas
podem consulta-los localmente.
Os termômetros de Bagé no inverno registram temperaturas
negativas
Artes
Casa de Cultura Pedro Wayne - Em prédio histórico que foi construído em 1902 para abrigar uma grande
loja de artigos de vestuário (chamava-se Casa Vermelha) funciona hoje a Casa de
Cultura Pedro Wayne. Situada na Av. 7 de Setembro, nº 1001, a Casa de
Cultura, realiza eventos de cultura popular, erudita, regional e universal.
Além de outras manifestações de arte como desenho, gravura, pintura, escultura,
literatura, música, dança, folclore e artesanato.
Instituto Municipal de
Belas Artes - Fundado em 10 de abril de 1921 o Instituto
Municipal de Belas Artes (popularmente chamado de IMBA) é parte importante da
vida cultural da Rainha da Fronteira, com especial atenção à música.
Atualmente, o instituto oferece cursos de música popular erudita e danças.
Oferece 14 cursos, atingindo quase 1100 alunos.
Os cursos são de Ballet, Dança Moderna, Piano, Violão, Acordeon, Violino,
Técnica Vocal, Musicalização, Bateria, Flauta, Instrumentos de Sopro,
Contrabaixo, Teoria Musical e Canto.
Outras
sete diferentes atividades são oferecidas aos estudantes: Orquestra, Coral,
Banda Marcial, Conjunto de Flautas, Grupos de Alunos Instrumentistas, Dança de
Salão e o Imba Grupo de Dança nas categorias infantil, infanto-juvenil, juvenil
e adulto.
Além
disso, o próprio prédio que sedia o IMBA faz parte do patrimônio arquitetônico
da cidade.
Manifestações Culturais
Os quatro de Bagé - Quatro artistas plásticos de Bagé (Glauco Rodrigues, Carlos Scliar, Glênio Bianchetti e Danúbio Gonçalves), mais alguns outros artistas (entre eles escritores) que faziam parte
do grupo, que já nos anos 1960 e 1970 produziram obras que ficaram conhecidas
nacionalmente. Também foram responsáveis pela criação do Museu da Gravura
Brasileira, em 1977, em Bagé.
Estes
artistas plásticos ficaram conhecidos como
“Os quatro de Bagé”.
Coral Auxiliadora - O coral da Igreja Nossa Senhora Auxiliadora foi fundado em 1941. Desde então, o coral participa de vários eventos
e celebrações da cidade. A atual maestrina é Gilca Nocchi Collares, que está na
função desde 1973.
Festival Internacional Música no Pampa - FIMP- Evento anual que acontece
na última semana de Julho. Traz artistas e professores internacionais, reunindo
alunos de três continentes. Concertos noturnos diários são abertos
gratuitamente ao grande público em superlotação nos teatros. O evento é
promovido pela Prefeitura da cidade de Bagé e tem como Diretor Artístico o
Maestro Jean Reis e Diretor Pedagógico Dr. Marcos Machado.
Canto Sem Fronteira - festival de música
regional realizado desde o ano de 2003. O evento valoriza a arte e a cultura,
promove a fronteira Sul e o Rio Grande do Sul, difundindo costumes da campanha,
mantendo viva a identidade do gaúcho, proporcionando a divulgação da sua
história, suas características, acionando a preservação das tradições
Riograndenses através da música, solidificando e fortalecendo a cultura popular
brasileira.
Festival de Cinema da
Fronteira - Criado em 2009, primeiramente como uma mostra
de filmes, com o objetivo de estimular a produção audiovisual na região e
resgatar a relação do cinema com a cidade. O projeto procura envolver toda a comunidade na realização e organização do festival
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