sexta-feira, 30 de setembro de 2016

KLARA OSTANIEWICZ: DESENHAR A ARQUITETURA

 Arquitetura







Publicado por Jéssica Parizotto,
“é uma proparoxítona, interessa-se por haicais, músicas pouco conhecidas e jogo de palavras. Queria voar de balão, mas tem medo de altura.” 


Existem obras arquitetônicas tão complexas que os nossos olhos mal alcançam toda a sua grandeza e riqueza de detalhes. Aos olhos da arquiteta e desenhista Klara Ostaniewicz, essas obras são uma fonte inesgotável de inspiração. Seus desenhos reproduzem em tons de cinza algumas das maiores joias da arquitetura mundial contemporânea.


Há quem escolha um roteiro de viagem devido às atrações turísticas. Outros, pela vida noturna da cidade ou pela história e cultura. Mas entre os inúmeros motivos que existem para se conhecer um lugar, a desenhista Klara Ostaniewicz leva em consideração a arquitetura local.
Klara é uma arquiteta de 28 anos que vive em Varsóvia, na Polônia. Nas viagens que faz, ela nunca vai desacompanhada: leva sempre consigo um companheiro, o lápis 2B. Isso porque adora reproduzir em desenhos a arquitetura recente dos lugares por onde passa, e seu olhar atento está sempre em busca de obras dos arquitetos mais conceituados das últimas duas décadas.
Um desses é Santiago Calatrava, arquiteto espanhol frequentemente inspirado por formas orgânicas, que teve a Estação Ferroviária de Liège na Bélgica retratada pelos traços da desenhista. Outro grande arquiteto que teve algumas obras passadas para o papel pela artista foi Norman Foster. Entre as obras dele que Klara reproduziu está a cobertura do pátio interior do Museu Britânico, em Londres. Forster, é, com Jean Nouvel e Zaha Hadid, um dos vários prêmios Pritzker escolhidos por Klara.




Ostaniewicz começou a desenhar em 2001, quando ainda cursava a faculdade. Seus desenhos reproduzem com maestria as linhas e contornos que os mais conceituados arquitetos constroem. Usando apenas um lápis 2B, ela consegue expor no papel as formas, as sombras e até as mais complicadas estruturas arquitetônicas. Como é o caso da reprodução que fez do Museu Guggenheim Bilbao, projetado pelo arquiteto Frank Gehry, conhecido por seu design arrojado e repleto de estruturas curvas.



Mas a artista também se interessa por estruturas mais simples, como a do Museu de Arte Contemporânea de Barcelona, do arquiteto Richard Meier.

Em alguns de seus desenhos ela usa cores, que aplica apenas em alguns detalhes do edifício, dando às obras um toque ainda mais interessante. Um exemplo disso é o Gasometer A, de Nouvel, localizado em Viena.

Desenhar obras tão complexas não é simples, mas o resultado do seu esforço é recompensador. Seja em tons de cinza ou em cores, os desenhos de Klara são uma exaltação do que há de mais belo na arquitetura atual.



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