Publicado por Jéssica Parizotto,
“é uma
proparoxítona, interessa-se por haicais, músicas pouco conhecidas e jogo de
palavras. Queria voar de balão, mas tem medo de altura.”
Existem obras
arquitetônicas tão complexas que os nossos olhos mal alcançam toda a sua
grandeza e riqueza de detalhes. Aos olhos da arquiteta e desenhista Klara
Ostaniewicz, essas obras são uma fonte inesgotável de inspiração. Seus desenhos
reproduzem em tons de cinza algumas das maiores joias da arquitetura mundial
contemporânea.
Há quem escolha um roteiro de viagem devido
às atrações turísticas. Outros, pela vida noturna da cidade ou pela história e cultura.
Mas entre os inúmeros motivos que existem para se conhecer um lugar, a
desenhista Klara Ostaniewicz leva em consideração a arquitetura local.
Klara é uma arquiteta de 28 anos que vive em
Varsóvia, na Polônia. Nas viagens que faz, ela nunca vai desacompanhada: leva
sempre consigo um companheiro, o lápis 2B. Isso porque adora reproduzir em
desenhos a arquitetura recente dos lugares por onde passa, e seu olhar atento
está sempre em busca de obras dos arquitetos mais conceituados das últimas duas
décadas.
Um desses é Santiago Calatrava, arquiteto
espanhol frequentemente inspirado por formas orgânicas, que teve a Estação
Ferroviária de Liège na Bélgica retratada pelos traços da desenhista. Outro
grande arquiteto que teve algumas obras passadas para o papel pela artista foi
Norman Foster. Entre as obras dele que Klara reproduziu está a cobertura do
pátio interior do Museu Britânico, em Londres. Forster, é, com Jean Nouvel e
Zaha Hadid, um dos vários prêmios Pritzker escolhidos por Klara.
Ostaniewicz começou a desenhar em 2001,
quando ainda cursava a faculdade. Seus desenhos reproduzem com maestria as
linhas e contornos que os mais conceituados arquitetos constroem. Usando apenas
um lápis 2B, ela consegue expor no papel as formas, as sombras e até as mais
complicadas estruturas arquitetônicas. Como é o caso da reprodução que fez do
Museu Guggenheim Bilbao, projetado pelo arquiteto Frank Gehry, conhecido por
seu design arrojado e repleto de estruturas curvas.
Mas a artista também se interessa por estruturas
mais simples, como a do Museu de Arte Contemporânea de Barcelona, do arquiteto
Richard Meier.
Em alguns de seus desenhos ela usa cores, que
aplica apenas em alguns detalhes do edifício, dando às obras um toque ainda
mais interessante. Um exemplo disso é o Gasometer A, de Nouvel, localizado em
Viena.
Desenhar obras tão complexas não é simples,
mas o resultado do seu esforço é recompensador. Seja em tons de cinza ou em
cores, os desenhos de Klara são uma exaltação do que há de mais belo na
arquitetura atual.
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