Rio
Branco é um município brasileiro, capital do estado do Acre, na Região Norte do país e principal centro financeiro, corporativo e mercantil do estado.
Distante 3 030 quilômetros de Brasília, capital federal, localiza-se
às margens do Rio Acre, no Vale do Acre e na microrregião homônima.
Sua
população, de acordo com o Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), era de
377 057 habitantes, fazendo de Rio Branco a sexta cidade mais populosa da Região Norte do Brasil. Sua área territorial é de 9 222,58 km²,
sendo o quinto município do estado em tamanho territorial.[5] De toda essa área,
44,9559 km² estão em perímetro urbano, o que classifica Rio Branco como sendo a 62ª maior do país.
O
povoamento da região de Rio Branco se deu no início do século XIX, com a chegada de
nordestinos. O desenvolvimento do município ocorreu durante um grande período
dado pelo Ciclo da Borracha. Nesta época ocorreu ainda uma miscigenação
da população, com traços do branco nordestino com índios Kulinaã, sendo que
houve também influência de povos vindos de outras regiões do mundo, como turcos, portugueses, libaneses e outros.
A
capital ganhou este nome em homenagem a José Maria da Silva Paranhos Júnior,
que tornou-se amplamente conhecido pelo seu título nobiliárquico: Barão do Rio Branco. Antes
estabelecida no Seringal Volta do Empreza, a prefeitura teve sua sede
transferida em 1909 para onde se
localizava o Seringal Empreza. Em 1912 a Vila Pennápolis, que se chamava assim em
homenagem ao então Presidente do Brasil, Afonso Pena teve seu nome alterado para Rio Branco, em
homenagem ao diplomata que anexara o Acre ao Brasil.
O Barão do Rio Branco nasceu em 20 de Abril de 1845 no Rio de Janeiro. Iniciou-se na carreira
política como promotor e deputado, ainda no Império.
Assumiu o Ministério das Relações
Exteriores, de 3 de dezembro de 1902 até sua morte, em 1912. Além de diplomata, foi geógrafo e historiador. Junto com Assis Brasil e José Plácido de Castro, teve papel de destaque na Questão do Acre, que culminou com a assinatura do Tratado de Petrópolis, entre Brasil e Bolívia, pondo fim ao conflito
dos dois países em relação ao território do Acre, que passou a pertencer ao Brasil mediante
compensação econômica e pequenas concessões territoriais.
História
A
capital do estado do Acre (o nome Acre origina-se de Aquiri,
transcrita pelos exploradores desta região da palavra Uwakuru do
dialeto dos índios Ipurinã), surgiu a partir do seringal fundado em 28 de dezembro de 1882, pelo
cearense Neutel Maia.
Segundo
a tradição, em fins de 1882, numa pronunciada volta
do rio Acre, uma frondosa gameleira chamou a atenção
de exploradores que subiam o rio e levou-os a abrir um seringal ali mesmo.
Tratava-se do seringalista Neutel Maia, que, com sua família e trabalhadores,
chegava à região do Acre.
Maia
fundou o seu primeiro seringal, Seringal Volta da Empresa, à margem direita do
rio Acre, ao longo da grande curva do rio, onde ainda hoje está a gameleira -
no local em que hoje se encontra o Segundo Distrito. Ali foi iniciada a
construção de barracões, em terras antes ocupadas pelas tribos indígenas Aquiris, Canamaris e Maneteris.
Em
seguida, Maia abriu um outro seringal, na margem esquerda do rio Acre - onde
atualmente está instalado o Palácio do Governo do Acre - com o nome de Seringal
Empresa.
Anos
depois, a mesma gameleira seria testemunha dos combates travados na Volta da Empresa, entre revolucionários
acreanos e tropas bolivianas, durante o crítico período da Revolução Acreana, que tornou o Acre parte do Brasil, no início do
Século XX.
Terminada
a Revolução Acreana, após a assinatura do Tratado de Petrópolis, em 17 de novembro de 1903, e a anexação definitiva do Acre - agora
Território Federal do Acre - ao Brasil, Rio Branco foi elevada à categoria de
vila, tornando-se sede do departamento do Alto Acre.
Cunha Matos, a mando do governo federal, chegou ao Acre em 18 de agosto de 1904, para governar, como prefeito, o departamento do
Alto Acre, cargo que exerceu até 1905. No dia 19 de agosto de 1904, Cunha
Matos decidiu estabelecer a sede provisória de sua prefeitura no povoado criado
em torno do seringal Volta da Empresa, onde hoje está o Segundo Distrito da
capital, à margem direita do rio Acre. A povoação passou a ser chamar-se Vila
Rio Branco no dia 22 de agosto de 1904.
A
"Villa Rio Branco" afirmou-se como o principal centro urbano de todo
o vale do Acre, o mais rico e produtivo do território.
Em 13 de junho de 1909, o então prefeito do Departamento do Alto Acre,
coronel Gabino Besouro, mudou a sede da prefeitura para a margem esquerda do
rio Acre, onde hoje funcionam os principais órgãos públicos como o Palácio do
Governo, Tribunal de Justiça, Assembleia Legislativa e Palácio das Secretarias,
nas terras do Seringal Empresa, recebendo o nome de Penápolis (em homenagem ao
então Presidente Afonso Pena) , onde a terra era mais alta, não sujeita às
alagações do rio Acre. Foi uma instalação definitiva.
Em 1910, o prefeito Leônidas Benício de Melo, assinou uma
Resolução criando o município de Empresa, juntando a Vila Rio Branco (no
Seringal Volta da Empresa, do lado direito do rio Acre) e a localidade de
Penápolis (Seringal Empresa, do lado esquerdo do rio Acre).
Em
fevereiro de 1911, o prefeito Deocleciano
Coelho de Sousa, adotou novamente o nome de município de Penápolis. De forma
definitiva, em 1912, os dois lados da
cidade passam a se chamar "Rio Branco", em homenagem ao Barão de Rio
Branco, chanceler brasileiro cuja ação diplomática resultou no
Tratado de Petrópolis. Em 1920 o município de Rio Branco passa a ser a
capital do então Território do Acre - depois Estado do Acre.
Memorial dos Autonomistas.
Durante
todos esses acontecimentos, a rua surgida em torno da gameleira, na margem
direita do rio Acre, era o centro da vida comercial e urbana dessa parte da
Amazônia. Ali se situavam os bares, cafés e cassinos que movimentavam a vida
noturna da cidade; ali se encontravam os principais representantes comerciais
das casas aviadoras nacionais e estrangeiras que movimentavam milhares de
contos de réis naquela época de riqueza e fausto. Ali moravam as principais
famílias da elite urbana composta por profissionais liberais e pelo
funcionalismo público.
Pôr do sol no Parque Tucumã
Embora
a administração política do Território tivesse sido transferida para a margem
esquerda do rio Acre, cujas terras eram mais altas e não inundáveis, as ruas do
centro da cidade - ruas Cunha Matos, 17 de novembro e 24 de janeiro -
permaneceriam como a principal zona comercial, sendo paulatinamente dominadas
pelos imigrantes sírio-libaneses, a ponto de, em meados da década de 1930, a área ser também
conhecida como "Bairro Beirute".
Porém,
a partir da década de 1950, teve início um
pronunciado processo de decadência econômica da histórica margem direita de Rio
Branco, que passou a ser chamada Segundo Distrito. Isso resultou da
transferência de boa parte de suas principais casas comerciais para o Primeiro
Distrito da cidade, na margem esquerda do rio, onde já estavam instaladas as
principais repartições públicas e as residências das mais importantes famílias
do território.
Historicamente,
a economia acriana baseia-se no extrativismo vegetal, sobretudo na exploração
da borracha, que foi responsável pelo povoamento da região. Atualmente, a
madeira é o principal produto de exportação do estado, que também é grande
produtor de castanha-do-pará, fruto do açaí e óleo da copaíba.
Passarela Joaquim Macedo
Os
cultivos de mandioca, milho, arroz, feijão, frutas e cana-de-açúcar são a base
da agricultura. A indústria, por sua vez, atua nos seguintes segmentos:
alimentício, madeireiro, cerâmica, mobiliário e têxtil Rio Branco possui
o maior PIB do estado do (AC), Segundo dados do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), em 2013
seu Produto Interno Bruto (PIB) foi de
6 767 743 Bilhões de reais,
Um dos
maiores centros financeiros da Região Norte Rio Branco passa
hoje por uma transformação em sua economia.
Fonte: Wikipédia
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