terça-feira, 18 de outubro de 2016

PEDRO MALAZARTE

 Folclore – personagem da cultura portuguesa herdada pela brasileira









Pedro Malasartes, ou das Malasartes ou ainda Malasarte e Malazarte é um personagem tradicional da cultura portuguesa e da cultura brasileira. Foi muito apreciado pelas gerações dos séculos XIX e metade do século XX. Nesses período não havia quem não o conhecesse. Seus “causos” corriam todo território brasileiro passados pelo boca-a-boca. 
Segundo Câmara Cascudo "Pedro Malasartes é figura tradicional nos contos populares da Península Ibérica, como exemplo de burlão invencível, astucioso, cínico, inesgotável de expedientes e de enganos, sem escrúpulos e sem remorsos." A menção mais antiga do personagem é na cantiga 9418 do Cancioneiro da Vaticana, datado do século XIII e XIV.
Variantes culturais deste personagem surgem noutras regiões da Europa, como Pedro Urdemales em Castela, Till Eulenspiegel na Alemanha e Pedro de Urdes Lamas na Andaluzia.


Na cultura brasileira:
Duas óperas brasileiras tem o personagem por protagonista: Malazartes de Oscar Lorenzo Fernández e Graça Aranha, e Pedro Malazarte, de Mozart Camargo Guarnieri e Mário de Andrade.
O personagem chegou ao cinema em As Aventuras de Pedro Malasartes, de 1960, com Mazzaropi no papel principal.


O comediante brasileiro Renato Aragão honrou a influência do personagem em seu trabalho encenando Didi Malasartes no programa Renato Aragão Especial em 1998.[3]
A dupla caipíra Zé Tapera & Teodoro, criou uma canção chamada Pedro Malazarte
Pedro Malasartes também foi personagem da série infanto-juvenil O Sítio do Pica-Pau Amarelo, interpretado pelo comediante Canarinho.


A Cia. Circunstancia, grupos de circo-teatro de Belo Horizonte - MG, lançou em 2013 o espetáculo "De Mala às Artes - Um espetáculo sobre Pedro Malasartes " onde interpretam algumas histórias do Pedro Malasartes, com direção do Rodrigo Robleño. Neste mesmo ano este projeto foi contemplado com o Prêmio Funarte Myriam Muniz onde puderam excursionar pelo norte do Brasil.
Roberto DaMatta, em seu livro Carnavais, malandros e heróis: para uma sociologia do dilema brasileiro, dedicou um capítulo (V), intitulado "Pedro Malasartes e os paradoxos da malandragem", a uma análise a sua origem, a construção do mito e seu processo como mediador entre a honestidade e a vingança.


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