Literatura: artigo
É muito comum ouvirmos as pessoas dizerem dos
mais idosos “que são como crianças”. Será que são mesmo? De fato todos nós
temos uma criança interior que chora, faz birra, quer brincar em determinadas
situações. Aquela parte da gente que “parece que não cresceu, que ficou
solta no tempo, que chama nossa atenção quando se sente sozinha”.
Mas o que nos faz comparar a criança e o
idoso não são estas “questões existenciais” e sim, a possível fragilidade, a
ingenuidade devido afastamentos da modernidade e o fato de por muitas vezes não
conseguirem se defender ou responder pelos seus atos. Comportamentos estes,
consequentes de quem está passando por momentos de perda e não de ganhos, como
acontece com criança.
A criança se projeta para frente, em franco
desenvolvimento, cheia de energia. O idoso se projeta para onde? Para um futuro
que ele desconhece, apesar de tanta experiência acumulada. E isso muitas vezes
dá medo. Então a pessoa idosa por vezes e sem escolha se entrega aos cuidados
de outros a fim de que receber ajuda para concluir sua jornada. A criança se
entrega aos cuidados para que possa construir sua jornada.
Ao lidar com a pessoa idosa devemos
respeitá-la como um “adulto maduro”, não como uma criança. Olhar para esse
“adulto maduro” representa olhar para todas as áreas de uma vida, para todos os
assuntos e ciências possíveis, mesmo com reflexões ainda não concluídas.
A pessoa idosa é a representação da
existência humana completa, independente do tanto de idade alcançada. Sim! A
pessoa idosa também pode ser vista como uma “criança experiente” e com criança
experiente a gente não apenas brinca, mas também aprende. Aprende a perceber o
quanto podemos melhorar nosso estilo de vida, o quanto realmente compensa
trabalhar tanto, o quanto vale a pena viver mesmo com tantos desafios e quantas
oportunidades todos nós temos para começar outra vez!
Extraído:
de Aproveitando a Terceira Idade
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