Paulo Segundo da Costa*
No Brasil ainda é corrente o aforismo: Agora é tarde. Inês é morta, veiculado pelos portugueses residentes no Brasil Colonial. Esse dito tem origem no Portugal do século XIV, ou seja, há mais de 700 anos, decorrente de um acontecimento protagonizado pelo Rei D. Pedro I (1357/1367)
Tumulo de D. Pedro I – Rei de Portugal
O Príncipe Pedro - herdeiro do trono de seu pai, Rei Afonso IV (1325/1357) - casou-se, em 1334, com Constança Manuel, da realeza de Castela (Espanha). Quando Constança foi residir em Portugal, levou consigo Inês de Castro, jovem elegante e bonita, por quem o Príncipe Pedro ficou apaixonadíssimo. Inês correspondeu à corte do Príncipe, cujo romance “era muito comentado e mal aceito, tanto pela corte como pelo povo, em geral”.
*Paulo Segundo Costa nasceu no Estado do Ceará. É engenheiro e escritor. Foi Secretário de Viação e Urbanismo e Obras Públicas e Secretário Meio Ambiente e Defesa Civil da Prefeitura de Salvador, em quatro oportunidades. Dentre os livros que publicou dois se destacam como obras mestras: Octávio Mangabeira democrata irresistível e Umari, páginas de saudades. Sobre eles, escreveu Luiz Carlos Facó: “(...) vi no livro Octávio Mangabeira Democrata Irredutível uma obra irretocável, em que o espírito do político (biografado) não se desvanece como as ondas do mar rebentadas nas praias. Ele permanece incólume, intocável, por obra e graças do seu autor e condutor de pesquisa irrepreensível, com perfil de obstinação acadêmica. Poucas vezes, presenciei tal preocupação com tamanha nitidez e perseverança (...)”. E acerca de Umari: “(...) É mais um estudo genealógico, memorialista, sociológico, cujas virtudes maiores residem nas confiáveis confidências do autor, no seu estilo simples, quiçá ingênuo, melhor dito, de exacerbada pureza (...)”.
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