Série: Mulheres que fizeram e fazem
História
Em
pesquisa realizada pela Folha de São Paulo em 1995, Johanna Döbereiner foi
considerada a mulher brasileira mais citada pela comunidade científica mundial,
e a sétima em se considerando todos os cientistas do país. Seus estudos foram
essenciais para o desenvolvimento do Proalcool e para tornar o Brasil um dos
maiores produtores de soja do mundo. Também realizou pesquisas com fixação
biológica do nitrogênio (FBN) que permitiram aumentar a produtividade de
alimentos no país. Por meio de um processo natural, eram produzidas bactérias
que desenvolviam parceria com asplantas, contribuindo para seu desenvolvimento
rápido de uma forma mais efetiva que os fertilizantes, além de só poderem ser
utilizadas em clima tropical. A iniciativa lhe rendeu uma indicação ao Prêmio
Nobel da Paz em 1997. Seus principais estudos foram desenvolvidos junto ao
Serviço Nacional de Pesquisa Agropecuária (SNPA).
Apesar
de receber convites para trabalhar no exterior, Johanna nunca quis deixar o que
considerava o seu país. Ela naturalizou-se brasileira em 1956. No fim da vida,
dedicava-se a estudar a substituição do óleo diesel por um combustível
resultante da mistura do óleo de dendê e da pupunha, fruto de uma palmeira
amazônica. A pesquisa tinha sido encomendada pela Petrobrás e não chegou a
atingir resultados práticos. Nascida em 1924, morreu no dia 5 de outubro de
2000, em consequência do Mal de Alzheimer.
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