segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

ANO 2013

O COMEÇO DO FIM OU O FIM DE UMA ERA?

Uma breve retrospectiva

            O ano de 2013 ficará marcado, para sempre, em nossas lembranças por sua atipicidade. Foi marcado por tempestades, tufões, incêndios, enchentes, enfim, catástrofes. Pelo incêndio em Santa Maria, RS, em uma famigerada boate, que tirou a vida de centenas de jovens universitários. Por causa das chuvas e
ventos de quase trezentos quilômetros, que varreram duas cidades brasileiras do mapa: uma do interior São Paulo e outra da Bahia. Culminando com as enchentes em Minas Gerais e no Espírito Santo, onde mais de quarenta mil pessoas se encontram desabrigadas e famintas.
            Não bastassem tantos revezes, tendo como causa o descuido dos nossos empresários e as forças da natureza, tivemos de conviver com a miopia dos nossos governantes que fingem governar, mas que, na verdade, só o fazem através de publicidade enganosa, mentirosa. Assim, o Brasil deixou de crescer enquanto a arrecadação de tributos batia novos recordes (um trilhão e seiscentos bilhões de reais, 36% do PIB). Crescia, sim, a violência (a Bahia se tornou o estado mais violento da união), o déficit da saúde e da educação (em situação vergonhosa), a entrega do patrimônio nacional ao empresariado: estradas, aeroportos (privatização). Deixamos de ser autossuficiente em petróleo, a Petrobras perdeu mais de 30% do seu valor de mercado, deixando de figurar entre as maiores empresas do setor, no mundo, como era patente, e proporcionando o pior resultado da Bolsa de Valores nos últimos 15 anos. A inflação atingiu índice de 5,9%, segundo o IBGE, inimaginável depois do plano real. A dívida interna do país, bem como a externa, dispararam (fizeram do tomate o grande vilão). Maquiaram as contas públicas. As creches, tampouco os aeroportos regionais prometidas não apareceram, mas vieram médicos cubanos à razão de dez mil reais por mês, pagos a Cuba. A partir do ano vindouro, pagaremos muito mais imposto de renda, as transações dos nossos turistas no exterior cuja tributação era de 0,38%, foi reajustada para 6,38 (um reajuste de mil %). Foi um ano de descalabros administrativos, e nós contribuintes é que pagamos por tais equívocos, ou melhor, por tanta incompetência. Só apareceram os estádios para a Copa, financiados pelo BNDES, sendo que um deles, o de Brasília, custou à bagatela de um bilhão e duzentos milhões de reais. O dólar se valorizou e o real se apequenou. Enfim, o Brasil encolheu. É o anão dos emergentes.
Ah, ia esquecendo, o memorial da América Latina, em São Paulo, ardeu em chamas. Vão reconstruí-lo. Esperar, hei de...
Por tais razões, o Brasil acordou. Mas se acomodou novamente, deitou-se em berço esplêndido. Foi às ruas: primeiro pacificamente, depois para vandalizar. Vandalismo cruel, vergonhoso. O povo invadiu a Câmara dos Deputados, em Brasília, e tentou o mesmo no Itamaraty e no Palácio da Alvorada. Os índios também protestaram. A corrupção voltou com toda força, embora o STF tenha mandado trancafiar, nas penitenciárias, o bando criminoso chefiado por José Dirceu e Zé Genoíno.
No esporte, estivemos bem na fita. Vencemos a Copa das Confederações e o povo gritou: “a seleção voltou”. Ganhamos o torneio feminino mundial de vôlei. Obtivemos medalhas de ouro de ginástica (argolas), natação, cinquenta metros, iatismos. Arrebatamos o campeonato de handebol feminino – feito único, movido à coragem e paixão. Nossos atletas paraolímpicos trouxeram para o Brasil o terceiro lugar na competição. Nada mal.
Fomos espionados, a presidente e a Petrobras. Nada de mais, todos os países espionam uns aos outros, sem excepcionar o nosso. A surpresa deveu-se ao governo que nada sabia – é sempre assim – embora disponha do Serviço Nacional de Informações. Foi preciso que um repórter estrangeiro denunciasse aquela atividade aos brasileiros. Grande celeuma... Silêncio.
A política externa continuou na mesma. Ficamos a mercê de Hugo Chaves, dos humores de Evo Morales, submissa aos destemperos de Cristina Kirchner, que retém nossos produtos exportados, por 30/60 dias, na aduana argentina. E nada se faz nem se dá um só pio. Nada...  Para variar, a parcialidade do Brasil puniu o Paraguai por ter obedecido a sua constituição, quando do impeachment do seu ex-presidente. A oportunidade era valiosa para que a Venezuela entrasse no MERCOSUL, pois o Paraguai era contra esse ingresso, o que inviabilizava o sonho do títere Chaves, que pressionava o Brasil por esta oportunidade. O que fizemos? Suspendemos o Paraguai da instituição, e, a Venezuela foi aceita. Uma Venezuela que, embora tenha sido anunciada por Lula como parceira na construção de uma refinaria de petróleo, em Pernambuco, jamais cumpriu o contrato.
No Brasil e no mundo:
Deparamo-nos com dois Papas: Bento XVI (emérito) renunciou ao papado e entrou para a história. Francisco I assumiu o trono do Vaticano (titular) depois do Brasil combinar o jogo: o Papa pode ser argentino, porque Deus é brasileiro.
A França, Itália, Portugal, Grécia, Espanha continuam enfrentando os mesmos problemas econômicos: desemprego, zero de crescimento, insatisfações populares.
Nos EUA: um atentado terrorista aconteceu na maratona de Boston, praticado por dois irmãos. Um morreu, o outro está preso. A economia voltou a crescer e a taxa desemprego caiu. Mas a matança nos colégios continua sem solução.
Na Síria a guerra civil vai correndo solta. Na briga entre Israelenses e Palestinos, não há intermediação que resolva os impasses. O Sudão do Norte, país do centro africano, por divergência entre o presidente e o vice, de tribos diferentes, está em conflito. O Papa apelou, aos litigantes, por paz. A França e a ONU mandaram tropas para evitar o pior.
O Papa esteve no Brasil, precisamente, no Rio de Janeiro, e foi aclamado por mais de três milhões de fieis.
Daniela Mercury anunciou ter se casado com uma mulher. Dizem as más línguas, que ela deixou de armar seu camarote, no tradicional carnaval baiano, porque só depois de casada viu quanto custa caro sustentar uma mulher. Suas finanças minguaram. Imaginem o baque no cartão de crédito.
Angelina Joly extirpou os seios, como tratamento, preventivo, para evitar câncer de mama.
Justin Bieber esteve por aqui. Pichou paredes, tal qual vândalo, foi desrespeitoso com o público e fãs. Enfim, uma vergonha.
O império de Eike Batista (empresas X) foi para o “beleléu”. Virou fumaça. O homem mais rico do Brasil, dono de riqueza equiparável as maiores do capitalismo, passou da condição de bilionário para a de milionário, com direito de frequentar a lista dos piores empresários do mundo.  
Morreram:
Jim Hall, reconhecido como um dos maiores guitarristas da história do jazz,
Eleanor Parker, A baronesa de A Noviça Rebelde (1965). Recebeu três indicações ao Oscar;
Ester Williams, rainhas das piscinas nos musicais de Hollywood;
Roberto Civita, jornalista e dono do Grupo Editora Abril (Revista Veja);
Gilvan Samico, gravurista pernambucano, criador do movimento Armorial;
Emílio Santiago, havido como o melhor cantor brasileiro;
Djalma Santos, um dos maiores laterais do futebol brasileiro;
Reginaldo Rossi, o “Rei do Brega”. A música Garçom foi o seu maior sucesso.
E outros tantos nomes da cultura, do jornalismo, do teatro, do cinema deste mundo, do qual somos meros passantes.
Conquista:
Fernanda Montenegro abiscoitou o Prêmio Emmy Internacional, a mais reputada láurea destinada aos programas de TV, por sua atuação como D. Picucha no especial Doce Mãe, exibido no fim de 2012 pela Rede Globo.
             

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