Shabat (do hebraico שבת, shabāt; shabos ou shabes na
pronúncia asquenazita,
"descanso/inatividade"), também grafado como sabá (português
brasileiro) ou sabat(português
europeu), é o nome dado ao dia de
descanso semanal no judaísmo, simbolizando o sétimo dia em Gênesis, após os seis dias de Criação.
Segundo hillel 2º; Antes o Shabat era originalmente dependentes do ciclo lunar
(Holiday universal jewish enciclopedia. p.410) Apesar de ser comumente dito ser
o sábado de
cada semana, é observado a partir do pôr-do-sol da sexta-feira até
o pôr-do-sol do sábado. O exato momento de início e final do shabat varia de
semana para semana e de lugar para lugar, de acordo com o horário do
pôr-do-sol. O shabat é observado tanto por judeus quanto por cristãos,
como por exemplo adventistas
do sétimo dia ebatistas
do sétimo dia.
O
shabat é observado tanto por mandamentos positivos, como as três refeições
festivas (jantar de sexta-feira, almoço de sábado e refeição de final de tarde
no sábado), e restrições. As atividades
proibidas no Shabat derivam de trinta e nove
ações básicas (melachot, livremente traduzido como
"trabalhos") que são descritas pelo Talmud a partir de fontes bíblicas.
Etmoligia
A
palavra hebraica שבת, shabāt, tem relação com o o verbo שבת, shavāt, que significa
"cessar", "parar". Apesar de ser vista quase universalmente
como "descanso" ou um "período de descanso", uma tradução
mais literal seria "cessação", com a implicação de "parar o
trabalho". Portanto, Shabat é o dia de cessação do
trabalho; enquanto que descanso é implícito, mas não é uma denotação da palavra
em si. Por exemplo, a palavra em hebraico para "greve" é shevita, que vem da mesma
raiz hebraica que Shabat, e tem a mesma implicação, nominalmente
que trabalhadores em greve se abstêm ativamente do trabalho, ao invés de
passivamente.
Shabat é a fonte para o termo em português Sábado, e para a palavra que denomina esse dia da
semana em muitas outras línguas. A palavra "sabático" - se referindo
ao ano sabático na Bíblia, ou o ano que uma pessoa tira sem trabalhar,
especialmente no mundo acadêmico, também vem desta raiz.
Mesa de shabat preparada para okidush.
O
status especial do Shabat como dia sagrado aparece no Tanach:
|
E Deus abençoou o sétimo dia e o santificou porque nele se absteve de
todo
o Seu trabalho que Deus havia criado para completar seus feitos. |
— Gênesis 2:3
|
O
Shabat é introduzido com a declaração que o trabalho dos céus e da terra foram
completos, e que eles permanecem perante nós em seu estado final pretendido de
perfeição harmoniosa. Então Deus proclamou Seu Shabat. Essa passagem, que
também é utilizada como o primeiro parágrafo do kidush de Shabat, proclama que Deus é o Criador
que trouxe o universo à existência em seis dias e descansou no sétimo. A
observância de Israel (o povo
judeu) das leis de Shabat
constituem um testemunho devoto a isso.
Apesar
do status sagrado do dia ser indicado em Gênesis 2:3, nenhuma obrigação surge
diretamente desse status. O verdadeiro mandamento para observar o Shabat é
mencionado diversas vezes no Tanach, todos eles surgem após o Êxodo do
Egito. O primeiro mandamento relacionado ao Shabat é o quarto dos Dez Mandamentos (Êxodo 20:8-10 e Deuteronômio 5:12-14).
O
Tanach e o sidur (livro
judaico de rezas) descrevem o shabat como tendo três propósitos:
Uma comemoração da redenção
da escravidão dos israelitas do antigo Egito;
Uma comemoração das criações do universo de Deus;
Uma pequena experiência do
mundo na Era Messiânica.
"Assim
os céus, a terra e todo o seu exército foram acabados. E havendo Deus acabado no dia sétimo a obra que fizera,
descansou no sétimo dia de toda a sua obra, que tinha feito. E abençoou Deus o
dia sétimo, e o santificou; porque nele descansou de toda a sua obra que Deus
criara e fizera".
Sua
observância é considerada de extrema importância, aparecendo como o quarto
dos Dez Mandamentos.
"Lembra-te
do dia do sábado, para o santificar. Seis dias trabalharás, e farás toda a tua
obra. Mas o sétimo dia é o sábado do SENHOR teu Deus; não farás nenhuma obra, nem tu, nem teu filho,
nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o teu
estrangeiro, que está dentro das tuas portas. Porque em seis dias fez o SENHOR
os céus e a terra, o mar e tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou;
portanto abençoou o SENHOR o dia do sábado, e o santificou".
A
tradição judaica acredita que um dia inicie com o pôr-do-sol e
termine com o pôr-do-sol seguinte, pelo que o shabat se inicia com o pôr-do-sol
da sexta-feira comum
e termina com o pôr-do-sol do sábado comum.
Em
algumas ocasiões a palavra Shabat refere-se à lei de Shemitá, a feriados judaicos ou a uma semana de dias,
dependendo do contexto, mas sempre associado a um período de cessação de
trabalho.
Segundo
o Talmude (Mishná
Shabat 7,2), são 39 as atividades que são proibidas de se fazer
durante todo o Shabat. Excepcionalmente, contudo, em caso de risco
de morte, quaisquer das proibições podem ser deixadas de lado, eis que o valor
mais caro ao judaísmo é a vida. Dizem os sábios que tais tarefas foram àquelas
realizadas durante a construção do Tabernáculo.
Os
Shabatot especiais são associados com festas judaicas importantes
que eles precedem. Por exemplo, Shabat HaGadol, que é o Shabat antes de Pessach, Shabat Zachor que é o Shabat antes dePurim, e Shabat Teshuvá que é o Shabat antes de Yom
Kipur.
O
Eterno ordenou exclusivamente aos judeus que observassem o shabat :"E
os filhos de Israel guardarão o shabat" ou "O Shabat será um sinal
entre Mim (O Criador) e Vós (povo judeu)". Assim sendo, os gentios (goym)
estão proibidos de guardá-lo, pois se o fazem estão transgredindo a Lei,
atribuindo para si o título de "filho(a) de Israel" sem de fato o ser
e cometendo Avodah Zarah (idolatria), pois estão adorando ao
Criador de um modo que ele não determinou. Um não-judeu que “descansar” no
Shabat é passível de pena capital, a não ser que seja peregrino entre os filhos
de Israel (Talmude).
Extraído
da Wikipédia
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