terça-feira, 19 de agosto de 2014

O FANTASMA

Revistas em quadrinhos

O herói nasceu em 1936


 O universo dos quadrinhos ainda era um bebê e os gêneros mais comuns (humor, ficção científica e aventuras) eram publicados em tiras e páginas dominicais em jornais. A primeira revista em quadrinhos propriamente dita só tinha surgido três anos antes (1936 Famous Funnies) e era uma compilação de tiras de várias séries que faziam sucesso nos jornais.



A origem do personagem é clássica: Christopher Walker, um jovem de 20 anos, viu seu pai ser assassinado pelos temíveis piratas da irmandade Singh durante um ataque ao navio onde viajavam. Único sobrevivente, Christopher consegue chegar às praias de Bengala, país fictício da África e é salvo pelos pigmeus Bandar. Logo em seguida, o corpo de seu pai é encontrado.
Revoltado diante dessa grande perda, Christopher faz um juramento com o crânio de seu pai nas mãos:
Eu juro dedicar minha vida à destruição da pirataria, da ganância, da crueldade e da injustiça, em todas as suas formas! Meus filhos e os filhos deles me seguirão!


E seu juramento foi colocado em prática. O primeiro Fantasma começou sua luta contra o crime em 1536. O filho dele continuou o legado após a sua morte. E o filho do filho dele. E assim, sucessivamente, de pai prá filho, a lenda do Fantasma foi crescendo entre os nativos e criminosos.
Para eles, o Fantasma era imortal, um espírito-que-anda, sempre defendendo os mais fracos e a selva onde vive.
O Fantasma do século XX (cujas primeiras tiras foram publicadas no dia 17 de fevereiro de 1936) é Kit Walker, o 21º na linhagem da família. Seu rosto nunca é mostrado e quando está sem seu uniforme roxo e cueca listrada, usa um sobretudo, chapéu e óculos escuros e atende pelo nome de Mr. Walker (caminhante, em inglês). Tem como companheiros na luta contra o crime o lobo Capeto e o cavalo branco Herói. Quando atua na África, recebe a ajuda dos pigmeus Bandar e da Patrulha da Selva, uma força militar que combate o crime no país e da qual é o misterioso líder.
Walker mora na Caverna da Caveira, escondida nas selvas de Bengalla, onde ele guarda grandes livros contando as aventuras de seus antepassados (e que de vez em quando viram histórias retrôs), suas armas e um imenso tesouro, que usa para financiar suas atividades.


Sempre achei essa idéia de toda uma geração de heróis combatentes do crime genial, porque evita o eterno revisionismo da origem de personagens antigos, como acontece com os heróis da DC Comics, por exemplo. 





Em 1978 o Fantasma foi enforcado casou-se com Diana Palmer, que trabalha na ONU. O casal teve dois filhos, Kit e Heloise Walker.
Dos personagens clássicos de quadrinhos, o Fantasma é um dos meus preferidos. Conheci suas aventuras ainda criança. Sempre achei interessante toda à mitologia que foi criada em torno do herói, expressa nos velhos Gibis. 
Outra característica do herói são os dois anéis que ele usa: um é o Anel do Bem, que ele usa para marcar as pessoas que estão sob sua proteção; o outro é o temido Anel da Caveira, que deixa sua marca no rosto dos criminosos e que nunca desaparece. 
Para o grande público, o personagem se tornou mais conhecido por causa da animação de sucesso Os Defensores da Terra (1986-1987), equipe combatente do crime formada por heróis da King Features Syndicate: Fantasma, Mandrake e seu assistente Lothar (também criados por Lee Falk), Flash Gordon e seus respectivos filhos.
O herói também teve duas versões live-action: uma série em 1943 e um filme em 1996, com Billy Zane no papel principal. É uma ‘sessão da tarde’ divertida, mas muito aquém das possibilidades que o universo do personagem poderia render.
Fonte: GEEK CAFE http://geekcafe.blog.br/

Um comentário:

  1. O Fantasma de Billy Zane foi estragado por um final realmente péssimo. A derrota do vilão Drax veio tão de repente e tão facilmente que foi uma das cenas mais anti-climáticas que já vi. Parecia que estavam com uma pressa tremenda de acabar o filme, e não podiam fazer uma luta mais elaborada. E ainda teve a ridícula e igualmente anti-climática cena de despedida entre Diana e o Fantasma, aparentemente só para criar um gancho para uma continuação que não veio, graças ao fracasso de bilheteria.

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